Uncategorized

Tigre: sempre há espaço para a diversificação

Entrando em novos segmentos, com aquisições e até com a fundação de uma startup, o grupo enfrenta o desafio de continuar a implantar sua estratégia

Compartilhar:

**5 – O que o Grupo Tigre considera seu principal desafio hoje?**

Manter o planejamento estratégico, mesmo em um cenário não tão favorável. Para isso, traçamos metas realistas e focamos ainda mais nosso processo de inovação – 1% da receita operacional bruta é investida em pesquisa e desenvolvimento (P&D) e temos aproximadamente 60 profissionais dedicados a essa área. Queremos oferecer linhas ainda mais completas e que atendam todo o mercado. Prova disso é que lançamos diversos produtos em 2017 e entramos em segmentos que até então não faziam parte do portfólio da companhia. 

**4 – Internacionalizar continua a ser prioridade?**

A Tigre já possui mais fábricas no exterior do que aqui… Sempre avaliamos as oportunidades existentes no Brasil e no exterior. Se podemos conseguir a liderança ou a vice-liderança do mercado em questão, não des5 cartamos. O fator local ainda pesa muito, mas adquirir um ativo tradicional e respeitosamente alinhá-lo com a marca Tigre facilita as coisas. Na América Latina, em especial, há afinidade cultural. 

**3 – Quais segmentos a companhia considera mais promissores no momento?**

O foco da Tigre é a condução de água e, além de ampliar o portfólio de produtos, também direcionamos nosso olhar para a prestação de serviços. Em 2017, por exemplo, lançamos a startup Tigre Soluções para Água e Efluentes (TSAE), que oferece tecnologias inovadoras para a eficiência hídrica. Além disso, adquirimos o controle acionário da Fabrimar e entramos no segmento de metais sanitários. 

Outro negócio no qual apostamos muito é a Claris, marca de esquadrias de PVC da Tigre. Com entregas relevantes relacionadas ao conforto térmico e acústico, bem como ao design, é um segmento bastante maduro em mercados como Europa e Estados Unidos, mas ainda com baixa penetração no Brasil – portanto, com muitas oportunidades de crescimento. 

**Saiba mais sobre Otto von Sothen e o Grupo Tigre**

**Quem é:** Diretor-presidente do Grupo Tigre desde setembro de 2013, é graduado em economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, com MBA pela J.L. Kellogg Graduate School of Management, de Evanston, EUA. Foi CEO da Diageo e da PepsiCo Alimentos no Brasil e na Região Andina, além de consultor da GP Investments.

**Outras atividades:** Integra o conselho consultivo da Melitta do Brasil e da Bauducco. É presidente do conselho do Instituto Trata Brasil e da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat) e VP da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast).

**O Grupo Tigre:** Líder brasileiro na fabricação de plásticos para materiais de construção e um dos maiores do mundo, com 6,5 mil funcionários, fatura mais de R$ 3 bilhões e opera em 27 países, com 11 fábricas no Brasil e 13 no exterior, na América do Sul e nos EUA.

**2 – Não há um limite para diversificar? Vocês já têm 15 mil produtos…**

Na Tigre, acreditamos que sempre há espaço para a diversificação. Prova disso é que, em 2017, marcamos nossa entrada em dois segmentos nos quais ainda não atuávamos, com a criação da TSAE e a aquisição da Fabrimar. 

A TSAE tem como objetivo oferecer tecnologias inovadoras para a eficiência hídrica. Localizada em Indaiatuba (SP), conta com 15 profissionais e atua principalmente nos segmentos de bebidas e alimentos, farmacêutico, cosméticos, edifícios comerciais, shopping centers e papel e celulose. O novo negócio tem dois modelos – um de venda e um de locação de estações para tratamento de água e efluentes – e busca sempre o reúso da água. 

Já a Fabrimar marca a entrada da empresa no segmento de metais sanitários para cozinha e área de serviço. 

**1 – A Tigre pratica o que Michael Porter diz sobre criar valor compartilhado, uma vez que é uma fabricante de tubos e conexões que participa do Instituto Trata Brasil, defensor da causa do saneamento básico. O sr. pode falar da importância dessa iniciativa?**

O Trata Brasil é uma entidade sem fins lucrativos que reúne empresas de todos os tipos, inclusive fabricantes de bens de consumo de massa, que não têm nenhum interesse econômico em saneamento básico. Assim como as dezenas de embaixadores pessoas físicas do instituto, entre os quais atletas como Lars Grael e Daiane dos Santos, essas empresas lutam pela universalização do saneamento básico com a convicção de que é a coisa certa a fazer. 

