Empreendedorismo

A nuvem como vetor de escalabilidade e otimização de negócios

Mais do que tendência, o uso de soluções na nuvem já é uma realidade nas empresas, contribuindo para os objetivos de negócios e promovendo uma experiência cada vez melhor ao cliente
É head de startups da Amazon Web Services (AWS) no Brasil e membro da Confraria do Empreendedor. Há mais de 15 anos, atua como líder de desenvolvimento de negócios de empresas de tecnologia que atendem milhões de pessoas, além de ter empreendido em startups premiadas internacionalmente. Administrador pela UFBA, fez MBA na Macquarie University e é expert em strategy & innovation pelo Insper.

Compartilhar:

A pandemia trouxe uma série de desafios para negócios, e a necessidade de se adaptar com rapidez a um mundo cada vez mais digital e conectado foi um deles. Empreendedores em todo o mundo buscaram soluções para tornar essa tarefa mais simples, e o que temos visto é o papel da nuvem como um importante facilitador de negócios.

Startups e empresas de todos os tamanhos estão implementando novas aplicações na nuvem e procurando migrar seus workloads existentes o mais rápido possível. Dentre os benefícios que a computação em nuvem oferece às empresas, um dos mais relevantes é permitir que foquem no desenvolvimento de seus negócios e no atendimento a seus próprios consumidores.

Dessa forma, [a tecnologia é usada como um verdadeiro facilitador](https://www.revistahsm.com.br/post/o-que-aprendi-em-100-dias-trabalhando-na-nuvem), e não uma barreira de dificuldades técnicas para as empresas. Entre os benefícios do uso da nuvem, podemos destacar:

– A __agilidade__ que permite com que empresas implementem rapidamente os recursos de acordo com a necessidade daquele momento.

– __Economia de custos__, pois os clientes pagam apenas pelo que usam, sem a necessidade de contratações excedentes que encarecem a infraestrutura de tecnologia.

– __Elasticidade__, para que empresas possam provisionar a quantidade de recursos de que precisam, com a possibilidade de escalar para cima ou para baixo instantaneamente de acordo com a demanda.

– __Acelerar a inovação__ ao concentrarem seus valiosos recursos de TI no desenvolvimento de aplicativos que [diferenciam seus negócios e melhoram as experiências de seus clientes](https://www.revistahsm.com.br/post/por-que-so-falar-em-inovacao-nao-nos-torna-inovadores), em vez de gerenciar infraestrutura e data centers.

## Todos podem experimentar
Desde o começo da pandemia, testemunhamos, ainda mais claramente, como clientes de todos os portes, setores e localidades têm utilizado o poder da nuvem para mudar rapidamente, criando soluções inovadoras, ágeis e escaláveis para melhor lidar com este momento. Na América Latina, empresas das mais variadas verticais de atuação, [de grandes multinacionais a startups iniciantes](https://www.revistahsm.com.br/post/startups-sao-o-passaporte-para-o-velho-novo-normal), utilizam a nuvem para criar e acelerar inovações em seus negócios.

Com a nuvem, as startups, que precisam investir em soluções que as tornem mais competitivas desde o início de suas operações, ganham autonomia para contratar e cancelar os serviços que desejam a qualquer momento. Assim, podem se destacar entregando soluções com agilidade e eficiência em um mercado imediato e exigente. Empreendedores que buscam criar soluções inovadoras para seus clientes vão encontrar os mais variados caminhos na nuvem.

Serviços como banco de dados e armazenamento, até robótica, [inteligência artificial e machine learning](https://www.mitsloanreview.com.br/post/ia-e-machine-learning-aprimoram-gestao-de-risco), internet das coisas (IoT, na sigla em inglês), entre muitos outros, permitem que startups tenham uma rica jornada de experimentação, com mais agilidade em erros e acertos (o que chamamos de fail fast), para que produtos cada vez mais disruptivos ganhem o mercado.

## Soluções em prática
Mais que serem tendências, essas soluções já são utilizadas por muitas empresas, ajudando-as a atingir seus objetivos de negócios e oferecer uma experiência melhor e mais diferenciada para seus clientes.

No Brasil, por exemplo, o aplicativo de entregas iFood desenvolveu um modelo de machine learning e inteligência artificial que trouxe uma melhoria significativa para a experiência de toda a cadeia: restaurantes, entregadores parceiros e clientes. Com a utilização de algoritmos, foi possível reduzir em 12% a distância percorrida pelo entregador para fazer uma entrega, diminuir em 50% o tempo em que entregadores esperam um prato ficar pronto, resultando em 95% de cumprimento dos prazos definidos para as entregas, ajudando seu pedido a chegar mais quente na casa dos clientes.

