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Teimosia é, sim, um problema no trabalho

Esqueça a ideia de que os teimosos são profissionais perseverantes, motivados e comprometidos. Como recomenda o especialista Richie Frieman, essa é uma característica claramente negativa e deve ser combatida nas empresas

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Se você está entre aqueles que acham que teimosia é sinônimo de persistência e alto nível de motivação, é melhor repensar seus conceitos. Esse, pelo menos, é o conselho de Richie Frieman, autor do best-seller _Reply All… and Other Ways to Tank Your Career._

“A teimosia é uma característica negativa em qualquer profissional e afeta as outras pessoas”, afirma o especialista. Para ele, é falsa a ideia de que as pessoas com esse comportamento são admiradas por um envolvimento acima da média. “Quem teima e faz birra o tempo todo no trabalho acaba se afastando de cada um dos colegas”, acrescenta. 

Mais especificamente, o autor explica que os profissionais vistos como teimosos também são percebidos como incapazes de colaborar com seus pares e de atuar em equipe, pois não conseguem ouvir o que os outros têm a dizer. 

Além disso, Frieman destaca que, do ponto de vista corporativo, esses colaboradores entram na categoria dos inflexíveis, aqueles que não estão abertos às mudanças e às novas ideias. “Uma coisa é ser diferente; outra é acreditar que seu jeito é o único jeito. É aí que acontecem os conflitos no ambiente de trabalho”, explica ele. “E a teimosia e a arrogância não são recompensadas”, garante. 

Frieman defende em seu livro que valores como respeito e gentileza fazem diferença entre o sucesso e o fracasso nos negócios e devem ser praticados desde os níveis mais altos da hierarquia organizacional. Um chefe desrespeitoso, por exemplo, pode eliminar qualquer possibilidade de contratar e reter profissionais talentosos. 

Para seu livro, o especialista entrevistou dezenas de presidentes de empresas, empreendedores e celebridades de uma grande variedade de campos de atuação. Ele conta que o traço em comum entre a maioria dos depoimentos foi o diagnóstico de como hoje falta a educação mais elementar no ambiente de trabalho. “Não se vê, segundo eles, coisas básicas, como um ‘por favor’ e um ‘obrigado’”, comenta. 

Outro problema recorrente, de acordo com as pesquisas de Frieman, é o ego exagerado. “Há uma confusão entre autoconfiança e ego”, afirma. “Ser confiante é saber que você é a pessoa certa para aquele trabalho e assumir os papéis que a posição demanda com elegância. Ser egocêntrico é achar que você sabe fazer algo melhor do que todo mundo e andar pelos corredores da empresa como um lutador depois de vencer por nocaute”, explica o autor.

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