Manda a cartilha do marketing que qualquer empresa faça o que seu cliente quer, e isso vale especialmente para uma organização que está dando seus primeiros passos. Mas o que querem os clientes brasileiros?
Ao montar nossa startup, o que descobri foi que pessoas jurídicas querem permanentemente reduzir custos, não só em tempos de crise. Então, tratamos de pesquisar e fizemos um achado: programas de qualidade de vida, além de ajudarem a atrair e reter talentosa um custo baixo, reduzem significativamente os gastos com a saúde dos colaboradores.
Segundo pesquisas científicas publicadas em jornais acadêmicos, as despesas de saúde de uma empresa costumam cair entre US$ 150 e US$ 600 por colaborador por ano quando se implementam programas de qualidade de vida. Isso dá e sobra para pagar os custos de implementação de um programa desse tipo.
Por exemplo, um trabalho científico publicado no jornal Health Affairs analisou mais de nove anos dos resultados obtidos com o programa de qualidade de vida da Johnson & Johnson nos Estados Unidos. Gerou uma economia anual em gastos com saúde de US$ 565 por colaborador em 2009 (o último ano analisado) e o retorno sobre o investimento (ROI) mostrou que, para cada dólar investido no projeto, houve retorno de US$ 1,88 a US$ 3,92 em redução de custos de saúde.
Outro estudo da mesma publicação acompanhou o programa de 22 empresas com mais de mil funcionários e o resultado impressionou: houve uma economia média em custos de saúde de US$ 358 por colaborador por ano. A lógica é simples: da mesma forma que a seguradora de seu carro cobra menos se você o deixa na garagem ou usa estacionamentos (porque a chance de roubo diminui muito), as operadoras de healthcare cobram contribuições menores de empresas cujos funcionários são mais ativos fisicamente ou mais bem nutridos.
Segundo pesquisa encomendada pelo governo norte-americano, 61% dos executivos de recursos humanos que contrataram programas de qualidade de vida têm observado reduções em custos de saúde. E não é só isso:78% reportam queda de absenteísmo (reduzindo custos) e 80% enxergam melhorias de produtividade (o que equivale a reduzir custos).
Em comum, esses programas de qualidade de vida pesquisados têm foco em pelo menos três pilares: atividade física, nutrição e antitabagismo/antialcoolismo. Nós criamos, então, uma startup que oferece redução de custos na forma de um programa de qualidade de vida baseado em atividade física, o GymPass. Creio que acertamos: os estudos mencionados realmente motivam empresários e executivos do Brasil a promover programas desse tipo.
Se você fundou ou pretende fundar uma startup B2B, já pensou em que custos está reduzindo ou pode reduzir para seu público-alvo? Deveria estar.