Outro exemplo de destaque é o C6 Bank, que tem utilizado os serviços na nuvem e um modelo ágil de gerenciamento para lançar novos produtos com mais rapidez. Lançado em 2019, o banco digital oferece mais de 20 produtos a seus clientes, e a arquitetura em nuvem permite que a empresa apresente novos serviços com baixo custo operacional e proporcione melhorias na experiência do consumidor, resultando em mais eficiência para o negócio.

Tudo isso é possível porque [a nuvem se mostra como um vetor da inovação](https://www.revistahsm.com.br/post/a-autoconsciencia-tecnica-e-seus-impactos-na-cultura-de-inovacao). Na nuvem, é possível criar arquiteturas e novos produtos de maneira segura, ágil, escalável e econômica. Cada vez mais, percebemos que a transformação digital não é apenas uma opção para as empresas, mas uma necessidade para responder às demandas de um mundo cada vez mais conectado. No futuro, tudo estará na nuvem – a questão não é sobre como as empresas podem a utilizar, mas sobre quando isso acontecerá.

Compartilhar:

Artigos relacionados

Calendário

Não, o ano ainda não acabou!

Em meio à letargia de fim de ano, um chamado à consciência: os últimos dias de 2024 são uma oportunidade valiosa de ressignificar trajetórias e construir propósito.

Empreendedorismo
Um guia para a liderança se antecipar às consequências não intencionais de suas decisões

Lilian Cruz e Andréa Dietrich

4 min de leitura
ESG
Entre nós e o futuro desejado, está a habilidade de tecer cada nó de um intricado tapete que une regeneração, adaptação e compromisso climático — uma jornada que vai de Baku a Belém, com a Amazônia como palco central de um novo sistema econômico sustentável.

Bruna Rezende

5 min de leitura
ESG
Crescimento de reclamações à ANS reflete crise na saúde suplementar, impulsionada por reajustes abusivos e falta de transparência nos planos de saúde. Empresas enfrentam desafios para equilibrar custos e atender colaboradores. Soluções como auditorias, BI e humanização do atendimento surgem como alternativas para melhorar a experiência dos beneficiários e promover sustentabilidade no setor.
4 min de leitura
Finanças
Brasil enfrenta aumento de fraudes telefônicas, levando Anatel a adotar medidas rigorosas para proteger consumidores e empresas, enquanto organizações investem em tecnologia para garantir segurança, transparência e uma comunicação mais eficiente e personalizada.

Fábio Toledo

4 min de leitura
Finanças
A recente vitória de Donald Trump nos EUA reaviva o debate sobre o protecionismo, colocando em risco o acesso do Brasil ao segundo maior destino de suas exportações. Porém, o país ainda não está preparado para enfrentar esse cenário. Sua grande vulnerabilidade está na dependência de um número restrito de mercados e produtos primários, com pouca diversificação e investimentos em inovação.

Rui Rocha

0 min de leitura
Finanças
O Revenue Operations (RevOps) está em franca expansão global, com estimativa de que 75% das empresas o adotarão até 2025. No Brasil, empresas líderes, como a 8D Hubify, já ultrapassaram as expectativas, mais que dobrando o faturamento e triplicando o lucro ao integrar marketing, vendas e sucesso do cliente. A Inteligência Artificial é peça-chave nessa transformação, automatizando interações para maior personalização e eficiência.

Fábio Duran

3 min de leitura
Empreendedorismo
Trazer os homens para a discussão, investir em ações mais intencionais e implementar a licença-paternidade estendida obrigatória são boas possibilidades.

Renata Baccarat

4 min de leitura
Uncategorized
Apesar de ser uma ferramenta essencial para o desenvolvimento de colaboradores, o Plano de Desenvolvimento Individual (PDI) vem sendo negligenciado por empresas no Brasil. Pesquisa da Mereo mostra que apenas 60% das companhias avaliadas possuem PDIs cadastrados, com queda no engajamento de 2022 para 2023.

Ivan Cruz

4 min de leitura
Tecnologias exponenciais
A inteligência artificial (IA) está revolucionando o mundo dos negócios, mas seu avanço rápido exige uma discussão sobre regulamentação. Enquanto a Europa avança com regras para garantir benefícios éticos, os EUA priorizam a liberdade econômica. No Brasil, startups e empresas se mobilizam para aproveitar as vantagens competitivas da IA, mas aguardam um marco legal claro.

Edmee Moreira

4 min de leitura
ESG
A gestão de riscos psicossociais ganha espaço nos conselhos, impulsionada por perdas estimadas em US$ 3 trilhões ao ano. No Brasil, a atualização da NR1 exige que empresas avaliem e gerenciem sistematicamente esses riscos. Essa mudança reflete o reconhecimento de que funcionários saudáveis são mais produtivos, com estudos mostrando retornos de até R$ 4 para cada R$ 1 investido

Ana Carolina Peuker

4 min de leitura