Diversidade, ESG

Um olhar sobre o futuro da juventude brasileira é um olhar sobre propósito

Afinal, em qual lugar você está na fila do Fim do Mundo?

Compartilhar:

Entre 2021 e 2023 o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU lançou uma série de reports alertando sobre os impactos das mudanças climáticas. No Brasil, as projeções são claras: precipitação extrema e enchentes pluviais nas regiões Norte, Sudeste e Sul e aumento de dias secos e secas, afetando a agricultura e elevando o risco de incêndios, nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

Paralelamente, o ChatGPT alcançou a marca de 100 milhões de usuários ativos mensais em janeiro de 2023, apenas dois meses após seu lançamento, destacando-se como o aplicativo de crescimento mais rápido da história até então.

Esses dois fatos são exemplos claros de catalisadores do futuro que estamos construindo. A mudança nas expectativas sobre o futuro e a inevitável e já corrente reinvenção da relação com o trabalho nos colocam em um momento-chave para repensar a forma como desenhamos organizações, lideramos pessoas e impactamos a sociedade e o planeta. E é aí que entra o propósito.

A Questtonó, estúdio de inovação orientada por design que se dedica a entender o comportamento humano e transformar insights em inovações, realizou no segundo trimestre de 2024 um [estudo](https://pages.qnco.design/download-relatorio-quem-e-voce-na-fila-do-fim-do-mundo?utm_campaign=Report%20do%20Fim%20do%20Mundo&utm_source=hsm-dossie&utm_content=link-do-relatorio) com mais de 4 mil jovens brasileiros, em parceria com a PiniOn, usando metodologias qualitativas e quantitativas.

O estudo “[Quem é Você na Fila do Fim do Mundo?](https://pages.qnco.design/download-relatorio-quem-e-voce-na-fila-do-fim-do-mundo?utm_campaign=Report%20do%20Fim%20do%20Mundo&utm_source=hsm-dossie&utm_content=link-do-relatorio)” analisa as expectativas dos jovens em relação ao futuro em meio à crise climática e avanços em inteligência artificial. Expectativas a que podem corresponder propósitos, certo?

Os resultados revelam uma complexa dualidade nas percepções dos jovens: por um lado, um sentimento de preocupação com o futuro do planeta, exacerbado por notícias frequentes sobre crises climáticas e sociais. Por outro lado, um otimismo alimentado pela crença na superação coletiva e no potencial das inovações tecnológicas para um futuro sustentável.

# Principais descobertas

• 68% dos jovens expressam preocupação com o futuro do planeta. A maior parte acredita que os problemas atuais se agravarão, com 62,8% prevendo um futuro pior ou mesmo catastrófico se as tendências atuais persistirem.

• Apesar das visões pessimistas, 83,6% dos jovens relataram mudanças em seus hábitos de consumo visando um futuro mais sustentável. Uma expressiva maioria vê na ação coletiva uma alavanca para transformações positivas.

• Enquanto 49% dos jovens veem a inteligência artificial como um motor para aumentar a eficiência e produtividade, a mesma proporção expressa preocupações sobre o impacto negativo das tecnologias, como riscos ao emprego e privacidade.

Esses jovens são os futuros colabradores e líderes da empresas.

O que será a gestão das empresas com eles? E como eles movimentarão o mercado quando forem a maioria dos consumidores? Talvez o propósito entre aí como resposta,. mas este estudo não tem a pretensão de dar nenhuma resposta. Ele pode, isto sim, ser acionado como uma ferramenta estratégica para empresas
se transformarem em um mundo em constante transformação.

Compartilhar:

Artigos relacionados

Organização

A difícil arte de premiar sem capitular

Desde Alfred Nobel, o ato de reconhecer os feitos dos seres humanos não é uma tarefa trivial, mas quando bem-feita costuma resultar em ganho reputacional para que premia e para quem é premiado

ESG
No mundo corporativo, onde a transparência é imperativa, a Washingmania expõe a desconexão entre discurso e prática. Ser autêntico não é mais uma opção, mas uma necessidade estratégica para líderes que desejam prosperar e construir confiança real.

