Tecnologias exponenciais
4 min de leitura

Da estratégia à execução: como a gestão de portfólio lean e IA estão reescrevendo a agilidade nas organizações

A aplicação da inteligência artificial e um novo posicionamento da liderança tornam-se primordiais para uma gestão lean de portfólio
Com base nos seus mais de 175 anos de história, a Deloitte é a organização com o portfólio de serviços profissionais mais diversificado do mundo, com cerca de 460 mil profissionais, gerando impactos em mais de 150 países e territórios. A empresa fornece serviços de auditoria e asseguração, consultoria tributária, consultoria empresarial, assessoria financeira e consultoria em gestão de riscos para quase 90% das organizações da lista da Fortune Global 500® e milhares de outras empresas. No Brasil, onde atua desde 1911, a Deloitte é líder de mercado, com mais de 7.000 profissionais e operações em todo o território nacional, a partir de 18 escritórios.
Diretora de Inovação da Deloitte

Compartilhar:

Tive a oportunidade de participar em São Paulo do Agile Trends 2025, maior evento sobre gestão ágil do Brasil. Foram mais de 3.000 participantes explorando insights de palestras de diferentes empresas e workshops. Na ocasião, pude apresentar um case do setor de Óleo & Gás, no qual abordamos uma das temáticas mais debatidas no evento: Lean Portfolio Management, o LPM, abordagem que visa otimizar o valor entregue por meio da seleção, priorização e execução de iniciativas alinhadas à estratégia do negócio.

A apresentação desse case foi uma evolução do que apresentamos em outubro de 2024 em Washington no SAFe Summit, maior evento de ágil escalado do mundo. Nos eventos, vimos que os tópicos mais abordados foram LPM (Lean Portfolio Management), VMO (Value Management Office), mudanças no papel da liderança e Inteligência Artificial.

Sobre IA foram exploradas tendências em geração de conteúdo, além da automatização de tarefas e tomadas de decisão por meio de agentes de IA. Foram apresentadas novas ferramentas e dicas sobre como usá-las da melhor forma possível, incluindo formatos dos prompts que geram os melhores resultados. A principal mensagem é que a inteligência artificial se tornou peça fundamental para agilidade organizacional, mas sempre com o reforço de que o objetivo não é substituir as pessoas na geração de ideias, e sim trazer mais um “participante” para a mesa.

Nos debates sobre LPM e VMO, foi perceptível a evolução das empresas participantes na busca por garantir a conexão entre a estratégia organizacional e o que está sendo desenvolvido pelas equipes. Esse é o coração de uma gestão ágil de portfólio: como traremos uma discussão constante sobre estratégia para que isso direcione a prioridade dos times?

OKR (Objectives and Key Results) continua sendo o principal artefato adotado pelas empresas para conectar estratégia com operação. Porém, ainda existe um desafio comum de como conseguir refletir esta estratégia aos times: em alguns casos, os objetivos de negócio são tão estratégicos que as equipes de operação e desenvolvimento não se reconhecem. Por outro lado, a adoção de OKRs mais táticos pode gerar um grande esforço de atualização, além de não refletir a estratégia macro da organização. Percebemos também durante os eventos um aumento na maturidade para discussão de práticas de Lean Budgeting, situação em que as lideranças possuem maior autonomia e flexibilidade para endereçamento do orçamento conforme as prioridades do negócio.

Em função de tudo isso, o papel da liderança como “exemplo, direcionador, inspirador”, está cada vez mais evidente. Líder é aquele que consegue coordenar um time em prol de um objetivo comum, sendo necessário fazer uso de práticas como feedback constante, instrução e colaboração.

Nos contextos organizacionais complexos que vivemos, é preciso construir um ambiente de liberdade para os times gerarem experimentos, que possibilitem aprendizado. É necessário um ambiente seguro para falhar (“erro consciente”) e que considere indicadores específicos de inovação. Além disso, para sobreviver em ambientes de grandes transformações, é cada vez mais exigida a integração entre uma gama de capacidades que incluem inovação, agilidade, analytics, dados, IA e gestão da mudança. É aqui que a gestão ágil de portfólio demonstra seu principal diferencial.

Compartilhar:

Com base nos seus mais de 175 anos de história, a Deloitte é a organização com o portfólio de serviços profissionais mais diversificado do mundo, com cerca de 460 mil profissionais, gerando impactos em mais de 150 países e territórios. A empresa fornece serviços de auditoria e asseguração, consultoria tributária, consultoria empresarial, assessoria financeira e consultoria em gestão de riscos para quase 90% das organizações da lista da Fortune Global 500® e milhares de outras empresas. No Brasil, onde atua desde 1911, a Deloitte é líder de mercado, com mais de 7.000 profissionais e operações em todo o território nacional, a partir de 18 escritórios.

Artigos relacionados

Superando os legados de negócio e de mindset

Lembra-se das Leis de Larman? As organizações tendem a se otimizar para não mudar; então, você precisa fazer esforços extras para escapar dessa armadilha. Os exemplos e as boas práticas deste artigo vão ajudar

O RH pode liderar o futuro do trabalho?

A área de gestão de pessoas é uma das mais capacitadas para isso, como mostram suas iniciativas de cuidado. Mas precisam levar em conta quatro tipos de necessidades e assumir ao menos três papéis

Cultura organizacional, Estratégia e execução
Lembra-se das Leis de Larman? As organizações tendem a se otimizar para não mudar; então, você precisa fazer esforços extras para escapar dessa armadilha. Os exemplos e as boas práticas deste artigo vão ajudar

Norberto Tomasini

4 min de leitura
Carreira, Cultura organizacional, Gestão de pessoas
A área de gestão de pessoas é uma das mais capacitadas para isso, como mostram suas iniciativas de cuidado. Mas precisam levar em conta quatro tipos de necessidades e assumir ao menos três papéis

Natalia Ubilla

3 min de leitura
Estratégia
Em um mercado onde a reputação é construída (ou desconstruída) em tempo real, não controlar sua própria narrativa é um risco que nenhum executivo pode se dar ao luxo de correr.

Bruna Lopes

7 min de leitura
Liderança
O problema está na literatura comercial rasa, nos wannabe influenciadores de LinkedIn, nos só cursos de final de semana e até nos MBAs. Mas, sobretudo, o problema está em como buscamos aprender sobre a liderança e colocá-la em prática.

Marcelo Santos

8 min de leitura
ESG
Inclua uma nova métrica no seu dashboard: bem-estar. Porque nenhum KPI de entrega importa se o motorista (você) está com o tanque vazio

Lilian Cruz

4 min de leitura
ESG
Flexibilidade não é benefício. É a base de uma cultura que transformou nossa startup em um caso real de inclusão sem imposições, onde mulheres prosperam naturalmente.

Gisele Schafhauser

5 min de leitura
Tecnologias exponenciais
O futuro da liderança em tempos de IA vai além da tecnologia. Exige preservar o que nos torna humanos em um mundo cada vez mais automatizado.

Manoel Pimentel

7 min de leitura
Tecnologias exponenciais
Setores que investiram em treinamento interno sobre IA tiveram 57% mais ganhos de produtividade. O segredo está na transição inteligente.

Vitor Maciel

6 min de leitura
Empreendedorismo
Autoconhecimento, mentoria e feedback constante: a nova tríade para formar líderes preparados para os desafios do trabalho moderno

Marcus Vaccari

6 min de leitura
Tecnologias exponenciais
Se seu atendimento não é 24/7, personalizado e instantâneo, você já está perdendo cliente para quem investiu em automação. O tempo de resposta agora é o novo preço da fidelização

Edson Alves

4 min de leitura