Uncategorized

COMO SE PREPARAR para o Brexit (e outras crises)

Exemplo do “Brexit”, que levou à saída do Reino Unido da União Europeia, traz à tona a importância de ter um plano de contingência

Compartilhar:

As repercussões do “Brexit”, o movimento que levou à saída do Reino Unido da União Europeia, ainda serão sentidas em todo o mundo por algum tempo. E, pior, todas as análises concordam: as empresas que têm interesses no mercado europeu não estavam preparadas para um evento dessa proporção, capaz de gerar grandes mudanças no ambiente econômico. 

É possível tomar medidas gerenciais preventivas para evitar surpresas nos desdobramentos desse caso ou de outros que venham a ocorrer? Segundo o professor Yossi Sheffi, diretor do centro de transporte e logística do Massachusetts Institute of Technology (MIT), sim. E mais do que isso: adotar ações preventivas deve ser um imperativo para todas as empresas que têm interesses internacionais, direta ou indiretamente – ainda que elas não deem conta da complexidade e do grau de incertezas envolvidos nas grandes turbulências do planeta. 

Veja alguns passos que as organizações podem dar, de acordo com o professor Sheffi, a fim de evitar que as piores perspectivas se tornem realidade. 

**COMITÊ INTERFUNCIONAL** 

Deve haver um grupo responsável por monitorar a possível separação, avaliando suas consequências e levando informações atualizadas às lideranças da empresa. O grupo tem de continuar atuando caso o evento esperado se confirme, orientando as lideranças na tomada de decisões, a fim de manter a organização à frente da concorrência na reação aos problemas. 

**INVENTÁRIO**

É fundamental ter um quadro claro e preciso das áreas potencialmente impactadas. Isso inclui uma avaliação sobre o número de colaboradores que estariam em risco, o volume de produtos importados da região e/ou exportados para lá e o valor dos ativos que poderiam ser afetados. Essa análise deve ser sempre atualizada – e com mais frequência à medida que a separação efetiva se aproximar. 

**INFORMAÇÕES** 

É essencial reunir, de maneira sistemática, a maior quantidade possível de informações sobre o evento que surge no horizonte. 

**CENÁRIOS** 

É preciso simular diferentes resultados para as potenciais crises, utilizando técnicas de construção de cenários. Isso alimentará o trabalho do comitê interfuncional. 

**BASE DE FORNECEDORES**

Para evitar a ruptura da cadeia de fornecimento, deve-se avaliar a capacidade dos fornecedores de superar potenciais turbulências. Também é necessário providenciar outros fornecedores, a fim de dividir o risco. 

**FINANÇAS** 

Recomenda-se reduzir os investimentos nos países com mais alto risco de serem impactados, além de adotar medidas preventivas no que diz respeito ao câmbio e ao mercado de commodities, mais vulneráveis a flutuações de mercado.

Compartilhar:

Artigos relacionados

China

O Legado do Progresso

A celebração dos 120 anos de Deng Xiaoping destaca como suas reformas revolucionaram a China, transformando-a em uma potência global e marcando uma era de crescimento econômico, inovação e avanços sociais sem precedentes.

Calendário

Não, o ano ainda não acabou!

Em meio à letargia de fim de ano, um chamado à consciência: os últimos dias de 2024 são uma oportunidade valiosa de ressignificar trajetórias e construir propósito.

Liderança, Times e Cultura
Conheça os 6 princípios da Liderança Ágil que você precisa manter a atenção para garantir que as estratégias continuem condizentes com o propósito de sua organização.
3 min de leitura
Uncategorized
Há alguns anos, o modelo de capitalismo praticado no Brasil era saudado como um novo e promissor caminho para o mundo. Com os recentes desdobramentos e a mudança de cenário para a economia mundial, amplia-se a percepção de que o modelo precisa de ajustes que maximizem seus aspectos positivos e minimizem seus riscos

Sérgio Lazzarini

Gestão de Pessoas
Os resultados só chegam a partir das interações e das produções realizadas por pessoas. A estreia da coluna de Karen Monterlei, CEO da Humanecer, chega com provocações intergeracionais e perspectivas tomadas como normais.

Karen Monterlei

Liderança, times e cultura, Cultura organizacional, Gestão de pessoas
Entenda como utilizar a metodologia DISC em quatro pontos e cuidados que você deve tomar no uso deste assessment tão popular nos dias de hoje.

Valéria Pimenta

Inovação
Os Jogos Olímpicos de 2024 acabaram, mas aprendizados do esporte podem ser aplicados à inovação organizacional. Sonhar, planejar, priorizar e ter resiliência para transformar metas em realidade, são pontos que o colunista da HSM Management, Rafael Ferrari, nos traz para alcançar resultados de alto impacto.

Rafael Ferrari

6 min de leitura
Liderança, times e cultura, ESG
Conheça as 4 skills para reforçar sua liderança, a partir das reflexões de Fabiana Ramos, CEO da Pine PR.

Fabiana Ramos

ESG, Empreendedorismo, Transformação Digital
Com a onda de mudanças de datas e festivais sendo cancelados, é hora de repensar se os festivais como conhecemos perdurarão mais tempo ou terão que se reinventar.

Daniela Klaiman

ESG, Inteligência artificial e gestão, Diversidade, Diversidade
Racismo algorítimico deve ser sempre lembrado na medida em que estamos depositando nossa confiança na inteligência artificial. Você já pensou sobre esta necessidade neste futuro próximo?

Dilma Campos

Inovação
A transformação da cultura empresarial para abraçar a inovação pode ser um desafio gigante. Por isso, usar uma estratégia diferente, como conectar a empresa a um hub de inovação, pode ser a chave para desbloquear o potencial criativo e inovador de uma organização.

Juliana Burza

ESG, Diversidade, Diversidade, Liderança, times e cultura, Liderança
Conheça os seis passos necessários para a inserção saudável de indivíduos neuroatípicos em suas empresas, a fim de torná-las também mais sustentáveis.

Marcelo Franco