Empreendedorismo

A nuvem como vetor de escalabilidade e otimização de negócios

Mais do que tendência, o uso de soluções na nuvem já é uma realidade nas empresas, contribuindo para os objetivos de negócios e promovendo uma experiência cada vez melhor ao cliente

Fred Santoro

É head de startups da Amazon Web Services (AWS) no Brasil e membro da Confraria...

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A pandemia trouxe uma série de desafios para negócios, e a necessidade de se adaptar com rapidez a um mundo cada vez mais digital e conectado foi um deles. Empreendedores em todo o mundo buscaram soluções para tornar essa tarefa mais simples, e o que temos visto é o papel da nuvem como um importante facilitador de negócios.

Startups e empresas de todos os tamanhos estão implementando novas aplicações na nuvem e procurando migrar seus workloads existentes o mais rápido possível. Dentre os benefícios que a computação em nuvem oferece às empresas, um dos mais relevantes é permitir que foquem no desenvolvimento de seus negócios e no atendimento a seus próprios consumidores.

Dessa forma, [a tecnologia é usada como um verdadeiro facilitador](https://www.revistahsm.com.br/post/o-que-aprendi-em-100-dias-trabalhando-na-nuvem), e não uma barreira de dificuldades técnicas para as empresas. Entre os benefícios do uso da nuvem, podemos destacar:

– A __agilidade__ que permite com que empresas implementem rapidamente os recursos de acordo com a necessidade daquele momento.

– __Economia de custos__, pois os clientes pagam apenas pelo que usam, sem a necessidade de contratações excedentes que encarecem a infraestrutura de tecnologia.

– __Elasticidade__, para que empresas possam provisionar a quantidade de recursos de que precisam, com a possibilidade de escalar para cima ou para baixo instantaneamente de acordo com a demanda.

– __Acelerar a inovação__ ao concentrarem seus valiosos recursos de TI no desenvolvimento de aplicativos que [diferenciam seus negócios e melhoram as experiências de seus clientes](https://www.revistahsm.com.br/post/por-que-so-falar-em-inovacao-nao-nos-torna-inovadores), em vez de gerenciar infraestrutura e data centers.

## Todos podem experimentar
Desde o começo da pandemia, testemunhamos, ainda mais claramente, como clientes de todos os portes, setores e localidades têm utilizado o poder da nuvem para mudar rapidamente, criando soluções inovadoras, ágeis e escaláveis para melhor lidar com este momento. Na América Latina, empresas das mais variadas verticais de atuação, [de grandes multinacionais a startups iniciantes](https://www.revistahsm.com.br/post/startups-sao-o-passaporte-para-o-velho-novo-normal), utilizam a nuvem para criar e acelerar inovações em seus negócios.

Com a nuvem, as startups, que precisam investir em soluções que as tornem mais competitivas desde o início de suas operações, ganham autonomia para contratar e cancelar os serviços que desejam a qualquer momento. Assim, podem se destacar entregando soluções com agilidade e eficiência em um mercado imediato e exigente. Empreendedores que buscam criar soluções inovadoras para seus clientes vão encontrar os mais variados caminhos na nuvem.

Serviços como banco de dados e armazenamento, até robótica, [inteligência artificial e machine learning](https://www.mitsloanreview.com.br/post/ia-e-machine-learning-aprimoram-gestao-de-risco), internet das coisas (IoT, na sigla em inglês), entre muitos outros, permitem que startups tenham uma rica jornada de experimentação, com mais agilidade em erros e acertos (o que chamamos de fail fast), para que produtos cada vez mais disruptivos ganhem o mercado.

## Soluções em prática
Mais que serem tendências, essas soluções já são utilizadas por muitas empresas, ajudando-as a atingir seus objetivos de negócios e oferecer uma experiência melhor e mais diferenciada para seus clientes.

No Brasil, por exemplo, o aplicativo de entregas iFood desenvolveu um modelo de machine learning e inteligência artificial que trouxe uma melhoria significativa para a experiência de toda a cadeia: restaurantes, entregadores parceiros e clientes. Com a utilização de algoritmos, foi possível reduzir em 12% a distância percorrida pelo entregador para fazer uma entrega, diminuir em 50% o tempo em que entregadores esperam um prato ficar pronto, resultando em 95% de cumprimento dos prazos definidos para as entregas, ajudando seu pedido a chegar mais quente na casa dos clientes.

Outro exemplo de destaque é o C6 Bank, que tem utilizado os serviços na nuvem e um modelo ágil de gerenciamento para lançar novos produtos com mais rapidez. Lançado em 2019, o banco digital oferece mais de 20 produtos a seus clientes, e a arquitetura em nuvem permite que a empresa apresente novos serviços com baixo custo operacional e proporcione melhorias na experiência do consumidor, resultando em mais eficiência para o negócio.

Tudo isso é possível porque [a nuvem se mostra como um vetor da inovação](https://www.revistahsm.com.br/post/a-autoconsciencia-tecnica-e-seus-impactos-na-cultura-de-inovacao). Na nuvem, é possível criar arquiteturas e novos produtos de maneira segura, ágil, escalável e econômica. Cada vez mais, percebemos que a transformação digital não é apenas uma opção para as empresas, mas uma necessidade para responder às demandas de um mundo cada vez mais conectado. No futuro, tudo estará na nuvem – a questão não é sobre como as empresas podem a utilizar, mas sobre quando isso acontecerá.

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