Nesse excelente [vídeo](https://www.youtube.com/watch?v=rPU28Sa9OJw) do Átila Iamarino, doutor em microbiologia, sugiro atenção especial a partir dos 16 minutos, quando a doutora em crises financeiras, Monica de Bolle, nos dá um panorama sobre a economia mundial nesse momento.
O vídeo deixa ainda mais claro que nossos hábitos, bem como grande parte dos modelos de negócios que conhecemos, mudarão completamente nos próximos dois anos.
Enquanto assistia, pensava o quanto vejo as pessoas ainda acreditando que a Covid-19 é como uma corrida de 50 ou 100 metros, onde em 2 ou 3 meses tudo voltará relativamente ao “normal”.
Sinceramente, não estamos sequer em uma maratona de 42k. Minha sensação é que estamos num Iron Man com 42 quilômetros de corrida, mais 10 quilômetros de natação e, na sequência, uma pedalada de 180 quilômetros para finalizar. É nessa corrida que literalmente fomos jogados sem sequer termos a chance de escolher se queríamos participar.
Essa situação que estamos passando coloca a maior parte de nós em estados emocionais que variam entre ansiedade, medo, impotência, hiper atividade, heroísmo e vitimização. Perfeitamente compreensível.
Afinal, talvez pela primeira vez na vida da maior parte que lê esse texto, estejamos diante da real possibilidade de perdermos tudo ou quase tudo que construímos de patrimônio e segurança financeira até poucos meses atrás. E isso é assustador.
Por outro lado temos a chance de começar a construir algo novo. Se alguma coisa nos prendia no passado, agora praticamente não temos amarras para nos reinventarmos.
Ainda lembro quando resolvemos não ter mais escritório físico durante a jornada de construção da Open Leaders, há alguns anos. Lembro o quanto isso nos incomodava nos primeiros anos e o quanto gerava desconfiança nos outros. Como se um escritório bacana avalizasse a idoneidade e profissionalismo de uma pessoa.
Enfim, essa é apenas uma das inúmeras crenças limitantes da qual não precisaremos mais nesse novo mundo que está vindo.
Então aproveite esse tempo para jogar fora tudo aquilo que não te serve mais há um bom tempo.
Esse é o momento de construir uma vida verdadeiramente abundante no lugar da escassez que ocupava boa parte de nossas vidas, deixar a alma se expressar no lugar do ego e se conectar com pessoas capazes de participar desses momentos com amor e felicidade por ver você colocar todo o seu potencial criativo para criar coisas maravilhosas.
Gostaria também de deixar duas reflexões extras. Primeiro, tenham em mente que a maneira mais viável para chegar a essa Terra 2 física, mental e emocionalmente inteiro é trabalhando coletivamente.
Essa é uma das chaves mágicas para a próxima etapa desse jogo chamado humanidade. Chegou a hora de ligar para os seus melhores competidores, fornecedores e clientes e trabalhar juntamente com eles nessa co-criação do futuro.
Segundo, a outra chave mágica para entrarmos nessa Terra 2 é a autotransformação.
Tudo o que precisamos mudar está dentro de nós e quando começarmos a mexer internamente veremos que o que está fora muda automaticamente para melhor.
Por isso sempre escrevemos em nossos posts nas redes sociais: “Bora transformar o mundo, começando por nós mesmos”.
Por fim, para manter a sanidade e passar por tudo isso com o menor sofrimento possível, essas duas práticas podem ajudar muito.
Afinal, quando acionamos o modo de sobrevivência, acabamos naturalmente nos colocando no papel de heróis, prontos para resolver todos os problemas sozinhos.
Quando isso acontece por um período maior, a nossa máquina simplesmente não aguenta e pifa.
Vivi isso há seis anos. Conheci o inferno na depressão entre 2015 e 2016, e percebo nos olhos de várias pessoas esse mesmo sofrimento se aproximando.
Então mude de rota antes que seja tarde. Ninguém precisa passar por essa reinvenção sozinho. Até porque brincar junto é muito mais divertido do que brincar sozinho.
Quem precisar de ajuda nessa jornada, conte conosco! Na construção da Open Leaders aprendemos uma coisa muito importante. Uma delas é que mais do que reinventarmos modelos de negócio e ajudarmos na mudança de cultura, estamos aqui unicamente para aprender a servir os outros. Simples assim. E isso é libertador.