Coprodução HSM Management + Degreed

Tecnologia inteligente estimula a criatividade

Adotar o upskilling como prioridade hoje é o caminho para ter funcionários mais felizes e produtivos preparados para enfrentar as incertezas do futuro
Débora Mioranzza é vice-presidente para a América Latina e Caribe da Degreed

Compartilhar:

O aprendizado é uma construção edificada com elementos provenientes de várias fontes. Um dos insumos mais importantes é a criatividade, capacidade que pode ser estimulada pela tecnologia. Se usadas da maneira correta, no tempo certo, as ferramentas tecnológicas podem representar a grande contribuição que as organizações procuram para fomentar o aprendizado entre as equipes, aumentar a busca dos colaboradores por conhecimentos e criar o engajamento que permite equalizar os ensinamentos em sala de aula com os objetivos estratégicos da empresa.

De posse do postulado comprovado de que a criatividade é primordial para chegar à inovação, um objetivo permanente das companhias (principalmente nestes tempos de alta competitividade), o caminho passa pelo estímulo constante, porém implementado de maneira a não ser invasivo ou cansativo ao usuário. Diante da profusão de opções e da imensa facilidade no acesso a vídeos, áudios e plataformas diversas, convém usar com inteligência os dados, para chegar a uma oferta que atenda aos anseios e estabeleça vínculo, mas sem que seja encarada como mais uma tarefa a ser cumprida.

Como fazer isso? A criatividade precisa ser estimulada constantemente. E muitos dos estímulos presentes no nosso dia a dia vêm da tecnologia: seja ouvindo uma música no Spotify, assistindo a um filme em um serviço de streaming ou vendo fotos no Instagram.

## Diversidade é fundamental
No campo da educação profissionalizante, é imprescindível que o acesso às opções seja democrático e ofereça flexibilidade para todos que desejam aprender. Ou seja, a organização deve criar canais que possam ser acessados por diversos perfis de usuários, dos mais jovens aos mais velhos, que seja abrangente a pessoas de diversos níveis de escolaridade e de aptidão no manejo com ferramentas tecnológicas. A agilidade no processo de aprendizagem é fundamental porque quando um indivíduo tem flexibilidade para aprender da maneira que funciona pra ele, estabelecendo suas próprias metas, ele se torna protagonista de sua própria carreira.

No entanto, a cultura de aprendizagem hoje, na maioria das empresas, ainda segue o modelo de comando e controle. Isso precisa mudar. Quando oferecemos um acesso mais democrático à aprendizagem, criamos ambientes que proporcionam mais liberdade para o aprendiz, que é empoderado para construir sua própria jornada de busca por conhecimentos e tem, por fim, sua criatividade estimulada.

Um colaborador criativo é um colaborador que estará sempre buscando novas maneiras de inovar. Assim, ter acesso a uma oferta de desenvolvimento personalizada, com uma jornada própria democratiza a aprendizagem e ajuda na formação de profissionais mais qualificados, satisfeitos e criativos.

O aprendizado constante, meta sempre perseguida, precisa acontecer de maneira orgânica, natural e voluntária. É preciso criar estímulos para que as equipes se engajem em treinamentos. A tecnologia é aliada nesse processo, já que possibilita a inclusão do método lúdico e facilita a gamificação dos processos. No final do dia, a tecnologia é habilitadora da aprendizagem. Quando empresas adotam estratégias de aprendizagem digitais, nota-se que a aprendizagem ocorre de maneira mais dinâmica porque o aprendiz tem ao seu dispor uma abundância de conteúdo que pode ser acessado sob demanda.

A variedade dos tipos de materiais digitais também favorece diferentes estilos de aprendizagem, então uma pessoa que é mais visual pode aprender utilizando recursos de vídeo e infográficos, enquanto outra pode escolher aprender ouvindo podcasts ou lendo artigos, por exemplo.

Uma estratégia de aprendizagem habilitada pela tecnologia também faz com que ela seja mais acessível, podendo ser implementada em níveis locais e globais, sendo estendida a todos os colaboradores de uma empresa.

## O futuro
Uma pesquisa realizada pela instituição Brandon Hall Group, em 2021, revelou que a maior reclamação dos compradores de tecnologia de aprendizagem foi a respeito da “capacidade de atender às necessidades futuras”. Isso leva a considerarmos que a qualidade primordial de uma plataforma de educação, para que possa se integrar a futuras evoluções, é que tenha a capacidade de mapear todas as habilidades disponíveis dentro da organização. Ou seja, entender quem são as pessoas que compõem a equipe e suas habilidades.

