Gestão de Pessoas

Como treinamento e desenvolvimento podem conquistar o futuro da sua organização

Um guia sobre como planejar seu orçamento de treinamento e desenvolvimento (T&D)
É inovador insaciável, ajuda empresas a incluir pessoas através da educação tecnológica oferecida pela mesttra. Engenheiro Mecânico de formação, membro da Confraria do Empreendedor, participou de capacitações na Fundação Dom Cabral, Endeavor e Singularity University.

Compartilhar:

Não é nenhum segredo que as empresas enfrentam desafios constantes quando se trata de reter talentos qualificados em tecnologia. Mas e os que ficam? Com novas tecnologias e ferramentas surgindo todos os dias, as empresas precisam encontrar maneiras de manter seus funcionários atualizados sobre as últimas tendências e desenvolvimentos. Isto significa fornecer a eles a jornada de treinamento adequada para que possam executar seu trabalho melhor e mais rapidamente. Ao planejar o orçamento de treinamento e desenvolvimento (T&D) agora, as empresas podem ter uma vantagem inicial para garantir que seus colaboradores estejam bem equipados para o futuro.

Em um [estudo da McKinsey](https://www.mckinsey.com/featured-insights/coronavirus-leading-through-the-crisis/charting-the-path-to-the-next-normal/mind-the-skills-gap), descobriu-se que 87% das organizações já estão enfrentando uma escassez de talentos ou esperam enfrentá-la dentro de alguns anos. Além disso, um [relatório do Office Team](https://www.forbes.com/sites/victorlipman/2017/04/15/66-of-employees-would-quit-if-they-feel-unappreciated/?sh=20664ee36897) descobriu que 76% dos trabalhadores da geração millenial dizem que deixariam seus empregos se não se sentissem apreciados. Apreciação é o sentimento ou emoção positiva resultante de reconhecer o valor de alguém ou algo. Muitas vezes inclui um sentimento de admiração, respeito ou amor.

No modelo de Maslow, que mostra as necessidades do ser humano, a apreciação faz parte do quarto passo na hierarquia, das necessidades de estima. Elas desempenham um papel essencial nas ações do ser humano, já que toda pessoa age com a expectativa de ter seu esforço reconhecido e quanto maior o retorno desse reconhecimento, mais confiante e motivada ela ficará para continuar progredindo.

O passo final na hierarquia de necessidades de Maslow é a auto realização. Este é o ponto em que um indivíduo sente que atingiu todo o seu potencial e está fazendo o melhor que pode. Para alcançar a auto-realização, um indivíduo precisa ser criativo e ter um forte senso de propósito, também precisa ser capaz de pensar por si e tomar suas próprias decisões. Neste sentido, quanto mais capacitado e bem preparado, maiores são as chances de auto realização.

## O papel do T&D na mudança do futuro das organizações
Uma equipe de especialistas em T&D é essencial para as empresas, pois são responsáveis por projetar, desenvolver e executar iniciativas de aprendizado e desenvolvimento que atendam às suas necessidades. Eles trabalham com as partes interessadas para identificar as necessidades de aprendizado e, em seguida, criam soluções que atendam a elas promovendo a escala necessária. Especialistas em T&D se destacam na identificação destes requisitos de habilidades atuais e futuras e na criação de atividades de aprendizado flexíveis (por meio de meios digitais ou não) para atender às diversas necessidades da força de trabalho.

Mas e os colaboradores? Que impacto o T&D tem sobre eles? De acordo com Brandon Hall Group, “colaboradores que estão aprendendo e crescendo são mais engajados em seus empregos. Eles também são mais propensos a recomendar sua empresa como um bom lugar para trabalhar e permanecem na empresa por mais tempo”. Em outras palavras, o T&D ajuda a engajar e manter os funcionários felizes. Ao fornecer oportunidades de aprendizado e crescimento, empresas podem melhorar a produtividade e reduzir taxas de rotatividade dos colaboradores em 53%, segundo o estudo Workplace Learning Report de 2022 produzido pelo Linkedin.

## A importância de um ótimo plano de T&D
Existem alguns desafios enfrentados quando se trata de orçamento para treinamento e desenvolvimento. O primeiro passo é entender os objetivos de tecnologia da empresa: quais são as tendências do setor e como desejam que seus colaboradores atuem como resultado destes treinamentos? Depois de termos uma ideia clara dos objetivos, pode-se avaliar as capacidades atuais. Quais habilidades os funcionários possuem atualmente? E, finalmente, determinar as lacunas entre as habilidades atuais e o que é necessário para atingir as metas.

Uma maneira simples de diagnosticar estas lacunas de habilidades é realizar pesquisas para toda a empresa usando formulários online, a partir dos quais é possível clarear os entendimentos internos, as necessidades que já sabem que possuem e em quais assuntos é necessário concentrar.

