Jornada digital é indissociável da estratégia de empresas em busca de resultados com inovação e tecnologia. O que ainda segue como desafio é o alinhamento da pauta da operação ao processo digital, com um objetivo final claro: o aumento da entrega de valor da empresa para seus clientes e colaboradores, ampliando a competitividade de maneira significativa.
Alguns cuidados podem tornar esse percurso mais eficaz. Não podemos, por exemplo, dissociar a transformação da operação do dia a dia do negócio. Ao mesmo tempo, é preciso ter consciência de que a transformação digital envolve pessoas e cultura organizacional. Mudanças tecnológicas precisam levar em conta esses pontos como prioridade.
Na Meta, consultoria em transformação digital, identificamos muito cedo que a transformação não diz respeito apenas a códigos e softwares. Essa é apenas uma etapa. Avançar nesse percurso envolve um processo contínuo, conectado com as pessoas, seus desejos e aspirações. Mesmo assim, muitos CEOs ainda percebem o digital como automatização de processos. Precisamos ampliar essa visão. Mas, se o caminho parece ser complexo, como alcançar a velocidade e a eficiência exigidas por nossos clientes?
Em busca de identificar como as empresas estão tratando questões como essa, firmamos parceria com a Fundação Dom Cabral para a realização de um trabalho inédito, o Estudo Nacional sobre Evolução da Inovação de Negócios e Digital, apresentadas na 1ª edição do DX Leaders, em São Paulo, evento que reuniu mais de 200 executivos que lideram a transformação digital em médias e grandes empresas com atuação no Brasil. O estudo trouxe os três degraus fundamentais que servem como indicativo para empresas em qualquer etapa da jornada de transformação digital:
1. A agenda da transformação digital precisa ser um agente de integração das pessoas e de toda a empresa. O objetivo da transformação tem que ser claro para todos, é importante sabermos onde nos encontramos na jornada, quais são as dificuldades atuais e os resultados esperados.
2. É fundamental a estruturação de um portfólio de projetos que trate de oportunidades e problemas relevantes da empresa. Além disso, devem ser estabelecidas prioridades e, para cada um dos projetos, apontar indicadores de resultado, objetivos de geração de valor e as hipóteses a serem testadas através de MVPs.
3. Senioridade, diversidade, flexibilidade, conhecimento da operação e capacidade de aprender e reaprender do time são atributos fundamentais, bem como o ambiente favorável a novas ideias.
Ampliar o impacto gerado pela organização para seus clientes, colaboradores e comunidades só será possível com pessoas comprometidas e engajadas. Para isso, é preciso ter clareza de propósito.
O modelo da organização que normalmente baseia-se em departamentos, que são quase miniempresas dentro da empresa, já passa por uma evolução baseada em cadeias de valor e squads multidisciplinares. Com isso os silos organizacionais são rompidos e começamos a ter as pessoas embarcando numa única jornada digital, com a velocidade e a eficiência que esse novo mundo exige.