Carreira

Trabalho voluntário pode te ajudar a conseguir seu primeiro emprego

Desenvolver competências, viver experiências, ser visto de forma positiva e ainda criar boa rede de relacionamentos: esses são benefícios diretos para quem praticou ou ainda exerce o trabalho voluntário
Sabina Augras e Laura Fuks são sócias fundadoras da Cmov, edtech na área de carreira e empregabilidade.

Compartilhar:

Quando chega a hora de fazer o currículo, muitas vezes vem o questionamento: “o que colocar como experiência profissional se eu nunca trabalhei? Não tenho nada para contar…”. Calma, você já fez algum trabalho voluntário? Pois ele vale para o histórico profissional, sim. Porque experiência é vivência, e os trabalhos voluntários são formas genuínas de ajudar aos outros tanto quanto a si mesmo.

Num trabalho voluntário você ganha maturidade, faz networking, desenvolve competências comportamentais e muito mais. Temos relatos de muitos jovens que têm dificuldade de criar um currículo porque empacam na parte de contar sobre as experiências vivenciadas, e um dos motivos é porque não enxergam o tanto de coisa que já fizeram e, por isso, não sabem contar.

O trabalho voluntário tem muitos pontos positivos e deve ser visto como um excelente aliado no processo de construção da sua carreira.

## Quatro benefícios do trabalho voluntário

### 1. Desenvolver competências

Um dos principais benefícios do trabalho voluntário é a possibilidade de desenvolver competências em um ambiente seguro. Quem quer desenvolver, por exemplo, habilidades com vendas, pode trabalhar na área de arrecadação de uma ONG. Já quem quer aprimorar as habilidades financeiras, pode apoiar na área de orçamento e controle de instituições filantrópicas.

De forma criativa, é possível imaginar inúmeras possibilidades de desenvolvimento a partir de trabalhos voluntários. O ambiente do voluntariado normalmente é muito propício e amigável para aceitar pessoas sem experiência que queiram realmente aprender e contribuir para uma boa causa.

### 2. Ser visto de uma forma positiva

Outro ponto muito importante é que as experiências adquiridas em trabalhos voluntários são muito valorizadas pelas organizações. As empresas buscam cada vez mais profissionais que se dedicam a uma causa e podem agregar por meio de suas experiências.

O [tema de ESG está cada vez mais presente nas organizações](https://www.revistahsm.com.br/post/esg-e-os-jovens-qual-a-relacao-entre-eles). Cada vez mais as instituições buscam pessoas que tenham o mindset da importância de se cuidar do planeta e das pessoas. Nesse sentido, quem tem experiência de voluntariado no currículo pode ter vantagens em vagas de empresas que estejam conscientes e alinhadas com esse tema.

### 3. Ter uma experiência em seu currículo

Um terceiro ponto é que o trabalho voluntário é considerado como experiência profissional para vagas no mercado de trabalho. Apesar desses trabalhos não serem formais e não terem carteira assinada, eles são vistos como alternativas para ganhar experiência profissional.

Muitos [jovens falam que não conseguem o primeiro emprego](https://www.revistahsm.com.br/post/inclua-o-jovem-potencia-na-sua-agenda) por não terem tido experiência, e que as empresas “exigem” essa experiência deles. O trabalho voluntário é uma ótima oportunidade para se ganhar experiência e começar a construir uma história para o seu currículo.

### 4. Construir networking

Por fim, vamos destacar a construção do seu networking. O trabalho voluntário pode lhe dar a oportunidade de conhecer muitas pessoas, tanto da instituição quanto de parceiros. Esses contatos são o início da construção da sua rede profissional. É a [troca de experiências e informações que tem como objetivo potencializar suas oportunidades](https://www.revistahsm.com.br/post/descubra-seus-pontos-cegos-na-carreira-profissional) de entrada no mercado de trabalho e de negócios por meio de relacionamento.

