Uncategorized

Yasmim Chang Lee, uma jovem líder de valor

Compartilhar:

Desde pequenina, quando cursava a Escola Bosque, na zona sul de São Paulo,Yasmim Chang Lee dava indícios da sua personalidade e capacidade. Aos 5 anos, a menina de ascendência chinesa mostrava interesse por assuntos avançados para sua idade e se adaptou melhor a uma turma adiante da sua. Ela acabou por pular uma série, com a concordância do MEC [Ministério da Educação]. De certa maneira, isso a preparou para o que aconteceria mais tarde – por fatores diversos, teria de mudar cinco vezes de escola. Porém, essa intensa movimentação só contribuiu para fazê-la desenvolver uma de suas principais competências: a adaptabilidade. 

Aos 16 anos, sua sensação era de que precisava trabalhar o mais cedo possível, mas sem deixar de estudar. Ela achava que a teoria aprendida na escola só ficaria completa com a parte prática e que, trabalhando, entenderia as áreas profissionais com que se afinava. Estava no primeiro ano de graduação na Fiap, faculdade que cursava de noite com bolsa de mérito por ser uma das três melhores alunas da turma de engenharia da computação. E, de dia, com boa dose de autodidatismo, trabalhava com desenvolvimento de software na SPI, “empresa que viabiliza produtos inovadores”, como ela a definiu. 

Meses depois, Yasmim estagiou por um curto período na Prodam, empresa de tecnologia da informação do município de São Paulo, cuidando de front-end. Só que logo buscava um novo desafio: aos 17 anos, inscreveu-se num processo seletivo aberto pela multinacional SAS Institute, dos EUA. Entrou como suporte técnico, mas foi notada por outras diretorias, e convidada para pré-vendas, onde atuou por quatro anos. 

Perto de se formar, e sempre desenhando a própria carreira, Yasmim quis viver a realidade do lado do cliente, e também viver um novo mundo – o financeiro. Foi aprovada no programa de trainee do Citibank para a área de tecnologia. Ali enfrentou desafios para inovar com sua visão aos 20 anos – e aprendeu muito. A parada seguinte foi a área de vendas da gigante SAP. “Como ela se energiza para uma carreira tão frenética?”, o leitor deve se perguntar. Esse segredo é chinês: a prática ancestral do chi-kun, que vem do kung fu.

E o que uma organização deve fazer para atrair e engajar uma high potential intraempreendedora como ela? “Ter gestores preparados para receber jovens dispostos a transformar o status quo são um ponto importante”, diz. Um bom programa de desenvolvimento interno para apoiar os jovens em seu crescimento também é fundamental. “Os jovens querem poder implementar suas ideias.” Suas muitas ideias. 

Conheci Yasmim por ocasião do Prêmio “Valuable Young Leaders”, do qual ela foi uma das vencedoras, e entendi que seu diferencial, em vendas ou em qualquer outro lugar, não está só na velocidade de ação: Yasmim faz as coisas, e busca as transformações, realmente querendo gerar valor para todas as partes envolvidas. Ela é um espécime do capitalismo consciente. 

**SAIBA MAIS SOBRE YASMIM CHANG LEE**

Executiva de conta na SAP aos 23 anos, foi estagiária da Prodam, e atuou como pré-vendas no SAS Institute e trainee do Citibank. Na SAP, entrou pelo programa Sales Academy e vem tendo uma trajetória intraempreendedora. Em 2017, ficou entre os top 5 no Prêmio “Valuable Young Leaders”, organizado pela Harvard Business Review Brasil e pela consultoria Eureca.

Compartilhar:

Artigos relacionados

Organização

A difícil arte de premiar sem capitular

Desde Alfred Nobel, o ato de reconhecer os feitos dos seres humanos não é uma tarefa trivial, mas quando bem-feita costuma resultar em ganho reputacional para que premia e para quem é premiado

Empreendedorismo
Alinhando estratégia, cultura organizacional e gestão da demanda, a indústria farmacêutica pode superar desafios macroeconômicos e garantir crescimento sustentável.

Ricardo Borgatti

5 min de leitura
Empreendedorismo
A Geração Z não está apenas entrando no mercado de trabalho — está reescrevendo suas regras. Entre o choque de valores com lideranças tradicionais, a crise da saúde mental e a busca por propósito, as empresas enfrentam um desafio inédito: adaptar-se ou tornar-se irrelevantes.

Átila Persici

8 min de leitura
Tecnologias exponenciais
A matemática, a gramática e a lógica sempre foram fundamentais para o desenvolvimento humano. Agora, diante da ascensão da IA, elas se tornam ainda mais cruciais—não apenas para criar a tecnologia, mas para compreendê-la, usá-la e garantir que ela impulsione a sociedade de forma equitativa.

Rodrigo Magnago

4 min de leitura
ESG
Compreenda como a parceria entre Livelo e Specialisterne está transformando o ambiente corporativo pela inovação e inclusão

Marcelo Vitoriano

4 min de leitura
Tecnologias exponenciais
O anúncio do Majorana 1, chip da Microsoft que promete resolver um dos maiores desafios do setor – a estabilidade dos qubits –, pode marcar o início de uma nova era. Se bem-sucedido, esse avanço pode destravar aplicações transformadoras em segurança digital, descoberta de medicamentos e otimização industrial. Mas será que estamos realmente próximos da disrupção ou a computação quântica seguirá sendo uma promessa distante?

Leandro Mattos

6 min de leitura
Tecnologias exponenciais
Entenda como a ReRe, ao investigar dados sobre resíduos sólidos e circularidade, enfrenta obstáculos diários no uso sustentável de IA, por isso está apostando em abordagens contraintuitivas e na validação rigorosa de hipóteses. A Inteligência Artificial promete transformar setores inteiros, mas sua aplicação em países em desenvolvimento enfrenta desafios estruturais profundos.

Rodrigo Magnago

4 min de leitura
Liderança
As tendências de liderança para 2025 exigem adaptação, inovação e um olhar humano. Em um cenário de transformação acelerada, líderes precisam equilibrar tecnologia e pessoas, promovendo colaboração, inclusão e resiliência para construir o futuro.

Maria Augusta Orofino

4 min de leitura
Finanças
Programas como Finep, Embrapii e a Plataforma Inovação para a Indústria demonstram como a captação de recursos não apenas viabiliza projetos, mas também estimula a colaboração interinstitucional, reduz riscos e fortalece o ecossistema de inovação. Esse modelo de cocriação, aliado ao suporte financeiro, acelera a transformação de ideias em soluções aplicáveis, promovendo um mercado mais dinâmico e competitivo.

Eline Casasola

4 min de leitura
Empreendedorismo
No mundo corporativo, insistir em abordagens tradicionais pode ser como buscar manualmente uma agulha no palheiro — ineficiente e lento. Mas e se, em vez de procurar, queimássemos o palheiro? Empresas como Slack e IBM mostraram que inovação exige romper com estruturas ultrapassadas e abraçar mudanças radicais.

Lilian Cruz

5 min de leitura
ESG
Conheça as 8 habilidades necessárias para que o profissional sênior esteja em consonância com o conceito de trabalhabilidade

Cris Sabbag

6 min de leitura