Espaço lifelong learning

Sobre ecossistemas e aprendizado

Fechar os olhos não fará os problemas desaparecerem. o conhecimento deve ser usado em nosso favor
Jornalista com ampla experiência nas áreas de negócios, inovação e tecnologia. Especializado em produção de conteúdo para veículos de mídia, branded content e gestão de projetos multiplataforma (online, impresso e eventos). Vencedor dos prêmios Citi Journalistic Excellence Award e Editora Globo de Jornalismo. Também é gerente de conteúdo da HSM Management.

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Em meados de março, enquanto escrevia esta coluna, o Brasil enfrentava uma das fases mais agudas da pandemia. Em poucas semanas, passamos da expectativa da retomada para a escalada de mortes e o colapso do sistema de saúde. Mas, ao que parece, a ficha ainda não caiu para muita gente. Vamos lá. Dê uma olhada nos posts do LinkedIn, nos grupos de WhatsApp corporativos e nos convites do ClubHouse que você recebeu nas últimas semanas. Business as usual, em sua ampla maioria. Como se o mundo da gestão e dos negócios acontecesse numa bolha paralela a uma realidade que chegou a ceifar mais de 2 mil vidas por dia no País.

A desinformação e o negacionismo nos ajudaram a cavar esse buraco. É difícil admitir. Mas o vírus não vai sair de circulação porque você parou de ler sobre a pandemia. A vacina não vai chegar mais rápido se você acessar apenas sites de “notícias construtivas”. Os últimos meses foram duros e nos deixaram apegados a qualquer luz no fim do túnel que surja pela frente. Otimismo e esperança são mais importantes do que nunca. Mas não podemos continuar a nos guiar única e exclusivamente por realidades desejáveis – nem ficar paralisados por cenários puramente catastróficos. Não controlamos o acaso. Mas tragédias anunciadas, por sua própria natureza, podem ser evitadas. Para isso, precisamos começar a prestar mais atenção ao nosso redor, orientar nossas decisões por fatos e desenvolver novas conexões de aprendizado.

Não se trata apenas de atravessar a pandemia, mas de adotar uma postura para lidar com a complexidade da vida, em toda a sua incerteza e subjetividade. Sair da bolha. Comparar pontos de vista. Aproximar diferenças. Validar hipóteses. Em um mundo cada vez mais orientado por algoritmos, mudanças e incertezas, aprender e agir de maneira colaborativa talvez venha a ser o único caminho para explorar todo o potencial de nossa individualidade. Pensar e atuar em rede, como um verdadeiro ecossistema. Uma novidade que já existe há milênios entre todos os seres vivos do planeta. Quem sabe um dia a gente chega lá.

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