O trabalho voluntário é uma prática que gera resultados positivos para todas as partes, ganha quem recebe — em contrapartida, a pessoa que se dedica a ajudar também encontra formas de crescimento. E o caminho é simples, basta dar uma
“googlada” que encontrará inúmeras ONGs com vagas abertas em diversas áreas e setores.

Se desenvolver fazendo o bem é um caminho promissor que pode ser utilizado por muitos jovens que ainda estão perdidos em como buscar vivências profissionais dentro da área que escolheu atuar.

*Gostou do artigo da Laura Fuks e da Sabina Augras? Sabia mais sobre gestão de carreira assinando [nossas newsletters](https://www.revistahsm.com.br/newsletter) e escutando [nossos podcasts](https://www.revistahsm.com.br/podcasts) na sua plataforma de streaming favorita.*

Compartilhar:

Sabina Augras e Laura Fuks são sócias fundadoras da Cmov, edtech na área de carreira e empregabilidade.

Artigos relacionados

Inovação & estratégia, Tecnologia & inteligencia artificial
2 de outubro de 2025
Na indústria automotiva, a IA Generativa não é mais tendência - é o motor da próxima revolução em eficiência, personalização e experiência do cliente.

Lorena França - Hub Mobilidade do Learning Village

3 minutos min de leitura
Cultura organizacional, Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho, Inovação & estratégia
1º de outubro de 2025
No mundo pós-IA, profissionais 50+ são mais que relevantes - são pontes vivas entre gerações, capazes de transformar conhecimento em vantagem competitiva.

Cris Sabbag - COO da Talento Sênior

4 minutos min de leitura
Inovação
30 de setembro
O Brasil tem talento reconhecido no design - mas sem políticas públicas e apoio estratégico, seguimos premiando ideias sem transformar setores.

Rodrigo Magnago

6 minutos min de leitura
Liderança
29 de setembro de 2025
No topo da liderança, o maior desafio pode ser a solidão - e a resposta está na força do aprendizado entre pares.

Rubens Pimentel - CEO da Trajeto Desenvolvimento Empresarial

4 minutos min de leitura
ESG, Empreendedorismo
29 de setembro de 2025
No Dia Internacional de Conscientização sobre Perdas e Desperdício de Alimentos, conheça negócios de impacto que estão transformando excedentes em soluções reais - gerando valor econômico, social e ambiental.

Priscila Socoloski CEO da Connecting Food e Lucas Infante, CEO da Food To Save

2 minutos min de leitura
Cultura organizacional
25 de setembro de 2025
Transformar uma organização exige mais do que mudar processos - é preciso decifrar os símbolos, narrativas e relações que sustentam sua cultura.

Manoel Pimentel

10 minutos min de leitura
Uncategorized
25 de setembro de 2025
Feedback não é um discurso final - é uma construção contínua que exige escuta, contexto e vínculo para gerar evolução real.

Jacqueline Resch e Vivian Cristina Rio Stella

4 minutos min de leitura
Tecnologia & inteligencia artificial
24 de setembro de 2025
A IA na educação já é realidade - e seu verdadeiro valor surge quando é usada com intencionalidade para transformar práticas pedagógicas e ampliar o potencial de aprendizagem.

Rafael Ferreira Mello - Pesquisador Sênior no CESAR

5 minutos min de leitura
Inovação
23 de setembro de 2025
Em um mercado onde donos centralizam decisões de P&D sem métricas críveis e diretores ignoram o design como ferramenta estratégica, Leme revela o paradoxo que trava nosso potencial: executivos querem inovar, mas faltam-lhes os frameworks mínimos para transformar criatividade em riqueza. Sua fala é um alerta para quem acredita que prêmios de design são conquistas isoladas – na verdade, eles são sintomas de ecossistemas maduros de inovação, nos quais o Brasil ainda patina.

Rodrigo Magnago

5 min de leitura
Inovação & estratégia, Liderança
22 de setembro de 2025
Engajar grandes líderes começa pela experiência: não é sobre o que sua marca oferece, mas sobre como ela faz cada cliente se sentir - com propósito, valor e conexão real.

Bruno Padredi - CEP da B2B Match

3 minutos min de leitura