Além disso, hoje também é imprescindível lançar mão de tecnologias como o machine learning, para que se consiga combinar as habilidades disponíveis com a demanda interna de cargos em aberto e dos conteúdos que precisam ser desenvolvidos. Antes de escolher uma plataforma, é recomendável analisar se essa solução realmente terá o poder de ajudar na transformação que a empresa busca. É importante lembrar que a tecnologia é uma habilitadora da transformação, mas não transforma processos sozinha. É preciso também ter um mindset transformador.

A aprendizagem do futuro já começou. O fundador e CEO da Degreed, David Blake, possui uma frase emblemática: “As habilidades são a moeda do futuro do trabalho”. Assim, as empresas que entenderem essa lição e fizerem do upskilling uma prioridade agora serão aquelas com funcionários mais felizes e produtivos preparados para enfrentar as incertezas do futuro.

Compartilhar:

Artigos relacionados

Calendário

Não, o ano ainda não acabou!

Em meio à letargia de fim de ano, um chamado à consciência: os últimos dias de 2024 são uma oportunidade valiosa de ressignificar trajetórias e construir propósito.

Empreendedorismo
Um guia para a liderança se antecipar às consequências não intencionais de suas decisões

Lilian Cruz e Andréa Dietrich

4 min de leitura
ESG
Entre nós e o futuro desejado, está a habilidade de tecer cada nó de um intricado tapete que une regeneração, adaptação e compromisso climático — uma jornada que vai de Baku a Belém, com a Amazônia como palco central de um novo sistema econômico sustentável.

Bruna Rezende

5 min de leitura
ESG
Crescimento de reclamações à ANS reflete crise na saúde suplementar, impulsionada por reajustes abusivos e falta de transparência nos planos de saúde. Empresas enfrentam desafios para equilibrar custos e atender colaboradores. Soluções como auditorias, BI e humanização do atendimento surgem como alternativas para melhorar a experiência dos beneficiários e promover sustentabilidade no setor.
4 min de leitura
Finanças
Brasil enfrenta aumento de fraudes telefônicas, levando Anatel a adotar medidas rigorosas para proteger consumidores e empresas, enquanto organizações investem em tecnologia para garantir segurança, transparência e uma comunicação mais eficiente e personalizada.

Fábio Toledo

4 min de leitura
Finanças
A recente vitória de Donald Trump nos EUA reaviva o debate sobre o protecionismo, colocando em risco o acesso do Brasil ao segundo maior destino de suas exportações. Porém, o país ainda não está preparado para enfrentar esse cenário. Sua grande vulnerabilidade está na dependência de um número restrito de mercados e produtos primários, com pouca diversificação e investimentos em inovação.

Rui Rocha

0 min de leitura
Finanças
O Revenue Operations (RevOps) está em franca expansão global, com estimativa de que 75% das empresas o adotarão até 2025. No Brasil, empresas líderes, como a 8D Hubify, já ultrapassaram as expectativas, mais que dobrando o faturamento e triplicando o lucro ao integrar marketing, vendas e sucesso do cliente. A Inteligência Artificial é peça-chave nessa transformação, automatizando interações para maior personalização e eficiência.

Fábio Duran

3 min de leitura
Empreendedorismo
Trazer os homens para a discussão, investir em ações mais intencionais e implementar a licença-paternidade estendida obrigatória são boas possibilidades.

Renata Baccarat

4 min de leitura
Uncategorized
Apesar de ser uma ferramenta essencial para o desenvolvimento de colaboradores, o Plano de Desenvolvimento Individual (PDI) vem sendo negligenciado por empresas no Brasil. Pesquisa da Mereo mostra que apenas 60% das companhias avaliadas possuem PDIs cadastrados, com queda no engajamento de 2022 para 2023.

Ivan Cruz

4 min de leitura
Tecnologias exponenciais
A inteligência artificial (IA) está revolucionando o mundo dos negócios, mas seu avanço rápido exige uma discussão sobre regulamentação. Enquanto a Europa avança com regras para garantir benefícios éticos, os EUA priorizam a liberdade econômica. No Brasil, startups e empresas se mobilizam para aproveitar as vantagens competitivas da IA, mas aguardam um marco legal claro.

Edmee Moreira

4 min de leitura
ESG
A gestão de riscos psicossociais ganha espaço nos conselhos, impulsionada por perdas estimadas em US$ 3 trilhões ao ano. No Brasil, a atualização da NR1 exige que empresas avaliem e gerenciem sistematicamente esses riscos. Essa mudança reflete o reconhecimento de que funcionários saudáveis são mais produtivos, com estudos mostrando retornos de até R$ 4 para cada R$ 1 investido

Ana Carolina Peuker

4 min de leitura