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Orçamentos anuais e relatórios de sustentabilidade até podem dar uma ideia de como uma empresa encara a esg. mas é a alocação de capital que revela se o compromisso é para valer
Roger Martin é professor emérito da Rotman School of Management da University of Toronto e foi seu reitor entre 1998 e 2013. Autor de vários livros de negócios de referência, expandiu conceitos de negócios importantes hoje, como a estratégia vista como uma cascata de escolhas, o pensamento integrador e o design thinking aplicado aos negócios. Veio várias vezes ao Brasil para palestras a convite da HSM.

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Cada vez mais, exigimos transparência quanto às atitudes das empresas em questões ambientais, sociais e de governança (ESG) para nos ajudar a entender melhor os riscos de ESG, as estratégias de mitigação e até oportunidades. À falta de coisa melhor, nos concentramos em relatórios anuais, orçamentos e relatórios de sustentabilidade para revelar os riscos da mudança climática, da falta de diversidade ou de choques como a covid-19. Organizações como MSCI e Sustainalytics surgiram para coletar e vender esses dados.

No entanto, as empresas ainda surpreendem investidores, reguladores e clientes com falhas brutais em ESG e grandes fracassos em seus negócios principais. Por isso, acreditamos que a contribuição de uma empresa para a sociedade é expressa de forma mais poderosa com seus compromissos de capital, ou o que chamamos de “capital virtuoso”. Em outras palavras, a virtude de uma companhia não está em suas declarações de receitas e despesas, ou mesmo em seus relatórios de sustentabilidade; seu compromisso precisa ficar claramente evidente em seu balanço.

Orçamentos anuais e relatórios de sustentabilidade indicam o que está acontecendo agora e, na melhor das hipóteses, dão uma ideia do que está por vir. Eles podem promover projetos ou programas de sustentabilidade inovadores. Podem até destacar um desempenho forte em rankings de ESG. Porém, fornecem pouca informação sobre compromissos de longo prazo para agir de forma mais sustentável e equânime.
Compromissos de capital contam outra história – algo muito mais fundamental para o que a empresa é e será. Como observou o professor de Harvard Pankaj Ghemawat em seu livro Commitment, empresas são o que se comprometem a fazer nos anos seguintes em função de sua alocação de capital. Com os recursos de seus orçamentos, elas decidem como vão melhorar processos, adotar a melhor tecnologia e reduzir despesas. Esse tipo de decisão determina como uma companhia vai produzir e operar por muitos anos. São compromissos “rígidos” – muito mais difíceis de rever do que os de projetos pequenos e de curto prazo. É preciso olhar para a escala e a duração dos investimentos para entender para onde ela se dispõe a caminhar.

## Promessas cumpridas
O fracasso do ex-CEO John Browne em transformar a British Petroleum (BP), empresa responsável pela tragédia da plataforma Deepwater Horizon, ilustra o poder do capital para fazer ou destruir boas intenções. Browne anunciou em um discurso de 1997, na Graduate School of Business da Stanford University, que a BP tinha se reposicionado para “além do petróleo”, argumentando que “se todos devemos assumir a responsabilidade pelo futuro do planeta, então cabe a nós começar a tomar medidas agora”. Foi provavelmente a declaração mais ousada feita por uma empresa global do setor na época.
Em 7 de março de 1999, a BP comprou a Solarex por US$ 45 milhões, tornando-se a maior empresa de energia solar do mundo. Embora tenha divulgado isso como um grande avanço, observadores cuidadosos notaram que isso ocorreu uma semana depois de a empresa ter gastado US$ 26,5 bilhões para comprar a ARCO e, assim, tornar-se a segunda maior companhia de petróleo do planeta.
É verdade que a BP reduziu seu nível de investimento em novos campos de petróleo e gás imediatamente após o discurso de Browne. No entanto, no fim de 1999, ela havia retornado aos níveis anteriores de investimentos no setor. A ponto de a reunião anual da BP naquele ano ter sido interrompida pelo Greenpeace, demandando que a companhia abandonasse o petróleo e começasse a desenvolver seus ativos solares.

