Gabrielle Teco e Adriana Salles, minhas companheiras no conselho editorial da HSM Management, me chamaram para uma conversa (remota).
Começaram: “Temos a ideia de fazer algo novo na revista e queremos sua opinião”.
Logicamente conquistaram a minha atenção de imediato. Minha trajetória profissional é pontuada de momentos de abrir e testar novos caminhos, achar soluções inusitadas e tal. Sou todo ouvidos quando alguém vem questionar o status quo, mesmo que seja apenas pelo amor ao debate.
E as duas me explicaram que queriam criar algumas edições da revista com editores convidados. Dessa forma, teríamos acesso a novos olhares, perspectivas, conteúdos e formatos. E aprendizados que poderíamos adotar em edições futuras. Achei sensacional!
E, meio timidamente, me perguntaram se eu aceitaria ser o primeiro. Desnecessário, né?! Era o mesmo que perguntar se criança quer sorvete. Topei na hora! Nem me preocupei com quanto tempo seria demandado e ou o que era esperado de mim. É novo, diferente, nunca fiz? Tô dentro.
“Se alguém te oferecer uma oportunidade incrível, mas você não tem certeza de que consegue fazer, diga sim – e depois aprenda como fazer.” – Richard Branson
Disseram que eu só não podia mudar o nome da revista, me concederam uma liberdade vigiada e negaram a minha foto na capa (tentei!). A Lizandra de Almeida se juntou ao time e partimos para o toró de ideias. Ah, e o tema? CRIATIVIDADE. Pronto, o cara mais cri-cri (risos) do board agora estava com o macaquinho no ombro.
Esta revista, você deve ter notado, tem duas revistas dentro dela – uma é dedicada à criatividade individual e a outra , à criatividade coletiva. São dois processos distintos e ambos igualmente importantes. Falando do lado de cá, o que um garoto de 13 anos pode ensinar a executivos calejados? E um de 16? E uma senhora de 70 anos? Não conseguimos um bot que escreva um texto completo, mas chegamos próximo. E o frescobol? E um dicionarista diferentão? E, no lado de lá, você vai poder ler a entrevista que eu fiz com o dublê de especialista em liderança criativa e poeta Berend-Jans Hilbert, um holandês simpático que, no meio da neve em sua casa, me ganhou por realmente parar para pensar nas perguntas que eu lhe fiz antes de responder.
Me diverti e aprendi muito preparando este número da revista. E, entre vários insights, me dei conta de que criatividade é, na maioria das vezes, fruto de um longo e contínuo processo. Foi assim ao produzirmos a edição #145. Meu novo número da sorte. E, como ninguém conquista nada relevante sozinho, um muito obrigado às superpoderosas, que de Florzinha, Docinho e Lindinha não têm muito. Sem elas não teria rolado. Boa leitura.