Direto ao ponto

Um mercado de US$ 1,5 trilhão

As oportunidades da indústria global do bem-estar, segundo a consultoria McKinsey

Compartilhar:

Passados os traumas e dificuldades da pandemia de covid-19, mais pessoas estarão dispostas a investir em seu bem-estar. Produtos e serviços para atividades físicas, nutrição, sono e até meditação estão no radar de consumidores do mundo inteiro e configuram um mercado de US$ 1,5 trilhão – e que deverá crescer de 5% a 10% ao ano, segundo a McKinsey. Num levantamento com 7,5 mil consumidores em seis países, a consultoria identificou em todos eles uma tendência de aumento de gastos nessa área. Notou, também, que o conceito de bem-estar está se tornando mais amplo (veja no quadro).

![03. [Tabela] Um mercado de US$ 1,5 trilhão](//images.contentful.com/ucp6tw9r5u7d/4Rdg4Oll2wF3Km9fyVToIE/384625a0b6deeba9bc32c53c418c242b/03._-Tabela-_Um_mercado_de_US__1_5_trilh__o.png)

Nesse cenário de competição crescente, as empresas precisarão ser mais estratégicas para alcançar a atenção e o bolso das pessoas. As principais tendências apontadas pela McKinsey:

__Produtos naturais e/ou não poluentes –__ São tendência em áreas como cuidados com a pele, suplementos alimentares, produtos para o sono e serviços de nutrição por assinatura. Entre as marcas atentas a essas oportunidades estão a Zarbee’s Naturals, de medicações e suplementos naturais, e a Sephora, que vem ampliando seu leque de maquiagens não poluentes.

__Mais personalização –__ Mais consumidores afirmam estar dispostos a trocar privacidade por personalização. Por exemplo: aceitam informar dados fisiológicos por meio de aplicativos e questionários em troca de orientações personalizadas sobre sono ou atividade física.

__Digitalização –__ Segundo a McKinsey, a mudança para os canais digitais acontece à velocidade de “uma década em alguns dias”. Além do comércio eletrônico, as empresas precisarão desenvolver estratégias omnicanal para atender os consumidores onde eles estiverem.

__Influenciadores –__ Eles norteiam as decisões de compra de 55% dos consumidores brasileiros e de 45% dos chineses. A tendência se aplica tanto a influenciadores de grande alcance nas redes sociais (100 mil seguidores ou mais) como de pequeno alcance (menos de 100 mil seguidores). A influência das celebridades, porém, parece estar diminuindo, especialmente no Reino Unido.

__Mais serviços –__ Ainda que os produtos representem 70% dos gastos com bem-estar, cresce o espaço para serviços e experiências. A fabricante de bicicletas ergométricas e esteiras Peloton, por exemplo, oferece programas personalizados e monitoramento de performance para os assinantes de seu aplicativo, além de aulas virtuais de ginástica em mais de dez modalidades.

__Menos fronteiras –__ As empresas buscarão atuar em todos os canais e categorias do ecossistema do bem-estar. Um exemplo é a marca canadense de vestuário Lululemon, que comprou por US$ 500 milhões a startup americana Mirror, criadora de um espelho inteligente que transmite aulas de ginástica por streaming. “Não se trata apenas de convencer os clientes a comprar roupas”, afirmou Calvin McDonald, CEO da Lululemon, na ocasião. “Trata-se de fortalecer nossa comunidade e nosso relacionamento.”

Compartilhar:

Artigos relacionados

Homo confusus no trabalho: Liderança, negociação e comunicação em tempos de incerteza

Em um mundo sem mapas claros, o profissional do século 21 não precisa ter todas as respostas – mas sim coragem para sustentar as perguntas certas.
Neste artigo, exploramos o surgimento do homo confusus, o novo ser humano do trabalho, e como habilidades como liderança, negociação e comunicação intercultural se tornam condições de sobrevivência em tempos de ambiguidade, sobrecarga informacional e transformações profundas nas relações profissionais.