Não há dúvida de que o objetivo da transição para “além do petróleo” era excepcionalmente difícil de alcançar. Se Browne tivesse realmente parado de investir em mais exploração, teria sinalizado que não compensava explorar economicamente as reservas ​​já comprovadas e as prováveis e, portanto, que as reservas de petróleo como um todo valiam muito menos do que os balanços revelavam. O resultado teria sido uma depreciação massiva desses “ativos perdidos” – algo muito doloroso para Browne ou para qualquer outro CEO da área na época.

Embora a intenção de Browne fosse aparentemente virtuosa, a intenção, o rebranding e as ações da BP simplesmente não foram suficientes para alterar seus compromissos de capital, que permaneceram focados no petróleo tradicional.
Recentemente, o novo CEO da BP, Bernard Looney, anunciou um plano para mudar a BP de uma empresa de petróleo para uma “empresa de energia integrada”. No entanto, dos US$ 15,2 bilhões em investimento de capital da BP em 2019, ela direcionou apenas 3% para as energias renováveis. Para muitos observadores, o novo plano soa como uma reformulação do plano anterior.

Em contrapartida, em 2017, a Statoil, empresa petrolífera estatal norueguesa, declarou sua intenção de transferir 20% a 30% de seus ativos para energias renováveis ​​até 2030. Assim como a BP, mudou de nome, passando a se chamar Equinor. Não há dúvida de que a propriedade estatal lhe dá mais flexibilidade para lutar por objetivos virtuosos. No entanto, atendo-se a suas promessas, a Equinor continua explorando petróleo e gás e, ao mesmo tempo, trabalhando para investir mais em energias renováveis.

Seu retorno sobre o capital empregado (Roce, na sigla em inglês) está agora em 17%, acima dos 3,5% em 2016. Sua estratégia parece ser manter uma diversidade de investimentos até que algum perca a liquidez, como é o caso do petróleo offshore da Nova Zelândia. Suas ambições elevadas e o compromisso moderado significam que ela pode atrair acionistas e funcionários que privilegiam o desinvestimento em carbono, mas ainda manter um fluxo de receita de suas participações existentes e experiência em petróleo e gás. Não prometeu demais e entregou. Seu capital está de acordo com seus compromissos.

## Como ser mais Statoil e menos BP
Os investidores e até mesmo alguns governos estão sinalizando seu interesse em acelerar mais empresas para seguir um caminho mais virtuoso, explorando novos instrumentos de investimento, modelos de propriedade inovadores, uma gama de novas políticas públicas e incentivos, bem como pressionando por uma melhor divulgação dos compromissos de capital virtuoso.
A seguir, apresentamos quatro categorias estratégicas a serem consideradas pelos líderes que vão conduzir sua organização nessa direção.

1. Realocação de risco
Os mercados de capitais estão se dando conta da existência de empresas dispostas a adotar modelos de negócios e comportamentos mais virtuosos. Nos últimos anos, os green bonds e outros instrumentos de dívida inovadores têm ajudado a fomentar mudanças rápidas. Esses títulos, emitidos por governos, fundos de investimento privados ou, às vezes, diretamente por empresas, podem ajudar as empresas a financiar suas necessidades de capital virtuoso.
Inicialmente, como o nome indica, os green bonds ajudaram a financiar investimentos em tecnologias ou processos ambientalmente sustentáveis, como energia renovável ou retrofits de edifícios mais eficientes. Em alguns casos, eles são oferecidos com taxas de juros mais baixas ou termos mais flexíveis para reduzir significativamente o custo inicial de investimento.
O mercado de green bonds tem crescido rapidamente, com outros US$ 257,7 bilhões emitidos em 2019 de acordo com a Climate Bonds Initiative. Outros títulos relacionados (às vezes chamados de Títulos Sociais, Títulos de Sustentabilidade, Títulos ESG ou Títulos ODS) também estão sendo oferecidos para iniciativas que têm objetivos sociais ou combinados em mente.
Embora os governos emitam green bonds, em muitas situações pode ser mais econômico liberar empréstimos diretamente para as empresas. Um governo poderia usar seu balanço patrimonial para subsidiar o custo de uma empresa que faz um investimento desejável, em vez de se dedicar à atividade por conta própria.

