Não há mais dúvidas sobre o novo foco em saúde mental, escreve Tania Singer, líder do laboratório de neurociência social da Max Plack Society, no portal do *IMD*. Porém sobram dúvidas sobre o que isso representa para a liderança. Em geral, a discussão vai até a palavra “empatia” e para Singer acha que não é o melhor caminho.
Uma meta-análise da Gallup descobriu que há quatro coisas que os funcionários precisam dos líderes hoje: confiança, compaixão, estabilidade e esperança. Essas características exigem uma abordagem nova de liderança, diz ela: “O líder ideal seria um cuidador empoderador que usa sua energia e poder para ter coragem de fazer os negócios avançarem e cuidar do local de trabalho ao mesmo tempo”.
Por que não empatia? Para Singer, ela não raro faz a pessoa empática sofrer. “O estado compassivo, por outro lado, é resiliente. A compaixão se baseia em cuidados e sentimentos de carinho e preocupação, e em uma forte inclinação para agir em benefício de outros. É impossível esgotar-se com muito cuidado e motivação altruísta.” Além do mais, é algo fácil de aprender.
“Alguns líderes temem que demonstrar compaixão os faça parecer fracos”, diz Singer. E têm lá sua razão. Mas é urgente ressignificar tudo isso.
Artigo publicado na HSM Management nº 154
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