Sustentabilidade
0 min de leitura

Switchers: o que fazer para “pivotar” sua carreira

Novo livro de professora da Wharton School aponta dois caminhos para quem quer buscar um novo rumo profissional

Compartilhar:

Um dos erros mais comuns que as pessoas cometem quando não estão felizes no trabalho e pensam em dar uma guinada profissional é pensar que voltar a fazer uma faculdade é o caminho para a mudança.

A conclusão é da consultora de carreira Dawn Graham: “A menos que o curso seja muito prático, ofereça possibilidades de estágio ou propicie experiências relacionadas à vida real, uma nova graduação pode não abrir as portas que se espera”, afirma em entrevista à _Knowledge@Wharton._

Professora do programa de MBA da Wharton e autora do livro Switchers: _how smart professionals change careers and seize success_, a dra. Dawn, como é conhecida, faz sucesso na internet e em seu programa de rádio. Assim, se tornou uma referência para quem quer “pivotar” sua carreira – para usar um verbo que nasceu com as startups e significa uma mudança radical, como um giro de pião. Não é fácil, porque, como Dawn ressalta, quem quer pivotar sua carreira enfrenta obstáculos do sistema de recrutamento das empresas. Para a autora, muitas pessoas não chegam a concretizar seu sonho de mudança por conta das atuais práticas do mercado. Segundo ela, superar isso exige dois pontos: um plano A detalhado – e sem plano B – e uso de embaixadores mais do que de LinkedIn.

**Plano A, sem B****.** Dawn recomenda a elaboração de um plano detalhado de mudança, para que se tenha certeza do que se quer. E importante: é preciso se manter fiel ao plano A. “Se você não está confiante de que pode fazer a transformação que quer, por que outras acreditariam”, destaca. Segundo ela, quando o profissional em busca de uma guinada tem, desde o início, um plano B, ele tende a se mostrar menos motivado. “É a tendência natural, pois é assustador seguir em frente com algo que é totalmente novo e diferente.” 

**Embaixadores.** “O plano A deve incluir uma estratégia passo a passo para abrir uma trilha em meio aos preconceitos”, afirma. E os embaixadores, diz ela, são o caminho. Não basta uma boa rede de contatos para que possam surgir oportunidades novas. E ela manda ir bem além do LinkedIn: “Não basta conhecer pessoas. Você deve ter embaixadores”, diz. 

O embaixador, segundo a autora, é aquele que realmente conhece o profissional, seus planos de mudança de carreira e o valor que pode agregar à organização que empregá-lo. “Assim ele pode defender você e apresentar oportunidades”, explica Dawn. Onde encontrar seus embaixadores? A especialista recomenda “peneirar” sua própria rede de contatos e pensar nas pessoas mais próximas, com as quais você conversa no dia a dia. Pense se essas pessoas seriam capazes de resumir, em uma ou duas frases, o que você faz de modo a destacar seu valor. “Perdemos oportunidades quando pessoas que gostam de nós não conseguem verbalizar o que fazemos e nos indicar para um trabalho”, afirma Dawn. Se não, trate de capacitá-las.

Compartilhar:

Artigos relacionados

Sua empresa pratica o carewashing?

Uma empresa contrata uma palestra de gerenciamento de tempo para melhorar o bem-estar das pessoas. Durante o workshop, os participantes recebem um e-mail da liderança