2. Novas formas de propriedade
O alto risco é uma barreira compreensível para qualquer investimento em inovação, seja ele virtuoso ou não. Nos mercados de capitais convencionais, os investidores querem crescimento lucrativo com o menor risco possível. Eles preferem comprar crescimento lucrativo com ágio – fazendo a empresa em que investiram comprar empresas menores lucrativas e em crescimento com valuations altas – do que ver a empresa em que investiram entrar diretamente em uma inovação arriscada e ainda não comprovada.
Mas existem investidores públicos e privados no sistema que estão dispostos a assumir riscos para fornecer novos benefícios sociais. Portanto, é perfeitamente concebível que investimentos em iniciativas arriscadas que tragam benefícios sociais possam ser feitos por empresas como investimentos iniciais de risco, com uma compra negociada antecipadamente para os frutos do investimento, se bem-sucedido.
Uma reviravolta na famosa inovação “spin-in” da Cisco Systems Inc. foi lançada pelo ex-CEO John Chambers em meados da década de 1990. Na época, a empresa crescia, mas Chambers percebeu que não tinha a estrutura de capital nem a estrutura de incentivos necessárias para acompanhar os investimentos inovadores das startups do Vale do Silício. Então, criou uma startup financiada inteiramente pela Cisco, que conseguiu lançar um produto de sucesso. Chambers então criou uma spin-in comprando as participações dos ex-funcionários e trazendo esses funcionários e sua inovação bem-sucedida de volta. Durante 20 anos, Chambers gastou quase US$ 3 bilhões criando spin-ins de startups bem-sucedidas do grupo.

3. Incentivos e subsídios governamentais
Os governos podem desempenhar um papel importante na redução do risco ao garantir um mercado para o produto do investimento de capital virtuoso. O governo alemão ofereceu uma redução no risco para investidores em energia renovável. Ofereceu contratos de 20 anos pagando uma tarifa garantida acima do preço de mercado para novos projetos, gerando até 10 megawatts por ano de energia renovável. Isso eliminou o maior risco do investimento nesse tipo de energia. Sem surpresa, houve investimento suficiente em energia renovável para garantir que a Alemanha compraria toda a demanda desejada. Isso, é claro, também ajudou vários produtores alemães de energia renovável a reduzir a curva de aprendizado, o que ajudou a criar players alemães mais bem-sucedidos nessa indústria global emergente.
Além disso, os governos podem usar a tributação para reduzir o custo do investimento após os impostos, permitindo a depreciação acelerada para investimentos de capital virtuosos. Parte do alto custo dos investimentos de capital é que, ao contrário das despesas, que rendem 100% de seu benefício fiscal no ano da despesa, os investimentos de capital obtêm o benefício fiscal apenas lentamente ao longo do tempo, à medida que o ativo é depreciado ou amortizado. A depreciação totalmente acelerada, que para fins tributários trata um investimento de capital como uma despesa, reduz o custo após os impostos do investimento, aumentando o imediatismo e, portanto, o valor da economia tributária associada a ele.
A Índia teve provisões de depreciação acelerada para investimentos em energia eólica por muitos anos. Isso gerou um investimento significativo nos anos em que esteve em vigor. Somente após a introdução da Missão Solar Nacional por Jawaharlal Nehru, em 2010, é que a energia solar ganhou um tratamento semelhante.
No entanto, quando os benefícios da depreciação acelerada foram retirados em 2012, as novas instalações eólicas caíram quase pela metade, assim como as instalações solares também caíram. O governo do primeiro-ministro Narendra Modi reintroduziu os dois em 2014, permitindo ao país exceder sua capacidade eólica planejada para 2017. Quedas semelhantes foram observadas também em economias em desenvolvimento, como Noruega e Canadá.

