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A verdadeira razão para a internacionalização

Eric Santos

é CEO da Resultados Digitais, que cofundou em 2011 e tem 10 mil clientes. Sua plataforma de marketing digital RD Station possui 70% do mercado brasileiro. Antes, Santos atuou na Fundação Certi, berço do polo empreendedor de Florianópolis.

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Desde o início da nossa relativamente breve história, a Resultados Digitais (RD) sempre teve um foco muito grande no mercado nacional. Toda a tese do negócio era que as empresas no País, em especial as PMEs, poderiam se beneficiar muito dos benefícios do marketing digital para educar seus mercados e gerar mais oportunidades, vendas e crescimento, de maneira sustentável e previsível. De fato, mercado interno não falta; ainda há muito espaço para crescer no Brasil. 

Deveríamos embarcar em uma aventura de levar a RD para outros países, ou isso seria um “desvio de foco” não muito sábio, já que capitalizaríamos com maior facilidade a tração e a autoridade já conquistadas em nosso mercado nativo. 

Decidimos, no entanto, pela internacionalização, e houve razões “técnicas” para tanto: aumento do mercado potencial total, diversificação da receita e do risco, maior competitividade da empresa, aumento do valor percebido pelos investidores etc. Acima de tudo, houve o desejo de alçar voos maiores, impactar mais pessoas e ter um papel relevante em outros ecossistemas empreendedores. 

Assim, em 2017, iniciamos formalmente um processo de expansão internacional da RD. Pesquisando referências e conversando com mentores e executivos experientes, estudamos de forma cuidadosa as melhores práticas e os riscos que poderíamos correr. Também debatemos intensamente a estratégia, o posicionamento e os mercados-alvo. Como já tínhamos alguma tração – orgânica – em certos mercados, em especial da América Latina e de Portugal, entendemos que seria melhor começar por países emergentes, e nossa solução (combinando software, metodologia e estrutura de parceiros) é mais adequada para países que apresentam as mesmas carências do Brasil. Focamos inicialmente México e Colômbia em busca de construir um modelo replicável e hoje estamos ampliando a atuação também para Argentina, Portugal e Espanha. Os números absolutos ainda não são comparáveis com os do Brasil, mas o movimento até agora é promissor: estamos crescendo mais rápido na operação internacional do que crescemos no início aqui no Brasil. Este ano será crucial para consolidar o modelo de expansão, o time e nosso playbook para concretizarmos ambições de internacionalização ainda maiores. 

Há, porém, mais uma razão para essa empreitada, maior do que as outras. Para continuar atraindo e retendo talentos únicos para nosso time, a RD precisa pensar e ser, efetivamente, global. Competir e aprender em diferentes mercados permite que os RDoers – como chamamos nossos colaboradores – continuem tendo experiências diferenciadas de desenvolvimento pessoal e profissional. Essa é uma razão mais do que suficiente para a prioridade que estamos dando ao desafio de tornar a RD uma líder glo

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