Espaço lifelong learning

Um novo ponto de retorno

A discussão sobre o retorno ao espaço de trabalho passa por outra, levando-nos a refletir sobre os pactos e compromissos de trabalho que fazem sentido de agora em diante
Jornalista com ampla experiência nas áreas de negócios, inovação e tecnologia. Especializado em produção de conteúdo para veículos de mídia, branded content e gestão de projetos multiplataforma (online, impresso e eventos). Vencedor dos prêmios Citi Journalistic Excellence Award e Editora Globo de Jornalismo. Também é gerente de conteúdo da HSM Management.

Compartilhar:

A volta aos escritórios continua no centro das discussões sobre engajamento e cultura organizacional. Híbrido, presencial ou remoto? Não faltam argumentos para os defensores de cada formato. Mas, enquanto avaliamos o melhor modelo para nossas vidas e para as necessidades de cada empresa, precisamos resgatar uma questão estrutural: para qual lugar, exatamente, estamos pensando em retornar? Os ambientes e as relações de trabalho, assim como o futuro, não são mais como eram antigamente.

Mesmo com um esboço de normalidade tomando forma no mundo, o deslocamento no tempo e no espaço permanece como um dos legados da pandemia. O sentimento de incerteza se consolidou como parte essencial de nosso espírito do tempo. Mas ainda não aceitamos o fato de que é impossível voltar para um lugar ou realidade que não existe mais. Precisamos descobrir um novo ponto de retorno. Um processo que começa pela capacidade de escuta de nossas lideranças.

Nossa desigualdade social histórica e estrutural, assim como as perspectivas pouco animadoras no cenário econômico, nos pressionam a repactuar com modelos e compromissos profissionais que gostaríamos de deixar para trás, da busca pela performance a qualquer custo ao deslocamento irracional de horas para reuniões presenciais. Estamos longe de uma versão Herbert Richers da Great Resignation. Mas não podemos ignorar o sentimento latente de mudança que ganha força a cada dia nas empresas do País. O momento pede para explorar oportunidades, não fragilidades.

É impossível traçar um plano de voo para um destino desconhecido. Por isso, precisaremos seguir alguns sinais para retomar nossa cultura de trabalho a partir de um lugar em que nunca estivemos. Muitos já estão por aí há algum tempo. Flexibilidade, inclusão, saúde mental, senso de protagonismo e equidade salarial são mais do que buzzwords em relatórios de tendências e redes sociais. São demandas de uma sociedade que pede por um novo começo – e não por um recomeço.

__Leia mais: [É preciso não saber](https://www.revistahsm.com.br/post/e-preciso-nao-saber)__

Compartilhar:

Artigos relacionados

Imaginar como ato de reinvenção  

A pergunta “O que você vai ser quando crescer?” parece ingênua, mas carrega uma armadilha: a ilusão de que há um único futuro esperando por nós. Essa mesma armadilha ronda o setor automotivo. Afinal, que futuros essa indústria, uma das mais maduras do mundo, está disposta a imaginar para si?

Bem-estar & saúde
7 de novembro de 2025
Investir em bem-estar é estratégico - e mensurável. Com dados, indicadores e integração aos OKRs, empresas transformam cuidado com corpo e mente em performance, retenção e vantagem competitiva.

Luciana Carvalho - CHRO da Blip, e Ricardo Guerra - líder do Wellhub no Brasil

4 minutos min de leitura
Cultura organizacional, Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho
6 de novembro de 2025
Incluir é mais do que contratar - é construir trajetórias. Sem estratégia, dados e cultura de cuidado, a inclusão de pessoas com deficiência segue sendo apenas discurso.

Carolina Ignarra - CEO da Talento Incluir

5 minutos min de leitura
Liderança
5 de novembro de 2025
Em um mundo sem mapas claros, o profissional do século 21 não precisa ter todas as respostas - mas sim coragem para sustentar as perguntas certas. Neste artigo, exploramos o surgimento do homo confusus, o novo ser humano do trabalho, e como habilidades como liderança, negociação e comunicação intercultural se tornam condições de sobrevivência em tempos de ambiguidade, sobrecarga informacional e transformações profundas nas relações profissionais.

Angelina Bejgrowicz - Fundadora e CEO da AB – Global Connections

12 minutos min de leitura
Bem-estar & saúde
4 de novembro de 2025
Na era da hiperconexão, encerrar o expediente virou um ato estratégico - porque produtividade sustentável exige pausas, limites e líderes que valorizam o tempo como ativo de saúde mental.

Tatiana Pimenta - Fundadora e CEO da Vittude

3 minutos min de leitura
Liderança
3 de novembro de 2025
Em um mundo cada vez mais automatizado, liderar com empatia, propósito e presença é o diferencial que transforma equipes, fortalece culturas e impulsiona resultados sustentáveis.

Carlos Alberto Matrone - Consultor de Projetos e Autor

7 minutos min de leitura
Tecnologia & inteligencia artificial
1º de novembro de 2025
Aqueles que ignoram os “Agentes de IA” podem descobrir em breve que não foram passivos demais, só despreparados demais.

Atila Persici Filho - COO da Bolder

8 minutos min de leitura
Tecnologia & inteligencia artificial
31 de outubro de 2025
Entenda como ataques silenciosos, como o ‘data poisoning’, podem comprometer sistemas de IA com apenas alguns dados contaminados - e por que a governança tecnológica precisa estar no centro das decisões de negócios.

Rodrigo Pereira - CEO da A3Data

6 minutos min de leitura
Inovação & estratégia, Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho
30 de ouutubro de 2025
Abandonando o papel de “caçador de bugs” e se tornando um “arquiteto de testes”: o teste como uma função estratégica que molda o futuro do software

Eric Araújo - QA Engineer do CESAR

7 minutos min de leitura
Liderança
29 de outubro de 2025
O futuro da liderança não está no controle, mas na coragem de se autoconhecer - porque liderar os outros começa por liderar a si mesmo.

José Ricardo Claro Miranda - Diretor de Operações da Paschoalotto

2 minutos min de leitura
Inovação & estratégia
28 de outubro 2025
A verdadeira virada digital não começa com tecnologia, mas com a coragem de abandonar velhos modelos mentais e repensar o papel das empresas como orquestradoras de ecossistemas.

Lilian Cruz - Fundadora da Zero Gravity Thinking

4 minutos min de leitura

Baixe agora mesmo a nossa nova edição!

Dossiê #170

O que ficou e o que está mudando na gangorra da gestão

Esta edição especial, que foi inspirada no HSM+2025, ajuda você a entender o sobe-e-desce de conhecimentos e habilidades gerenciais no século 21 para alcançar a sabedoria da liderança

Baixe agora mesmo a nossa nova edição!

Dossiê #170

O que ficou e o que está mudando na gangorra da gestão

Esta edição especial, que foi inspirada no HSM+2025, ajuda você a entender o sobe-e-desce de conhecimentos e habilidades gerenciais no século 21 para alcançar a sabedoria da liderança