Inteligência Artificial, Gestão de pessoas, Tecnologia e inovação
28 de julho de 2025
A ascensão dos conselheiros de IA levanta uma pergunta incômoda: quem de fato está tomando as decisões?

Marcelo Murilo

8 minutos min de leitura
Liderança, Cultura organizacional, Liderança
25 de julho de 2025
Está na hora de entender como o papel de CEO deixou de ser sinônimo de comando isolado para se tornar o epicentro de uma liderança adaptativa, colaborativa e guiada por propósito. A era do “chefão” dá lugar ao maestro estratégico que rege talentos diversos em um cenário de mudanças constantes.

Bruno Padredi

2 minutos min de leitura
Desenvolvimento pessoal, Carreira, Carreira, Desenvolvimento pessoal
23 de julho de 2025
Liderar hoje exige muito mais do que seguir um currículo pré-formatado. O que faz sentido para um executivo pode não ressoar em nada para outro. A forma como aprendemos precisa acompanhar a velocidade das mudanças, os contextos individuais e a maturidade de cada trajetória profissional. Chegou a hora de parar de esperar por soluções genéricas - e começar a desenhar, com propósito, o que realmente nos prepara para liderar.

Rubens Pimentel

4 minutos min de leitura
Pessoas, Cultura organizacional, Gestão de pessoas, Liderança, times e cultura, Liderança, Gestão de Pessoas
23 de julho de 2025
Entre idades, estilos e velocidades, o que parece distância pode virar aprendizado. Quando escuta substitui julgamento e curiosidade toma o lugar da resistência, as gerações não competem - colaboram. É nessa troca sincera que nasce o que importa: respeito, inovação e crescimento mútuo.

Ricardo Pessoa

5 minutos min de leitura
Liderança, Marketing e vendas
22 de julho de 2025
Em um mercado saturado de soluções, o que diferencia é a história que você conta - e vive. Quando marcas e líderes investem em narrativas genuínas, construídas com propósito e coerência, não só geram valor: criam conexões reais. E nesse jogo, reputação vale mais que visibilidade.

Anna Luísa Beserra

5 minutos min de leitura
Tecnologia e inovação
15 de julho 2025
Em tempos de aceleração digital e inteligência artificial, este artigo propõe a literacia histórica como chave estratégica para líderes e organizações: compreender o passado torna-se essencial para interpretar o presente e construir futuros com profundidade, propósito e memória.

Anna Flávia Ribeiro

17 min de leitura
Inovação
15 de julho de 2025
Olhar para um MBA como perda de tempo é um ponto cego que tem gerado bastante eco ultimamente. Precisamos entender que, num mundo complexo, cada estudo constrói nossas perspectivas para os desafios cotidianos.

Frederike Mette e Paulo Robilloti

6 min de leitura
User Experience, UX
Na era da indústria 5.0, priorizar as necessidades das pessoas aos objetivos do negócio ganha ainda mais relevância

GEP Worldwide - Manoella Oliveira

9 min de leitura
Tecnologia e inovação, Empreendedorismo
Esse fio tem a ver com a combinação de ciências e humanidades, que aumenta nossa capacidade de compreender o mundo e de resolver os grandes desafios que ele nos impõe

CESAR - Eduardo Peixoto

6 min de leitura
Inovação
Cinco etapas, passo a passo, ajudam você a conseguir o capital para levar seu sonho adiante

Eline Casasola

4 min de leitura

Baixe agora mesmo a nossa nova edição!

Dossiê #169

TECNOLOGIAS MADE IN BRASIL

Não perdemos todos os bondes; saiba onde, como e por que temos grandes oportunidades de sucesso (se soubermos gerenciar)

Baixe agora mesmo a nossa nova edição!

Dossiê #169

TECNOLOGIAS MADE IN BRASIL

Não perdemos todos os bondes; saiba onde, como e por que temos grandes oportunidades de sucesso (se soubermos gerenciar)