Dossiê HSM

Criaremos nossas vertentes da Revolução 4.0

O uso de tecnologias digitais para a bioeconomia e o esg dará vantagem competitiva ao brasil, dizem acadêmicos
Sandra Regina da Silva é colaboradora de HSM Management.

Compartilhar:

O Brasil e suas empresas talvez consigam finalmente se apropriar do conceito e das ferramentas de indústria 4.0, ou seja, aplicá-la criativamente para seus desafios específicos. Quem sugere isso é o professor da FEA-USP, Moacir Oliveira Jr.

Ele dá um exemplo do que pode ser essa apropriação: o Amazônia 4.0, projeto ambicioso que envolve a Universidade de São Paulo (USP) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). O projeto prevê realizar “pesquisa, desenvolvimento e inovação do bioma amazônico para ser útil para a sociedade”. Em outras palavras, o objetivo é criar um cluster mundial de pesquisa de bioeconomia a partir da biodiversidade da região Norte.

Como esse, há outros projetos que sinalizam essa adaptação do Brasil ao mundo das tecnologias digitais da quarta revolução industrial: hospital 4.0, agro 4.0, escola 4.0, universidade 4.0 etc. Todos deverão nos trazer vantagens competitivas, segundo Oliveira Junior.

## Revolução ESG também
Nunca se falou tanto em ESG, né? Vide a edição anterior de HSM Management anterior. Para Aldemir Drummond, VP da Fundação Dom Cabral, o futuro é de quem já entendeu que empresa só como geração de riqueza não tem futuro. “Ninguém mais duvida que o capitalismo está gerando mais exclusão e desigualdade”, diz ele. “A empresa que não tiver reconhecimento social por seu papel (nos fatores ambientais, sociais e de governança) correrá muito risco. A maioria vai se apressar para incorporar questões como a inclusão de diversidade em sua gestão”, aposta Drummond, até porque a inclusão é um tema especialmente urgente no Brasil. Somos a 12ª economia mundial e a 86ª em desenvolvimento humano (IDH).

Para Elaine Tavares, diretora do Coppead- -UFRJ, nosso atraso em relação ao mundo nas providências para reverter a desigualdade tende a tornar o ESG inadiável. “Caso contrário, veremos a pobreza crescer de forma exponencial.”

Fábio Borges, da ESPM-SP, aposta num futuro em que a gestão inclusiva ocorrerá em três esferas: contratação, consumo e abordagem na comunicação. “Não é modinha, e o debate só vai aumentar”, diz ele. A liderança inclusiva até já ganhou MBA em Harvard e Stanford.

Compartilhar:

Artigos relacionados

Zuckerberg e seu império

Leia esta crônica e se conscientize do espaço cada vez maior que as big techs ocupam em nossas vidas

Gestão de Pessoas
A história familiar molda silenciosamente as decisões dos líderes, influenciando desde a comunicação até a gestão de conflitos. Reconhecer esses padrões é essencial para criar lideranças mais conscientes e organizações mais saudáveis.

Vanda Lohn

5 min de leitura
Empreendedorismo
Afinal, o SXSW é um evento de quem vai, mas também de quem se permite aprender com ele de qualquer lugar do mundo – e, mais importante, transformar esses insights em ações que realmente façam sentido aqui no Brasil.

Dilma Campos

6 min de leitura
Uncategorized
O futuro das experiências de marca está na fusão entre nostalgia e inovação: 78% dos brasileiros têm memórias afetivas com campanhas (Bombril, Parmalat, Coca-Cola), mas resistem à IA (62% desconfiam) - o desafio é equilibrar personalização tecnológica com emoções coletivas que criam laços duradouros

Dilma Campos

7 min de leitura
Gestão de Pessoas
O aprendizado está mudando, e a forma de reconhecer habilidades também! Micro-credenciais, certificados e badges digitais ajudam a validar competências de forma flexível e alinhada às demandas do mercado. Mas qual a diferença entre eles e como podem impulsionar carreiras e instituições de ensino?

Carolina Ferrés

9 min de leitura
Inovação
O papel do design nem sempre recebe o mérito necessário. Há ainda quem pense que se trata de uma área do conhecimento que é complexa em termos estéticos, mas esse pensamento acaba perdendo a riqueza de detalhes que é compreender as capacidades cognoscíveis que nós possuímos.

Rafael Ferrari

8 min de leitura
Inovação
Depois de quatro dias de evento, Rafael Ferrari, colunista e correspondente nos trouxe suas reflexões sobre o evento. O que esperar dos próximos dias?

Rafael Ferrari

12 min de leitura
ESG
Este artigo convida os profissionais a reimaginarem a fofoca — não como um tabu, mas como uma estratégia de comunicação refinada que reflete a necessidade humana fundamental de se conectar, compreender e navegar em paisagens sociais complexas.

Rafael Ferrari

7 min de leitura
ESG
Prever o futuro vai além de dados: pesquisa revela que 42% dos brasileiros veem a diversidade de pensamento como chave para antecipar tendências, enquanto 57% comprovam que equipes plurais são mais produtivas. No SXSW 2025, Rohit Bhargava mostrou que o verdadeiro diferencial competitivo está em combinar tecnologia com o que é 'unicamente humano'.

Dilma Campos

7 min de leitura
Tecnologias exponenciais
Para líderes e empreendedores, a mensagem é clara: invista em amplitude, não apenas em profundidade. Cultive a curiosidade, abrace a interdisciplinaridade e esteja sempre pronto para aprender. O futuro não pertence aos que sabem tudo, mas aos que estão dispostos a aprender tudo.

Rafael Ferrari e Marcel Nobre

5 min de leitura
ESG
A missão incessante de Brené Brown para tirar o melhor da vulnerabilidade e empatia humana continua a ecoar por aqueles que tentam entender seu caminho. Dessa vez, vergonha, culpa e narrativas são pontos cruciais para o entendimento de seu pensamento.

Rafael Ferrari

0 min de leitura