Uncategorized

Carreira e satisfação pessoal podem (e devem) andar juntas

trabalha há 11 anos na Schneider Electric, empresa global de gestão de energia e automação, e está assumindo a diretoria global de comunicação para sustentabilidade em Hong Kong.

Compartilhar:

Foi simples assim: certo dia falei para minha chefe que gostaria de seguir carreira fora do País e que estava pronta para um desafio em escala global. Ao contrário do que projetei em minha cabeça, ela foi muito receptiva e começamos um plano para buscar uma posição em que eu pudesse continuar crescendo profissionalmente. 

Eu acabava de voltar de uma licença-maternidade entre caos, glória e o entendimento do equilíbrio tão falado em fóruns de carreira, tão pouco encontrado entre as mulheres de 30. Eu mesma adiei os planos da maternidade enquanto pude. Acreditava que não seria a mesma depois de ter filhos, não renderia, não poderia viajar com a mesma frequência… Só agora, enquanto escrevo, vejo como essas crenças não fazem nenhum sentido. 

Os profissionais de minha área gastam a maior parte do dia pensando em soluções que beneficiem a humanidade ou elaborando modelos de negócio que transformem vidas. Eu tive esse encontro quando assumi meu maior desafio profissional até então. Minhas metas passaram a ser pessoas que precisavam de uma profissão, lares com acesso à energia, redução de emissões de gases de efeito estufa e eficiência em transporte. Depois de um ano na área, já tinha histórias vividas na Amazônia e recebia mensagens de pessoas beneficiadas por nossos projetos. Logo vi as metas que pareciam distantes sendo superadas e pessoas responsáveis por cumpri-las engajadas em buscar metas mais agressivas e soluções mais inovadoras – engenheiros experientes encontravam sentido em seu ofício. Conheci gente que começou a falar com o coração, ter orgulho de voltar para casa e compartilhar com a família o que fez no trabalho. 

Só nos últimos meses que passei gerenciando a área de sustentabilidade da companhia na América do Sul é que pude viver isso. Chegar em casa e contar para meu filho como estava melhorando meu pequeno mundo… nada é mais forte! Pelo menos, eu não tinha sentido tamanho impulso antes, nem com os muitos reconhecimentos que vieram, promoções e bônus. 

Agora vou assumir a diretoria global de comunicação para sustentabilidade e, enquanto espero meu visto para Hong Kong, trabalho em minha casa em horários bem alternativos. Consigo tempo para meu filho, para organizar a mudança, para me inteirar dos novos desafios e para repassar tudo o que aprendi a minha antiga equipe. Parece difícil, mas não é tanto. 

Assim como foi simples contar para minha chefe meus planos. E digo com orgulho: tudo isso vale muito a pena!

Compartilhar:

Artigos relacionados

Organização

A difícil arte de premiar sem capitular

Desde Alfred Nobel, o ato de reconhecer os feitos dos seres humanos não é uma tarefa trivial, mas quando bem-feita costuma resultar em ganho reputacional para que premia e para quem é premiado

Empreendedorismo
Alinhando estratégia, cultura organizacional e gestão da demanda, a indústria farmacêutica pode superar desafios macroeconômicos e garantir crescimento sustentável.

Ricardo Borgatti

5 min de leitura
Empreendedorismo
A Geração Z não está apenas entrando no mercado de trabalho — está reescrevendo suas regras. Entre o choque de valores com lideranças tradicionais, a crise da saúde mental e a busca por propósito, as empresas enfrentam um desafio inédito: adaptar-se ou tornar-se irrelevantes.

Átila Persici

8 min de leitura
Tecnologias exponenciais
A matemática, a gramática e a lógica sempre foram fundamentais para o desenvolvimento humano. Agora, diante da ascensão da IA, elas se tornam ainda mais cruciais—não apenas para criar a tecnologia, mas para compreendê-la, usá-la e garantir que ela impulsione a sociedade de forma equitativa.

Rodrigo Magnago

4 min de leitura
ESG
Compreenda como a parceria entre Livelo e Specialisterne está transformando o ambiente corporativo pela inovação e inclusão

Marcelo Vitoriano

4 min de leitura
Tecnologias exponenciais
O anúncio do Majorana 1, chip da Microsoft que promete resolver um dos maiores desafios do setor – a estabilidade dos qubits –, pode marcar o início de uma nova era. Se bem-sucedido, esse avanço pode destravar aplicações transformadoras em segurança digital, descoberta de medicamentos e otimização industrial. Mas será que estamos realmente próximos da disrupção ou a computação quântica seguirá sendo uma promessa distante?

Leandro Mattos

6 min de leitura
Tecnologias exponenciais
Entenda como a ReRe, ao investigar dados sobre resíduos sólidos e circularidade, enfrenta obstáculos diários no uso sustentável de IA, por isso está apostando em abordagens contraintuitivas e na validação rigorosa de hipóteses. A Inteligência Artificial promete transformar setores inteiros, mas sua aplicação em países em desenvolvimento enfrenta desafios estruturais profundos.

Rodrigo Magnago

4 min de leitura
Liderança
As tendências de liderança para 2025 exigem adaptação, inovação e um olhar humano. Em um cenário de transformação acelerada, líderes precisam equilibrar tecnologia e pessoas, promovendo colaboração, inclusão e resiliência para construir o futuro.

Maria Augusta Orofino

4 min de leitura
Finanças
Programas como Finep, Embrapii e a Plataforma Inovação para a Indústria demonstram como a captação de recursos não apenas viabiliza projetos, mas também estimula a colaboração interinstitucional, reduz riscos e fortalece o ecossistema de inovação. Esse modelo de cocriação, aliado ao suporte financeiro, acelera a transformação de ideias em soluções aplicáveis, promovendo um mercado mais dinâmico e competitivo.

Eline Casasola

4 min de leitura
Empreendedorismo
No mundo corporativo, insistir em abordagens tradicionais pode ser como buscar manualmente uma agulha no palheiro — ineficiente e lento. Mas e se, em vez de procurar, queimássemos o palheiro? Empresas como Slack e IBM mostraram que inovação exige romper com estruturas ultrapassadas e abraçar mudanças radicais.

Lilian Cruz

5 min de leitura
ESG
Conheça as 8 habilidades necessárias para que o profissional sênior esteja em consonância com o conceito de trabalhabilidade

Cris Sabbag

6 min de leitura