O próximo desafio é decidir quanto dinheiro alocar para T&D. As [empresas brasileiras investem cerca de R$ 997 por colaborador por ano](https://abtd.com.br/documents/pesquisa-2020-21.pdf), revela o *Panorama do treinamento no Brasil 2020-21*, realizado pela Associação Brasileira de T&D (ABTD) e pela Integração Escola de Negócios. Como entender se é preciso investir mais? Muitas empresas lutam com isso porque não sabem onde e como alocar seus recursos. Possíveis ações e centros de investimento podem incluir:

– Hospedar [webinars](https://www.revistahsm.com.br/webinars) sobre temas relevantes.
– Permitir que os funcionários participem de conferências e workshops.
– Usar ferramentas de aprendizagem social, como fóruns de discussão e wikis.
– Incentivar colaboradores a fazer cursos e certificações online.
– Permitir que os funcionários trabalhem em projetos especiais.
– Implementar um sistema de gerenciamento de aprendizado (LMS).
– Oferecer treinamento interno e programas de desenvolvimento.
– Contratar terceiros para planejar e executar a gestão do conhecimento da organização.

Algumas empresas não têm certeza se o investimento em aprendizado valerá à pena no longo prazo e apenas 12% dos funcionários aplicam o que aprenderam em treinamento em seus empregos, aponta a pesquisa 24X7 Learning. Um fator-chave no cálculo do Retorno Sobre o Investimento em Treinamento (ROTI) é mensurar resultados tangíveis das iniciativas de T&D para avaliar se deve-se investir mais ou adaptar.

Alguns fatores que devem ser considerados:
– O custo das iniciativas de treinamento e desenvolvimento.
– O número de colaboradores que receberam treinamento.
– O aumento da produtividade e/ou receita como resultado do aprendizado e desenvolvimento.
– As melhorias em employer branding, taxas de engajamento e rotatividade.

Depois de mensurar todos estes fatores, é possível calcular o retorno sobre o investimento em treinamento ao dividir o aumento na produtividade ou receita pelo custo das iniciativas de T&D. O resultado pode ser calculado em porcentagem, custo-benefício ou em meses (período de retorno).

## O plano de T&D da sua empresa pavimentará o futuro?
Muitas empresas encontram-se em uma situação em que não têm funcionários talentosos suficientes para atender às suas necessidades. Isso faz com que repensem suas estratégias e procurem novas maneiras para atrair e reter os melhores talentos.

Aqueles que se mantêm à frente da concorrência olham cuidadosamente para a escassez de talentos como forma de se reinventarem: desenvolvem jornadas completas de aprimoramento para que os funcionários aprendam e desenvolvam continuamente suas habilidades e, para fazer isso com sucesso, precisam garantir que todos se sintam incluídos e valorizados.

Ao levar todos estes fatores em consideração, empresas podem obter uma melhor compreensão de quanto capital necessitam orçar para treinamento e desenvolvimento. E, ao investirem em aprendizado, melhoram significativamente sua produtividade, ao mesmo tempo que reduzem significativamente sua taxa de rotatividade.

*A comunidade Gestão PME é uma coprodução de HSM Management e Confraria do Empreendedor, com apoio de Meoo, o [serviço de carro](https://meoo.localiza.com/?utm_source=blog-hsm-comunidade&utm_medium=organico&utm_campaign=jussi-pp_localiza-meoo_topo_blog-hsm-comunidade_refarral_trafego_meoo-carro-inteligente_campanha_blog-hsh) por assinatura da Localiza.*

### CONFIRA TAMBÉM:
– [Capacitação: a chave mestra para um crescimento exponencial](https://www.revistahsm.com.br/post/capacitacao-a-chave-mestra-para-um-crescimento-exponencial)
– [Um nível a mais de personalização no aprendizado](https://www.revistahsm.com.br/post/um-nivel-a-mais-de-personalizacao-no-aprendizado)

Compartilhar:

Artigos relacionados

Calendário

Não, o ano ainda não acabou!

Em meio à letargia de fim de ano, um chamado à consciência: os últimos dias de 2024 são uma oportunidade valiosa de ressignificar trajetórias e construir propósito.

Empreendedorismo, ESG
01/01/2001
A maior parte do empreendedorismo brasileiro é feito por mulheres pretas e, mesmo assim, o crédito é majoritariamente dado às empresárias brancas. A que se deve essa diferença?
0 min de leitura
ESG, ESG, Diversidade
09/10/2050
Essa semana assistimos (atônitos!) a um CEO de uma empresa de educação postar, publicamente, sua visão sobre as mulheres.

Ana Flavia Martins

2 min de leitura
ESG
Em um mundo onde o lucro não pode mais ser o único objetivo, o Capitalismo Consciente surge como alternativa essencial para equilibrar pessoas, planeta e resultados financeiros.

Anna Luísa Beserra

3 min de leitura
Inteligência Artificial
Marcelo Murilo
Com a saturação de dados na internet e o risco de treinar IAs com informações recicladas, o verdadeiro potencial da inteligência artificial está nos dados internos das empresas. Ao explorar seus próprios registros, as organizações podem gerar insights exclusivos, otimizar operações e criar uma vantagem competitiva sólida.
13 min de leitura
Estratégia e Execução, Gestão de Pessoas
As pesquisas mostram que o capital humano deve ser priorizado para fomentar a criatividade e a inovação – mas por que ainda não incentivamos isso no dia a dia das empresas?
3 min de leitura
Transformação Digital
A complexidade nas organizações está aumentando cada vez mais e integrar diferentes sistemas se torna uma das principais dores para as grandes empresas.

Paulo Veloso

0 min de leitura
ESG, Liderança
Tati Carrelli
3 min de leitura