Lifelong learning

CEO e aprendiz, muito prazer

A atual geração de líderes valoriza o lifelong learning como parte essencial da sua posição e pode adotar algumas práticas para sustentar essa competência tão desejável
__Poliana Abreu__ é Diretora de conteúdo da HSM e SingularityU Brazil. Graduada em relações internacionais e com MBA em gestão de negócios, se especializou em ESG, cultura organizacional e liderança. Tem mais de 12 anos no mercado de educação executiva. É mãe da Clara, apaixonada por conhecer e viver em culturas diferentes e compra mais livros do que consegue ler.

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Recentemente, um CEO se apresentou para mim como “CEO e aprendiz voraz”. Noto que há uma geração de líderes que começa a ter orgulho de assumir que está sempre aprendendo. A evolução para a “gestão pós-moderna”, com estruturas menos hierárquicas, mais ágeis, diversas e colaborativas também reforça o aprendizado constante no C-level.

Não faz muito tempo que um CEO se assumir aprendiz causaria estranheza. Afinal, ser CEO era ser um herói inquestionável, sem humildade. Algo mudou: nunca se falou tanto sobre a importância da alta liderança se mostrar vulnerável. Se colocar como aprendiz diz muito sobre essa vulnerabilidade. Vemos a humanização da gestão começar pela principal referência da organização, dando espaço para uma figura, antes solitária, poder compartilhar e evoluir.

É indiscutível que o(a) CEO lidera em um ambiente complexo e volátil, ditado por tecnologias disruptivas, pressionado(a) a tomar decisão assertivas e sem precedentes. Além do forte desejo de realização pessoal e de equilíbrio emocional. Tudo isso exige aprendizado contínuo e em múltiplas dimensões. Para colaborar com sua jornada, elenquei três grupos de ações práticas que dão bom resultado no lifelong learning:

__1. Esteja aberto(a) e compartilhe conhecimento.__ Aprender entre pares e se tornar um mentor(a) são formas eficazes de se manter atualizado(a) e de praticar novas habilidades. Invista tempo para trocar conhecimento com outros líderes. Há iniciativas interessantes no mercado que oferecem círculos de relacionamento e de confiança para o C-level. Já ser mentor desenvolve novas conexões e permite praticar a habilidade de ensinar, de dar significado, clareza e contexto ao conhecimento. É clichê, mas quanto mais se ensina, mais se aprende.

__2. Aprenda sobre as novas tecnologias e tenha curiosidade sobre o futuro.__ É fundamental entender sobre como as novas tecnologias moldam os negócios e o que a convergência das tecnologias exponenciais é capaz de criar em prol das organizações e da sociedade. Invista em imersões que deem um overview sobre para onde o mundo está indo e as possibilidades de aplicabilidade prática. Não tema a tecnologia; conheça e aprenda.

__3. Cuide do seu repertório.__ Seja crítico com suas fontes e abasteça-se do melhor: é preciso curadoria cuidadosa e diversa do que ler e ouvir para criar seu próprio repertório – autoral, consistente e coerente com seu contexto de atuação. Vale ter referências que o inspirem, mas não se prenda a elas. Esteja aberto(a) a opções diferentes que possam lhe garantir mais originalidade.

Tudo começa, porém, pela consciência. É um bom começo entender que ser aprendiz é algo para a vida inteira. A maioria das habilidades hoje tem validade de cinco anos, e cabe aos líderes renovar suas perspectivas para garantir a relevância de suas organizações e de suas carreiras. Quantos CEOs você conhece que se apresentariam assim: “CEO e aprendiz, muito prazer”?

Artigo publicado na HSM Management nº 154

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__Poliana Abreu__ é Diretora de conteúdo da HSM e SingularityU Brazil. Graduada em relações internacionais e com MBA em gestão de negócios, se especializou em ESG, cultura organizacional e liderança. Tem mais de 12 anos no mercado de educação executiva. É mãe da Clara, apaixonada por conhecer e viver em culturas diferentes e compra mais livros do que consegue ler.

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