Inovação
4 min de leitura

A trilha que leva aos recursos para inovar

Cinco etapas, passo a passo, ajudam você a conseguir o capital para levar seu sonho adiante
Formada em administração, especialista em gerenciamento de projetos, gestão de pessoas, captação de recursos e inovação. CEO da Atitude Inovação, Atitude Collab e sócia da Hub89 empresas que atuam no hub de inovação, com serviços de consultoria, assessoria e treinamentos em captação de recursos para financiamentos e editais de inovação e Open Innovation. Atua há mais de 12 anos no ecossistema de inovação também como advisor de venture capitals, palestrante, podcaster, escritora, professora e mentora, conquistando com seus clientes diversos prêmios de inovação.

Compartilhar:

Iniciar um processo de captação de recursos, por meio de financiamentos e editais de inovação, exige planejamento, persistência e paciência. Em meio a tantas urgências e projetos, muitas vezes deixamos de lado as oportunidades de médio e longo prazo que poderão representar rentabilidade significativa. No entanto, se pudéssemos seguir uma trilha já percorrida por várias empresas bem sucedidas, seria mais fácil nos conectar com possibilidades que já deram certo, enxergando uma luz no fim do túnel. Caminhos trilhados com êxito, nos proporcionam segurança e receptividade.

Ao entrar no mundo da captação de recursos, a primeira questão que surge é por onde começar? Para auxiliar nesse processo, criamos uma “Trilha do sucesso na captação de recursos”, com o passo a passo para a execução eficaz desse processo.

Trilha da captação de recursos: passo a passo

  1. Ideias e projetos – Muitas empresas tentam encaixar suas necessidades nas oportunidades existentes de financiamentos e editais de inovação. Esse método, apesar de comum, pode não ser o mais eficaz. O primeiro passo é identificar quais são as principais ideias e projetos de inovação que serão desenvolvidos pela empresa em um cenário de curto, médio e longo prazo. Considerando projetos que estão em constante evolução como plataformas ou projetos que são desenvolvidos por fases com ciclos maiores de tempo.
  2. Priorização de projetos – Após listar todos os projetos, é necessário identificar quais são os prioritários. Para isso alguns indicadores podem ajudar no processo: projetos que demandam mais tempo de desenvolvimento, ou que necessitam de mais recursos financeiros ou ainda que exigem recursos humanos internos e externos com conhecimentos específicos em determinadas áreas, estabelecendo assim uma cadeia de priorização.
  3. Oportunidades de captação – Este momento é crucial para conectar oportunidades com financiamentos reembolsáveis, não reembolsáveis, programas e leis de incentivo:
    1. Financiamentos reembolsáveis: São financiamentos para projetos de inovação com taxas de juros diferenciadas comparando as praticadas no mercado, com maior prazo de carência e maior prazo de amortização. Organizações como Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), BNB (Banco do Nordeste), oferecem diversas opções atrativas.

    1. Não Reembolsáveis: Editais e programas de inovação, são possibilidades em que a empresa buscar financiar seus projetos de inovação e tenha subsídios, ou seja, não precisa devolver o dinheiro. Em alguns casos pode ter uma contrapartida a depender do seu porte. Existem ainda programas que concedem bolsas para profissionais desenvolverem os projetos. Podemos citar como exemplo: Finep, CNPQ (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), FAP’s (Fundações de Amparo Estaduais), Portal da Indústria, Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial), MCTI (Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação) entre muitos outros.
  4. Priorização de oportunidades – Após o levantamento de todas as oportunidades de captação e benefícios, agora é hora de cruzar com os projetos prioritários que foram elencados inicialmente fazendo um “matchmaking”. O uso de matrizes de priorização, que consideram custo, tempo e benefício, é altamente recomendável.
  5. Elaboração dos projetos – Com prioridades definidas, inicia o processo de elaboração dos projetos de inovação de acordo com as regras de cada oportunidade levantada. Vale ressaltar a importância de ter profissionais capacitados para a execução deste trabalho, para que a trilha não fique sem saída, a maioria das oportunidades exige prestação de contas e um bom gerenciamento de projetos fará toda a diferença.

Finalizar um processo de captação de recursos requer uma abordagem estruturada e estratégias bem definidas. Ao identificar e priorizar projetos, conectá-los com oportunidades e contar com profissionais qualificados para fazer o processo, empresas podem transformar potenciais oportunidades em realidade, alcançando resultados significativos a médio e longo prazo, afinal as oportunidades estão disponíveis para quem souber aproveitar. Essa trilha do sucesso, baseada em casos bem-sucedidos, oferece um percurso seguro e eficaz, possibilitando que as organizações inovem e prosperem em um cenário econômico desafiador.

Compartilhar:

Formada em administração, especialista em gerenciamento de projetos, gestão de pessoas, captação de recursos e inovação. CEO da Atitude Inovação, Atitude Collab e sócia da Hub89 empresas que atuam no hub de inovação, com serviços de consultoria, assessoria e treinamentos em captação de recursos para financiamentos e editais de inovação e Open Innovation. Atua há mais de 12 anos no ecossistema de inovação também como advisor de venture capitals, palestrante, podcaster, escritora, professora e mentora, conquistando com seus clientes diversos prêmios de inovação.

Artigos relacionados

Há um fio entre Ada Lovelace e o CESAR

Fora do tempo e do espaço, talvez fosse improvável imaginar qualquer linha que me ligasse a Ada Lovelace. Mais improvável ainda seria incluir, nesse mesmo

Tecnologias exponenciais
A aplicação da inteligência artificial e um novo posicionamento da liderança tornam-se primordiais para uma gestão lean de portfólio

Renata Moreno

4 min de leitura
Finanças
Taxas de juros altas, inovação subfinanciada: o mapa para captar recursos em melhorias que já fazem parte do seu DNA operacional, mas nunca foram formalizadas como inovação.

Eline Casasola

5 min de leitura
Empreendedorismo
Contratar um Chief of Staff pode ser a solução que sua empresa precisa para ganhar agilidade e melhorar a governança

Carolina Santos Laboissiere

7 min de leitura
ESG
Quando 84% dos profissionais com deficiência relatam saúde mental afetada no trabalho, a nova NR-1 chega para transformar obrigação legal em oportunidade estratégica. Inclusão real nunca foi tão urgente

Carolina Ignarra

4 min de leitura
ESG
Brasil é o 2º no ranking mundial de burnout e 472 mil licenças em 2024 revelam a epidemia silenciosa que também atinge gestores.
5 min de leitura
Inovação
7 anos depois da reforma trabalhista, empresas ainda não entenderam: flexibilidade legal não basta quando a gestão continua presa ao relógio do século XIX. O resultado? Quiet quitting, burnout e talentos 45+ migrando para o modelo Talent as a Service

Juliana Ramalho

4 min de leitura
ESG
Brasil é o 4º país com mais crises de saúde mental no mundo e 500 mil afastamentos em 2023. As empresas que ignoram esse tsunami pagarão o preço em produtividade e talentos.

Nayara Teixeira

5 min de leitura
Tecnologias exponenciais
Empresas que integram IA preditiva e machine learning ao SAP reduzem custos operacionais em até 30% e antecipam crises em 80% dos casos.

Marcelo Korn

7 min de leitura
Empreendedorismo
Reinventar empresas, repensar sucesso. A megamorfose não é mais uma escolha e sim a única saída.

Alain S. Levi

4 min de leitura