Durante o ATD 2025, Nancy J. Coleman, diretora da Division of Continuing Education da Harvard University, compartilhou uma visão estratégica para navegar no caos atual das iniciativas de Reskilling e Upskilling. Com uma abordagem simples e orientada para o impacto, ela trouxe clareza para profissionais de T&D em meio à proliferação de certificados, microcredenciais e plataformas de aprendizado.
1. Três Princípios Estratégicos
Coleman propôs três princípios que devem nortear qualquer estratégia de aprendizado nas organizações:
- Holística: Alinhar o treinamento aos objetivos de negócio.
- Centrada no humano: Atender às reais necessidades do aprendiz.
- Focada em impacto: Medir o que realmente importa, além das taxas de conclusão.
2. Microcertificação com Propósito
Micro certificações são reconhecidas por 95% dos empregadores como benéficas. Para líderes, elas demonstram iniciativa, vontade de aprender e facilitam a comunicação de competências. Contudo, Coleman alerta: não basta empilhar certificados — é preciso desenhar trilhas conectadas ao desenvolvimento contínuo.
3. Stackability: O Papel do T&D
Stackability é a ideia de que diferentes formatos de aprendizado — como cursos livres, microcertificações, badges digitais e até diplomas — podem ser empilhados ao longo
da vida para formar trilhas de conhecimento progressivas, modulares e personalizadas.
É como montar um “lego educacional”, em que cada peça (curso, certificado ou experiência) se conecta com outra, criando percursos únicos e adaptáveis à carreira de cada pessoa.
O papel dos profissionais de T&D, nesse cenário, é ser o arquiteto da trilha, oferecendo caminhos claros do micro ao macro.
4. Holístico é Integrado
A aprendizagem deve ser parte do fluxo de trabalho, não um evento isolado. É necessário integrar reflexão, coaching, prática e envolvimento de gestores para que a aprendizagem gere retenção sustentável.
5. Design Centrado no Humano
Aprendizes reais precisam de flexibilidade, personalização e formatos ‘just-in-time’. O design centrado no humano respeita diferentes níveis de entrada, dá voz ao aprendiz sobre como e quando aprender, e oferece plataformas práticas e acessíveis.
O diploma clássico não morreu – o ensino superior tradicional ainda tem valor, principalmente quando bem estruturado e alinhado a carreiras e competências. Mas, em um cenário em que tecnologias mudam rapidamente, funções evoluem e o ciclo de aprendizagem se encurta, as microcertificações surgem como uma resposta ágil e estratégica às novas demandas do mercado. A missão do T&D é separar o que é essencial do que é apenas modismo. Com uma abordagem centrada n