Desenvolvimento pessoal

Adriana Silva: jedi em analytics

Compartilhar:

Os amigos costumam fazer referência aos guardiões que dominam o “lado luminoso” da força na série Star Wars, apelidando Adriana Silva, 32 anos, de “jedi em analytics”. É que a paixão por estatística faz ela usar a ciência exata em quase tudo. O objetivo é ganhar tempo e produtividade em uma agenda lotada de compromissos. 

Criadora e gestora da ASN.Rocks, empresa de consultoria e treinamento em inteligência artificial, Silva também é presidente do Conre-3 (Conselho Regional de Estatística da 3ª Região, que abarca os estados de São Paulo, Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul) e ainda dá aulas na pós-graduação da Fundação Getulio Vargas (FGV). Antes, passou por empresas como Kantar, Abril Big Data, SAS e Oracle.

Na gestão da ASN.Rocks, Silva utiliza a análise de dados não apenas para o business, mas também para medir o desempenho de tarefas triviais. Dia desses, arregaçou as mangas para montar 20 cadeiras de seu escritório recém-inaugurado na capital paulista. A ideia era dar conta do trabalho sozinha. Precavida, marcou o tempo que levou para encaixar as peças da primeira cadeira. Ao perceber que levaria quase 20 horas para concluir o serviço, convocou dois amigos para ajudá-la. “O esforço diminuiu para seis horas”, diz. 

**NA HORA DA DIETA**

As estatísticas se fazem presentes, por exemplo, na hora da dieta para emagrecer. É que, segundo a professora da FGV, a balança se altera rapidamente nos primeiros dias de dieta, mas é normal desacelerar com o correr do tempo. “Usei estatística para projetar o tempo exato para atingir meu objetivo de peso e, com isso, não perder a motivação no meio do caminho.”

Na dança dos números, cinco horas e meia de sono bastam para ela. É comum Silva dormir perto da meia-noite, mas os planos mudam quando dá aulas à noite. “Aí fico eufórica. Até desligar, demora.” 

Ao pular da cama, por volta das 5h30, exercita-se com um personal trainer no condomínio onde mora. A atividade física deixa o cérebro atento e diminui as dores na coluna. “Também me ajuda a ficar mais alerta e entregue às pessoas”, diz Silva. Ainda de manhã cedo, confere as postagens do LinkedIn e os sites de notícias. Ela ainda dá uma conferida nos grupos de WhatsApp sobre estatística e leis de proteção de dados que participa. 

> **RENDENDO NO AEROPORTO**
>
> Um hábito que Adriana começou a cultivar é o de escutar podcasts, principalmente no aeroporto. É que as viagens são cada vez mais constantes. Ela dá aulas na FGV de Brasília (além de trabalhar na unidade de São Paulo), e ministra cursos in company por todo o País. 
>
> Quando chegam as férias, o mantra é descansar. “Já viajo sem computador para nem cogitar a hipótese de trabalhar.” A regra vale também para os fins de semana, quando não tem quem a afaste da Netflix. A preferência é por filmes e séries – estas, sobre estatística e matemática, é claro. 
>
> Ao manter o equilíbrio entre lazer e tantos compromissos, Adriana Silva se considera satisfeita com a própria rotina. Ela chegou a cogitar um sabático, em abril de 2019, antes de empreender a ASN.Rocks. Nenhum de seus amigos acreditou que isso vingaria. No mês seguinte, já estava com escritório montado e funcionários trabalhando a todo vapor nele. “É, eu gosto de me sentir ocupada.” 
>
> **Melhor hábito.** Usar a ciência de dados antes de tomar qualquer decisão, seja envolvendo finanças da empresa, organização do escritório e até dieta.
>
> **Hora de acordar e de dormir.** Em geral, ela acorda às 5h30 e vai até a meia-noite.
>
> **E no fim de semana…** ela desliga 100% do trabalho para curtir filmes e séries da Netflix, e dá preferência a enredos que envolvam estatística e matemática.
>
> **Férias todo ano?** “Não vendo o que não pode ser comprado. Por isso, nunca abro mão de tirar férias para arejar a cabeça. Sempre viajo para fora de São Paulo ou do País, sem computador na bagagem, para não correr o risco de trabalhar.”
>
> **Quantas horas trabalha por dia.** Quando a agenda está corrida, trabalha de 12 a 13 horas por dia, mas acredita que quatro dessas não são produtivas. “Considero improdutivo tudo o que vai gerar impacto ruim depois.” 
>
> **Como lida com interrupções.** Silenciar o celular para não acompanhar a avalanche de e-mails e mensagens de WhatsApp. “Para falar comigo, só telefonando, de viva-voz”, ela avisa. 
>
> **E quando precisa refazer o trabalho?** “A gente está sempre errando, considero natural. Até fico brava por um instante, mas depois sigo em frente. Aprendi a ignorar a parte sofrida da vida. Isso faz com que a vida fique mais tranquila.”
>
> **Modo de atualização e aprendizado de novas habilidades.** Adriana acompanha o noticiário por meio de sites e das postagens do Linkedin. Participa ativamente de grupos de WhatsApp sobre estatística e leis de proteção de dados. Recentemente, adquiriu o hábito de ouvir podcasts. Além disso, como é professora, aprende ensinando.
>
> **Esportes.** Pratica atividade física com personal trainer todos os dias, para manter a mente ligada e o corpo saudável. 
>
>

