Uncategorized

Transformação social pós-crise

A economia é o foco das medidas de curto prazo. No médio e longo prazos, porém, A mudança será na sociedade
Edward Tse é fundador e CEO da Gao Feng Advisory Company, uma empresa de consultoria de estratégia e gestão com raízes na China.

Compartilhar:

Conforme a pandemia de Covid-19 se espalha pelo mundo, perdas humanas e econômicas escalam, obrigando governos e empresas a agir. Na China, o governo está investindo e incentivando políticas para estimular a macroeconomia em setores específicos para resolver questões de curto prazo. Mas, em médio e longo prazos, uma China bem diferente deve emergir.

A pandemia está revelando problemas sociais de muito tempo na China. Muitas lacunas cruciais que foram expostas devem ser preenchidas, por isso o país vai precisar ampliar seu escopo de desenvolvimento para além da economia. O governo central deve chamar para discussão todas as províncias, visando ampliar o foco em agendas públicas, e especialmente na saúde.

Isso também indica a necessidade de maior colaboração entre setores público e privado. A construção épica de dois hospitais especializados em Wuhan – um em 10 dias e outro, em 14 – foi uma demonstração do poder das parcerias público-privadas (PPPs).

A China dará um grande passo no sentido de melhorar suas cidades inteligentes para a próxima geração. Essas cidades do futuro devem se tornar mais conectadas e inteligentes em transporte, cadeia de fornecimento, gestão de emergência e desastres – tarefa muito complexa que vai exigir que o sistema de saúde inteiro esteja integrado por big data. As PPPs vão surgir porque, enquanto o setor público oferece orientação, recursos e escala, as empresas trazem inovação, velocidade e agilidade, assim como o espírito de “botar a mão na massa”.

Os padrões socioeconômicos da China também estão mudando: o consumo está migrando de offline para online, e aplicações comerciais de novas tecnologias em 5G, inteligência artificial, robótica e internet das coisas também estão acelerando. Uma nova infraestrutura digital vai surgir no país todo.

Novos modelos de negócio relativos aos modos de interações também vão emergir, especialmente em setores como logística, automação, trabalho distribuído, entretenimento, varejo e educação. Nos setores de logística e robótica, interações humano-máquina e máquina-máquina vão acelerar. Por exemplo, no recém-construído 

Hospital Huoshenshan, em Wuhan, robôs entregam comida e remédios, esterilizam o ambiente e realizam o diagnóstico primário. 

Cada vez mais, negócios tradicionalmente offline vão passar para online, incluindo varejo e educação. A fusão de serviços offline e online como modelo de negócio serão cada vez mais comuns. Hoje, uma enorme porção da população chinesa está trabalhando remotamente pela primeira vez. WeChat Work, DingTalk e outras ferramentas de trabalho remoto estão se tornando mais populares que nunca.

A pandemia de Covid-19 criou desafios e oportunidades únicos e de longo prazo. Em curto prazo, negócios que operam na e com a China vão enfrentar mais incerteza em áreas como produção industrial, cadeia de fornecimento e interface com o consumidor. No médio e longo prazos, cabe à China se reinventar e priorizar o bem-estar social em sua agenda nacional. Novos padrões de consumo, progresso tecnológico e inovações comerciais virão, transformando ainda mais o ambiente de negócios.

Compartilhar:

Artigos relacionados

Quando o corpo pede pausa e o negócio pede pressa

Entre liderança e gestação, uma lição essencial: não existe performance sustentável sem energia. Pausar não é fraqueza, é gestão – e admitir limites pode ser o gesto mais poderoso para cuidar de pessoas e negócios.

Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho
16 de dezembro de 2025
A economia prateada deixou de ser nicho e se tornou força estratégica: consumidores 50+ movimentam trilhões e exigem experiências centradas em respeito, confiança e personalização.

Eric Garmes é CEO da Paschoalotto

3 minutos min de leitura
Inovação & estratégia, Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho
15 de dezembro de 2025
Este artigo traz insights de um estudo global da Sodexo Brasil e fala sobre o poder de engajamento que traz a hospitalidade corporativa e como a falta dela pode impactar financeiramente empresas no mundo todo.

Hamilton Quirino - Vice-presidente de Operações da Sodexo

2 minutos min de leitura
Cultura organizacional, Inovação & estratégia
12 de dezembro de 2025
Inclusão não é pauta social, é estratégia: entender a neurodiversidade como valor competitivo transforma culturas, impulsiona inovação e constrói empresas mais humanas e sustentáveis.

Marcelo Vitoriano - CEO da Specialisterne Brasil

4 minutos min de leitura
Inovação & estratégia, Marketing & growth
11 de dezembro de 2025
Do status à essência: o luxo silencioso redefine valor, trocando ostentação por experiências que unem sofisticação, calma e significado - uma nova inteligência para marcas em tempos pós-excesso.

Daniel Skowronsky - Cofundador e CEO da NIRIN Branding Company

3 minutos min de leitura
Estratégia
10 de dezembro de 2025
Da Coreia à Inglaterra, da China ao Brasil. Como políticas públicas de design moldam competitividade, inovação e identidade econômica.

Rodrigo Magnago - CEO da RMagnago

17 minutos min de leitura
Bem-estar & saúde
9 de dezembro de 2025
Entre liderança e gestação, uma lição essencial: não existe performance sustentável sem energia. Pausar não é fraqueza, é gestão - e admitir limites pode ser o gesto mais poderoso para cuidar de pessoas e negócios.

Tatiana Pimenta - Fundadora e CEO da Vittude,

3 minutos min de leitura
Bem-estar & saúde
8 de dezembro de 2025
Com custos de saúde corporativa em alta, a telemedicina surge como solução estratégica: reduz sinistralidade, amplia acesso e fortalece o bem-estar, transformando a gestão de benefícios em vantagem competitiva.

Loraine Burgard - Cofundadora da h.ai

3 minutos min de leitura
Bem-estar & saúde, Liderança
5 de dezembro de 2025
Em um mundo exausto, emoção deixa de ser fragilidade e se torna vantagem competitiva: até 2027, lideranças que integram sensibilidade, análise e coragem serão as que sustentam confiança, inovação e resultados.

Lisia Prado - Consultora e sócia da House of Feelings

5 minutos min de leitura
Finanças
4 de dezembro de 2025

Antonio de Pádua Parente Filho - Diretor Jurídico, Compliance, Risco e Operações no Braza Bank S.A.

3 minutos min de leitura
Inovação & estratégia, Marketing & growth
3 de dezembro de 2025
A creators economy deixou de ser tendência para se tornar estratégia: autenticidade, constância e inovação são os pilares que conectam marcas, líderes e comunidades em um mercado digital cada vez mais colaborativo.

Gabriel Andrade - Aluno da Anhembi Morumbi e integrante do LAB Jornalismo e Fernanda Iarossi - Professora da Universidade Anhembi Morumbi e Mestre em Comunicação Midiática pela Unesp

3 minutos min de leitura

Baixe agora mesmo a nossa nova edição!

Dossiê #170

O que ficou e o que está mudando na gangorra da gestão

Esta edição especial, que foi inspirada no HSM+2025, ajuda você a entender o sobe-e-desce de conhecimentos e habilidades gerenciais no século 21 para alcançar a sabedoria da liderança

Baixe agora mesmo a nossa nova edição!

Dossiê #170

O que ficou e o que está mudando na gangorra da gestão

Esta edição especial, que foi inspirada no HSM+2025, ajuda você a entender o sobe-e-desce de conhecimentos e habilidades gerenciais no século 21 para alcançar a sabedoria da liderança