4. Melhor divulgação sobre capital virtuoso
Até o momento, não tem sido fácil entender os compromissos virtuosos de capital de uma empresa. A maioria dos balanços ainda não revela claramente quais ativos e despesas estão relacionados a contribuições positivas para a sociedade ou à redução do risco ambiental. A divulgação também deve permitir a avaliação de aquisições e desinvestimentos de empresas e tecnologias destinados a impulsionar os lucros de forma mais ética e sustentável. Os padrões contábeis e os requisitos regulatórios relacionados a riscos e passivos ambientais ainda estão em desenvolvimento, liderados pela Task Force on Climate-related Financial Disclosures e por uma grande coalizão de acadêmicos e investidores institucionais que estão solicitando ativamente à SEC [equivalente norte-americana à Comissão de Valores Mobiliários brasileira] novas regras que tornem os mercados de capitais dos Estados Unidos mais eficiente.
A resposta a esse desafio fundamental é a divulgação mais clara dos compromissos de capital relacionados às contribuições positivas para a sociedade e para o meio ambiente. Isso exigirá requisitos mais claros por parte de investidores ativistas, bolsas e, em última instância, por reguladores. Até mesmo os classificadores gostariam de informações mais claras sobre os compromissos de capital.
Kevin Ranney, diretor de estratégia e desenvolvimento de produto da Sustainalytics, disse recentemente: “Seria ótimo se os investidores e outros incorporassem informações sobre as implicações de sustentabilidade dos gastos de capital em suas análises de empresas”. No entanto, ele ainda notou a dificuldade de coletar essas informações de forma sistemática e comparável entre as empresas. É um desafio que vale a pena enfrentar.

## A evolução da virtude corporativa
Acreditamos que o universo corporativo e o mundo que ele atende estão prontos para a próxima evolução da virtude corporativa: o capital virtuoso. Mais do que qualquer outra coisa, as despesas de capital rastreiam o caminho de uma empresa e provam que ela realmente faz o que diz. Esse é o tipo de prova que investidores, reguladores, consumidores e até funcionários procuram.
Larry Fink, CEO da BlackRock, a maior empresa de gestão de investimentos do mundo, com US$ 6,5 trilhões em ativos em sua carteira, deixou isso claro em uma sucessão de cartas anuais aos CEOs das empresas nas quais a BlackRock investiu. Ele explicitou que precisa conhecer o plano de longo prazo, os compromissos e os investimentos que cada empresa está fazendo. Em sua famosa carta aberta de 2018 aos CEOs, ele escreveu: “Os riscos ESG serão um componente formidável de investimento por um período sustentado de tempo. Queremos que o gerenciamento de riscos ESG seja uma ferramenta que todo gestor considere um ponto de referência. Temos que criar as métricas para cada empresa. Espero que façamos parte de sua criação; essa é uma das nossas ambições”.
Desde então, Fink fez declarações ainda mais enfáticas sobre os compromissos da BlackRock com o investimento sustentável – a ponto de vender empresas que não atendem aos seus padrões.

PESQUISAS FEITAS POR ANALISTAS FINANCEIROS e acadêmicos cada vez mais corroboram a noção de que as empresas que se comportam de maneira virtuosa (leia-se: de forma responsável e sustentável) têm mais probabilidade de sucesso. Essas empresas tendem a fazer contribuições positivas mais significativas para a sociedade, gerar lucros mais sustentados, envolver positivamente o governo e outros reguladores e gerar clientes e funcionários mais leais. Ao fazer isso, atendem melhor às necessidades de mais e mais investidores como a BlackRock, ao mesmo tempo em que ajudam a melhorar o mundo. O que poderia ser mais virtuoso do que isso?

© Rotman Management
Editado com autorização da Rotman School of Management, ligada à University of Toronto. Todos os direitos reservados.

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