Não é de hoje que as mulheres enfrentam dificuldades no setor de tecnologia. Não à toa esta foi uma das pautas levantadas e levadas pelo W20 para o G20 com o propósito de melhorar e trazer mudanças nesse cenário, a fim de criar oportunidades para as meninas e mulheres que desejam seguir essa carreira. Aquelas que decidem adentrar neste universo precisam encarar vários obstáculos pelo caminho, a começar com a falta de representatividade no setor, que ainda é dominado por homens, especialmente em posições de liderança.
Elas também enfrentam dificuldades para obter financiamento de investidores. É extremamente comum equipes lideradas por mulheres receberem uma parcela menor dos investimentos de capital de risco. O preconceito de gênero infelizmente é bem presente neste mercado, por isso as mulheres atuantes no setor são constantemente questionadas sobre suas habilidades técnicas e liderança, o que cria uma barreira desnecessária para elas serem levadas a sério por colegas, clientes e investidores.
Elas ainda precisam lidar com uma rede de contato menor, sub-representação nos cursos de tecnologia e ciência exatas (áreas de STEM) ambiente de trabalho hostil e dificuldades na hora de escalar seu próprio negócio. Mas mesmo com um caminho cheio de percalços, hoje é possível olhar com orgulho as muitas mulheres que têm se destacado no setor, como minha amiga e colega de W2O, Camila Achutti, fundadora da Mastertech, startup de educação com foco em tecnologia. Nina da Hora, do Instituto Da Hora e cientista da computação.
Fernanda Ribeiro e Iana Chan são outros grandes nomes do setor. Fernanda é CEO da Conta Black, uma comunidade financeira que tem como principal objetivo acabar com a exclusão financeira, e Iana é fundadora do PrograMaria, uma entidade que luta para trazer mais igualdade no setor de tecnologia.
Também não posso deixar de citar o trabalho incrível que fazemos aqui na Rede Mulher Empreendedora com o RME Acelera, que impulsionastartups comandadas por mulheres. Todos esses nomes atuantes no setor refletem a nossa luta em fazer desse cenário um espaço de inclusão para as mulheres, afinal, elas podem fazer o que quiserem, inclusive serem donas de uma empresa de tecnologia. Mas ainda precisamos de homens que se juntem à causa, pois o compromisso coletivo faz a diferença. Se junte a nós para transformar a vida dessas empreendedoras.