Em abril deste ano, a Microsoft alcançou, pela primeira vez, o valor de mercado de US$ 1 trilhão. A companhia se tornou assim a terceira empresa do mundo a atingir esse patamar, igualando-se a outras duas gigantes norte-americanas: a Amazon e a Apple.
Quanto desse feito pode ser creditado a Satya Nadella, o CEO que levou a Microsoft literalmente para a “nuvem” e fez com que a empresa tenha mais assinantes que a Netflix? Para o especialista Michael K. Spencer, a “virada” promovida por Nadella nos últimos cinco anos, desde que substituiu Steve Ballmer, é simplesmente “histórica”.
O autor destaca o perfil de Nadella, um engenheiro de 51 anos de idade, que nasceu e cresceu em Hyderabad, na Índia, e é conhecido por seu temperamento equilibrado e discreto. “Além de ter tomado muitas decisões corretas, ele tem se mostrado muito estável, influenciando como a Microsoft se comporta na ‘nuvem’, como empresa mais madura”, escreve Spencer na Medium, a plataforma de blogs.
A abordagem de Nadella no comando da Microsoft é definida como sólida, um pouco como um sábio avô, de fala suave e maneiras gentis.
E foi assim que ele pode ter salvado a empresa, nesse movimento “épico”. Quando o conselho de administração o indicou, a Microsoft parecia presa na armadilha do declínio do Windows.
Ao mesmo tempo, Nadella pratica a discrição. “Lembre-se de onde ele veio. Nadella começou vendendo PCs para compradores corporativos. Mais tarde, supervisionou a engenharia do Bing, o mecanismo de pesquisa da empresa, antes de assumir o Azure, a plataforma de aplicativos e serviços. E o resto é história”, escreve o autor.