Compartilhar:

Artigos relacionados

Liderança na gestão do mundo híbrido

Este modelo que nasceu da necessidade na pandemia agora impulsiona o engajamento, reduz custos e redefine a gestão. Para líderes, o desafio é alinhar flexibilidade, cultura organizacional e performance em um mercado cada vez mais dinâmico.

Data economy: Como a inteligência estratégica redefine a competitividade no século XXI

Na era digital, os dados emergem como o ativo mais estratégico, capaz de direcionar decisões, impulsionar inovações e assegurar vantagem competitiva. Transformar esse vasto volume de informações em valor concreto exige infraestrutura robusta, segurança aprimorada e governança ética, elementos essenciais para fortalecer a confiança e a sustentabilidade nos negócios.

China

O Legado do Progresso

A celebração dos 120 anos de Deng Xiaoping destaca como suas reformas revolucionaram a China, transformando-a em uma potência global e marcando uma era de crescimento econômico, inovação e avanços sociais sem precedentes.

Diversidade, ESG
Enquanto a diversidade se torna uma vantagem competitiva, o reexame das políticas de DEI pelas corporações reflete tanto desafios econômicos quanto uma busca por práticas mais autênticas e eficazes

Darcio Zarpellon

8 min de leitura
Liderança
E se o verdadeiro poder da sua equipe só aparecer quando o líder estiver fora do jogo?

Lilian Cruz

3 min de leitura
ESG
Cada vez mais palavras de ordem, imperativos e até descontrole tomam contam do dia-dia. Nesse costume, poucos silêncios são entendidos como necessários e são até mal vistos. Mas, se todos falam, no fim, quem é que está escutando?

Renata Schiavone

4 min de leitura
Finanças
O primeiro semestre de 2024 trouxe uma retomada no crédito imobiliário, impulsionando o consumo e apontando um aumento no apetite das empresas por crédito. A educação empreendedora surge como um catalisador para o desenvolvimento de startups, com foco em inovação e apoio de mentorias.

João Boos

6 min de leitura
Cultura organizacional, Empreendedorismo
A ilusão da disponibilidade: como a pressão por respostas imediatas e a sensação de conexão contínua prejudicam a produtividade e o bem-estar nas equipes, além de minar a inovação nas organizações modernas.

Dorly

6 min de leitura
ESG
No texto deste mês do colunista Djalma Scartezini, o COO da Egalite escreve sobre os desafios profundos, tanto à saúde mental quanto à produtividade no trabalho, que a dor crônica proporciona. Destacando que empresas e gestores precisam adotar políticas de inclusão que levem em conta as limitações físicas e os altos custos associados ao tratamento, garantindo uma verdadeira equidade no ambiente corporativo.

Djalma Scartezini

4 min de leitura
Gestão de Pessoas
A adoção de políticas de compliance que integram diretrizes claras de inclusão e equidade racial é fundamental para garantir práticas empresariais que vão além do discurso, criando um ambiente corporativo verdadeiramente inclusivo, transparente e em conformidade com a legislação vigente.

Beatriz da Silveira

4 min de leitura
Inovação, Empreendedorismo
Linhas de financiamento para inovação podem ser uma ferramenta essencial para impulsionar o crescimento das empresas sem comprometer sua saúde financeira, especialmente quando associadas a projetos que trazem eficiência, competitividade e pioneirismo ao setor

Eline Casasola

4 min de leitura
Transformação Digital, Estratégia
Este texto é uma aula de Alan Souza, afinal, é preciso construir espaços saudáveis e que sejam possíveis para que a transformação ocorra. Aproveite a leitura!

Alan Souza

4 min de leitura