A falta de saneamento básico é um dos mais graves problemas do Brasil na atualidade: 100 milhões de pessoas não têm acesso a esgoto encanado e, das que possuem, 40% não têm esgoto tratado. É uma verdadeira calamidade pública. 

Lutamos por essa causa não só por ser um direito básico do cidadão, mas também pelo grande benefício que vai gerar ao País – com a redução de despesas com saúde pública, por exemplo.

Compartilhar:

Artigos relacionados

Homo confusus no trabalho: Liderança, negociação e comunicação em tempos de incerteza

Em um mundo sem mapas claros, o profissional do século 21 não precisa ter todas as respostas – mas sim coragem para sustentar as perguntas certas.
Neste artigo, exploramos o surgimento do homo confusus, o novo ser humano do trabalho, e como habilidades como liderança, negociação e comunicação intercultural se tornam condições de sobrevivência em tempos de ambiguidade, sobrecarga informacional e transformações profundas nas relações profissionais.

Bem-estar & saúde
7 de novembro de 2025

Luciana Carvalho - CHRO da Blip, e Ricardo Guerra - líder do Wellhub no Brasil

4 minutos min de leitura
Cultura organizacional, Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho
6 de novembro de 2025
Incluir é mais do que contratar - é construir trajetórias. Sem estratégia, dados e cultura de cuidado, a inclusão de pessoas com deficiência segue sendo apenas discurso.

Carolina Ignarra - CEO da Talento Incluir

5 minutos min de leitura
Liderança
5 de novembro de 2025
Em um mundo sem mapas claros, o profissional do século 21 não precisa ter todas as respostas - mas sim coragem para sustentar as perguntas certas. Neste artigo, exploramos o surgimento do homo confusus, o novo ser humano do trabalho, e como habilidades como liderança, negociação e comunicação intercultural se tornam condições de sobrevivência em tempos de ambiguidade, sobrecarga informacional e transformações profundas nas relações profissionais.

Angelina Bejgrowicz - Fundadora e CEO da AB – Global Connections

12 minutos min de leitura
Bem-estar & saúde
4 de novembro de 2025

Tatiana Pimenta - Fundadora e CEO da Vittude

3 minutos min de leitura
Liderança
3 de novembro de 2025
Em um mundo cada vez mais automatizado, liderar com empatia, propósito e presença é o diferencial que transforma equipes, fortalece culturas e impulsiona resultados sustentáveis.

Carlos Alberto Matrone - Consultor de Projetos e Autor

7 minutos min de leitura
Tecnologia & inteligencia artificial
1º de novembro de 2025
Aqueles que ignoram os “Agentes de IA” podem descobrir em breve que não foram passivos demais, só despreparados demais.

Atila Persici Filho - COO da Bolder

8 minutos min de leitura
Tecnologia & inteligencia artificial
31 de outubro de 2025
Entenda como ataques silenciosos, como o ‘data poisoning’, podem comprometer sistemas de IA com apenas alguns dados contaminados - e por que a governança tecnológica precisa estar no centro das decisões de negócios.

Rodrigo Pereira - CEO da A3Data

6 minutos min de leitura
Inovação & estratégia, Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho
30 de ouutubro de 2025
Abandonando o papel de “caçador de bugs” e se tornando um “arquiteto de testes”: o teste como uma função estratégica que molda o futuro do software

Eric Araújo - QA Engineer do CESAR

7 minutos min de leitura
Liderança
29 de outubro de 2025
O futuro da liderança não está no controle, mas na coragem de se autoconhecer - porque liderar os outros começa por liderar a si mesmo.

José Ricardo Claro Miranda - Diretor de Operações da Paschoalotto

2 minutos min de leitura
Inovação & estratégia
28 de outubro 2025
A verdadeira virada digital não começa com tecnologia, mas com a coragem de abandonar velhos modelos mentais e repensar o papel das empresas como orquestradoras de ecossistemas.

Lilian Cruz - Fundadora da Zero Gravity Thinking

4 minutos min de leitura

Baixe agora mesmo a nossa nova edição!

Dossiê #169

TECNOLOGIAS MADE IN BRASIL

Não perdemos todos os bondes; saiba onde, como e por que temos grandes oportunidades de sucesso (se soubermos gerenciar)

Baixe agora mesmo a nossa nova edição!

Dossiê #169

TECNOLOGIAS MADE IN BRASIL

Não perdemos todos os bondes; saiba onde, como e por que temos grandes oportunidades de sucesso (se soubermos gerenciar)