Marcelo Murilo

8 min de leitura
Empreendedorismo
Em um mundo onde as empresas têm mais ferramentas do que nunca para inovar, por que parecem tão frágeis diante da mudança? A resposta pode estar na desconexão entre estratégia, gestão, cultura e inovação — um erro que custa bilhões e mina a capacidade crítica das organizações

Átila Persici

0 min de leitura
Tecnologias exponenciais
A ascensão da DeepSeek desafia a supremacia dos modelos ocidentais de inteligência artificial, mas seu avanço não representa um triunfo da democratização tecnológica. Embora promova acessibilidade, a IA chinesa segue alinhada aos interesses estratégicos do governo de Pequim, ampliando o debate sobre viés e controle da informação. No cenário global, a disputa entre gigantes como OpenAI, Google e agora a DeepSeek não se trata de ética ou inclusão, mas sim de hegemonia tecnológica. Sem uma governança global eficaz, a IA continuará sendo um instrumento de poder nas mãos de poucos.

Carine Roos

5 min de leitura
Tecnologias exponenciais
A revolução da Inteligência Artificial está remodelando o mercado de trabalho, impulsionando a necessidade de upskilling e reskilling como estratégias essenciais para a competitividade profissional. Empresas como a SAP já investem pesadamente na requalificação de talentos, enquanto pesquisas indicam que a maioria dos trabalhadores enxerga a IA como uma aliada, não uma ameaça.

Daniel Campos Neto

6 min de leitura
Marketing
Empresas que compreendem essa transformação colhem benefícios significativos, pois os consumidores valorizam tanto a experiência quanto os produtos e serviços oferecidos. A Inteligência Artificial (IA) e a automação desempenham um papel fundamental nesse processo, permitindo a resolução ágil de demandas repetitivas por meio de chatbots e assistentes virtuais, enquanto profissionais se concentram em interações mais complexas e empáticas.

Gustavo Nascimento

4 min de leitura
Empreendedorismo
Pela primeira vez, o LinkedIn ultrapassa o Google e já é o segundo principal canal das empresas brasileiras. E o seu negócio, está pronto para essa nova era da comunicação?

Bruna Lopes de Barros

5 min de leitura
ESG
O etarismo continua sendo um desafio silencioso no ambiente corporativo, afetando tanto profissionais experientes quanto jovens talentos. Mais do que uma questão de idade, essa barreira limita a inovação e prejudica a cultura organizacional. Pesquisas indicam que equipes intergeracionais são mais criativas e produtivas, tornando essencial que empresas invistam na diversidade etária como um ativo estratégico.

Cleide Cavalcante

4 min de leitura
Empreendedorismo
A automação e a inteligência artificial aumentam a eficiência e reduzem a sobrecarga, permitindo que advogados se concentrem em estratégias e no atendimento personalizado. No entanto, competências humanas como julgamento crítico, empatia e ética seguem insubstituíveis.

Cesar Orlando

5 min de leitura
ESG
Em um mundo onde múltiplas gerações coexistem no mercado, a chave para a inovação está na troca entre experiência e renovação. O desafio não é apenas entender as diferenças, mas transformá-las em oportunidades. Ao acolher novas perspectivas e desaprender o que for necessário, criamos ambientes mais criativos, resilientes e preparados para o futuro. Afinal, o sucesso não pertence a uma única geração, mas à soma de todas elas.

Alain S. Levi

6 min de leitura
Carreira
O medo pode paralisar e limitar, mas também pode ser um convite para a ação. No mundo do trabalho, ele se manifesta na insegurança profissional, no receio do fracasso e na resistência à mudança. A liderança tem papel fundamental nesse cenário, influenciando diretamente a motivação e o bem-estar dos profissionais. Encarar os desafios com autoconhecimento, preparação e movimento é a chave para transformar o medo em crescimento. Afinal, viver de verdade é aceitar riscos, aprender com os erros e seguir em frente, com confiança e propósito.

Viviane Ribeiro Gago

4 min de leitura