Desenvolvimento pessoal

Três pilares essenciais para evitar o excesso de trabalho

Saúde mental tem sido um dos temas mais tratados no cenário que nos encontramos, entretanto, este tema já era amplamente discutido em algumas regiões do mundo que estudam produtividade de uma maneira diferente que fomos ensinados, pós-revolução industrial
Saiu da periferia de Maceió e se tornou executivo do Facebook no Vale do Silício e Sócio da XP Investimentos. É o fundador da Become, empresa de educação executiva e corporativa. É professor de Neurociências, com aulas ministradas na quarta maior universidade do mundo, UC Berkeley, e Singularity University, ambas na Califórnia. Também é professor convidado da Fundação Dom Cabral. Foi o executivo responsável por trazer o Baidu (o Google chinês) para a América Latina. Também liderou startups chinesas de games sociais, como o Colheita Feliz, e o idealizador da ONG chancelada pela ONU e acelerada por Stanford, Ajude o Pequeno. Siga o colunista no Instagram - [@wesleybarbosa] - e ouça o podcast de Wesley Barbosa, [No Brain No Gain](https://open.spotify.com/episode/3LzGWqyWnLSo07gwUkKa6R?si=QLRGTDmPSo-1bOS5FJrdmA&nd=1),

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Temos a tendência de vincular o tempo como medida de resultado, onde, na verdade, ele é uma medida de esforço, já que produtividade não é a quantidade de tempo que você coloca em uma tarefa, mas o resultado que se extraiu dela.

De acordo com a organização mundial de saúde, 33 milhões de brasileiros sofrem de [burnout](https://www.revistahsm.com.br/post/saude-mental-como-a-sindrome-de-burnout-impacta-sua-vida), que é uma condição exclusivamente criada pelo excesso de trabalho. Ao observar o comportamento destes profissionais, consegue-se extrair alguns pontos cruciais para iniciar a [combater esta síndrome](https://mitsloanreview.com.br/post/revisitando-o-burnout-a-luz-da-covid-19-parte-4-de-4):

## 1. Falta de priorização das atividades

O que é produtividade para você pode não ter o mesmo conceito para o teu chefe ou para a empresa, portanto, a fata de clareza sobre o que se espera do teu desempenho o faz se confundir sobre a tarefa que mais trará resultados para tua carreira.

Na prática, vale sempre criar uma estrutura de análise para que você possa atuar, produzir um filtro priorizando aquelas tarefas que fazem mais sentido de acordo com o alinhamento entre você e seu líder.

Por exemplo, saber se a atividade impacta ao mesmo tempo o teu trabalho, o trabalho da equipe e os resultados da empresa iminentemente, já coloca ela no topo da lista de prioridades. Ali mora uma oportunidade de atuar na empresa como um “thought leader”, uma espécie de visionário que performa elevando os demais colaboradores.

No entanto, nem sempre você terá a oportunidade de ter ações tão impactantes, e para as menores decisões que habitam o dia a dia, vale alinhar com a liderança quais as expectativas de entrega periódica. Dessa forma, você saberá priorizar entregas que te posicionaram bem a curto prazo, e diminuir o ritmo naquelas que estão organizadas para o longo prazo.

## 2. Dificuldade em dizer não

Somos mamíferos, e por uma questão genética vivemos em bando. Essa necessidade fisiológica nos traz preocupação em excesso, com a visão que o outro tem sobre nós. Não sabendo criar uma harmonia entre o que queremos e o que querem de nós, acabamos por misturar o que deveria ser uma prioridade de trabalho com nossas necessidades pessoais.

Esse comportamento prova a natureza da teoria do professor americano Leon Festinger (1957), que sugeriu que “o indivíduo passa por um conflito no seu processo de tomada de decisão quando pelo menos dois elementos cognitivos não são coerentes”.

Querer agradar a todos e fugir do sentimento de culpa nos drena e nos faz aceitar o que já sabemos que não conseguiremos entregar. Isso nos traz o risco de acumular trabalho dia após dia e ainda criar uma imagem de alguém que não performa tão bem por colecionar pedidos.

É preciso entender a diferença entre responsabilidade e culpa, porque sentir culpa é exatamente o que te faz aceitar tanto, onde, na realidade, você deveria entender tuas responsabilidades e priorizar entregar o que você foi contratado para fazer, sem sentir o peso de uma culpa que você criou para si.

## 3. Não saber como tomar decisões

Quantas decisões tomamos por dia? Difícil de calcular, mas um estudo feito pela Cornell University sugere que façamos em média 221 decisões por dia só sobre comida, e que, no geral, fazemos milhares de decisões diárias.

Qual a probabilidade de sermos assertivos ao tomarmos tantas decisões diárias? Para tomarmos melhores decisões usamos nossa capacidade cognitiva, que pode ser mais bem utilizada caso tenhamos uma estrutura de senso crítico sobre as informações que avaliamos no processo de decisão.

O problema ocorre quando não treinamos o nosso cérebro para utilizar uma estrutura de senso crítico, quando estamos com a secreção de cortisol desequilibrada, ou quando não temos experiência para atuar de forma natural ao que se espera da situação.

A pressão que criamos sobre nós mesmos aumenta, nos inundando ainda mais do hormônio do estresse, nos fazendo agir por impulso e decidir de forma aleatória.

## Ajustes e filtragem

Não tem como ter saúde mental sem que antes ajustemos nosso posicionamento diante das diversas circunstâncias que experimentamos todos os dias. Alinhar expectativas na empresa, sabendo o que se espera de você, filtrando o que realmente importa e dizendo não para as atividades que não tem peso para tuas entregas e decidindo de forma estruturada e critica, te trará um caminho melhor traçado para o bem-estar.

Comece o dia amanhã convidando teu líder para um café e o pergunte “Por que fui contratado(a) para essa função?”. A resposta pode revelar o início de uma jornada clara, alinhada e empoderante para você.

*Gostou do artigo do Wesley Barbosa? Saiba mais sobre gestão por resultado,saúde mental e temas correlacionados assinando gratuitamente [nossas newsletters](https://www.revistahsm.com.br/newsletter) e escutando [nossos podcasts](https://www.revistahsm.com.br/podcasts) em sua plataforma de streaming favorita.*

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Saiu da periferia de Maceió e se tornou executivo do Facebook no Vale do Silício e Sócio da XP Investimentos. É o fundador da Become, empresa de educação executiva e corporativa. É professor de Neurociências, com aulas ministradas na quarta maior universidade do mundo, UC Berkeley, e Singularity University, ambas na Califórnia. Também é professor convidado da Fundação Dom Cabral. Foi o executivo responsável por trazer o Baidu (o Google chinês) para a América Latina. Também liderou startups chinesas de games sociais, como o Colheita Feliz, e o idealizador da ONG chancelada pela ONU e acelerada por Stanford, Ajude o Pequeno. Siga o colunista no Instagram - [@wesleybarbosa] - e ouça o podcast de Wesley Barbosa, [No Brain No Gain](https://open.spotify.com/episode/3LzGWqyWnLSo07gwUkKa6R?si=QLRGTDmPSo-1bOS5FJrdmA&nd=1),

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