Dossiê HSM

Zanna: descobrindo personas sonoras

Como criar sons que combinem com as identidades das marcas

Compartilhar:

Plim-Plim. Talvez seja só uma onomatopeia em outros lugares do mundo. Mas não no Brasil. Aqui, trata-se de uma chave mental capaz de nos conectar a um desfile de cenas e imagens presentes na memória do País. Uma infinidade de sensações e laços afetivos ativados por um simples sinal sonoro. Colocar essa misteriosa ignição a serviço das marcas é o trabalho da Zanna, a primeira agência de sound branding da América Latina.

Indicada ao Grammy Latino em 2017, a cantora e compositora Zanna está à frente do negócio. Ela gosta de se apresentar assim, sem sobrenome. Sua ligação com a música começa ainda na infância, com o aprendizado de flauta, violão e canto lírico. Aos 19 anos, já estava em turnê pelo exterior. Na Itália, por exemplo, Zanna começou a organizar ações que aproximavam a música das marcas. “Sempre achei que a música pode transitar em outros territórios”, diz.

O insight para o conceito de sound branding surgiu quando ela estava em Nova York. “As pessoas acham que o mercado lá fora é sempre inovador. Mas a música da publicidade me incomodava. Era muito sem sal”, lembra. A provocação levou Zanna a estudar branding nos Estados Unidos. Em 2007, de volta ao Brasil, uniu esse conhecimento à formação em canto lírico para montar a agência.

## Sanfoneiro da Rússia
O processo criativo do sound branding tem etapas semelhantes à do branding tradicional. Tudo parte do briefing e do entendimento do DNA da empresa. Em seguida, as informações são sintetizadas em uma persona – com nome, idade e preferências. Zanna traduz essas características num pacote sonoro que pode incluir vinhetas, locuções, temas, trilhas etc.

Para produzi-las, a agência contrata músicos, produtores e arranjadores do mundo todo. “Já fomos buscar um sanfoneiro da Rússia”, conta Zanna. Esse garimpo sonoro é fundamental para que o projeto não apenas esteja customizado, mas consiga estabelecer laços emocionais genuínos com o público. Zanna chama isso de Marketing do Afeto, conceito que encontra na música um de seus melhores vetores.
A busca por achar o registro sonoro mais fiel à proposta da marca já trouxe boas surpresas para Zanna. Um exemplo é o trabalho criado para o Metrô do Rio de Janeiro, em 2011. A persona definida era uma mulher urbana, carioca, com voz simpática e descolada – exatamente o perfil da cantora. Escolhida pelo próprio cliente, ela é a locutora oficial do metrô carioca há uma década. A agência soma cases de sucesso para clientes como Banco do Brasil, Vivo, Ponto Frio e Aeroporto de Guarulhos, entre outros.

Esse processo criativo não serve apenas ao sound branding – a Zanna atua em outras duas frentes de branding que o utilizam. Uma é o music branding, voltado para a criação da playlist da marca e do ambiente sonoro em PDVs. Outra é o artistic branding, uma plataforma de curadoria que identifica artistas alinhados às ações e objetivos das marcas.

Compartilhar:

Artigos relacionados

Quando o corpo pede pausa e o negócio pede pressa

Entre liderança e gestação, uma lição essencial: não existe performance sustentável sem energia. Pausar não é fraqueza, é gestão – e admitir limites pode ser o gesto mais poderoso para cuidar de pessoas e negócios.

Inovação & estratégia, Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho
15 de dezembro de 2025
Este artigo traz insights de um estudo global da Sodexo Brasil e fala sobre o poder de engajamento que traz a hospitalidade corporativa e como a falta dela pode impactar financeiramente empresas no mundo todo.

Hamilton Quirino - Vice-presidente de Operações da Sodexo

2 minutos min de leitura
Cultura organizacional, Inovação & estratégia
12 de dezembro de 2025
Inclusão não é pauta social, é estratégia: entender a neurodiversidade como valor competitivo transforma culturas, impulsiona inovação e constrói empresas mais humanas e sustentáveis.

Marcelo Vitoriano - CEO da Specialisterne Brasil

4 minutos min de leitura
Inovação & estratégia, Marketing & growth
11 de dezembro de 2025
Do status à essência: o luxo silencioso redefine valor, trocando ostentação por experiências que unem sofisticação, calma e significado - uma nova inteligência para marcas em tempos pós-excesso.

Daniel Skowronsky - Cofundador e CEO da NIRIN Branding Company

3 minutos min de leitura
Estratégia
10 de dezembro de 2025
Da Coreia à Inglaterra, da China ao Brasil. Como políticas públicas de design moldam competitividade, inovação e identidade econômica.

Rodrigo Magnago - CEO da RMagnago

17 minutos min de leitura
Bem-estar & saúde
9 de dezembro de 2025
Entre liderança e gestação, uma lição essencial: não existe performance sustentável sem energia. Pausar não é fraqueza, é gestão - e admitir limites pode ser o gesto mais poderoso para cuidar de pessoas e negócios.

Tatiana Pimenta - Fundadora e CEO da Vittude,

3 minutos min de leitura
Bem-estar & saúde
8 de dezembro de 2025
Com custos de saúde corporativa em alta, a telemedicina surge como solução estratégica: reduz sinistralidade, amplia acesso e fortalece o bem-estar, transformando a gestão de benefícios em vantagem competitiva.

Loraine Burgard - Cofundadora da h.ai

3 minutos min de leitura
Bem-estar & saúde, Liderança
5 de dezembro de 2025
Em um mundo exausto, emoção deixa de ser fragilidade e se torna vantagem competitiva: até 2027, lideranças que integram sensibilidade, análise e coragem serão as que sustentam confiança, inovação e resultados.

Lisia Prado - Consultora e sócia da House of Feelings

5 minutos min de leitura
Finanças
4 de dezembro de 2025

Antonio de Pádua Parente Filho - Diretor Jurídico, Compliance, Risco e Operações no Braza Bank S.A.

3 minutos min de leitura
Inovação & estratégia, Marketing & growth
3 de dezembro de 2025
A creators economy deixou de ser tendência para se tornar estratégia: autenticidade, constância e inovação são os pilares que conectam marcas, líderes e comunidades em um mercado digital cada vez mais colaborativo.

Gabriel Andrade - Aluno da Anhembi Morumbi e integrante do LAB Jornalismo e Fernanda Iarossi - Professora da Universidade Anhembi Morumbi e Mestre em Comunicação Midiática pela Unesp

3 minutos min de leitura
Tecnologia & inteligencia artificial
2 de dezembro de 2025
Modelos generativos são eficazes apenas quando aplicados a demandas claramente estruturadas.

Diego Nogare - Executive Consultant in AI & ML

4 minutos min de leitura

Baixe agora mesmo a nossa nova edição!

Dossiê #170

O que ficou e o que está mudando na gangorra da gestão

Esta edição especial, que foi inspirada no HSM+2025, ajuda você a entender o sobe-e-desce de conhecimentos e habilidades gerenciais no século 21 para alcançar a sabedoria da liderança

Baixe agora mesmo a nossa nova edição!

Dossiê #170

O que ficou e o que está mudando na gangorra da gestão

Esta edição especial, que foi inspirada no HSM+2025, ajuda você a entender o sobe-e-desce de conhecimentos e habilidades gerenciais no século 21 para alcançar a sabedoria da liderança