Editorial

É difícil gerenciar 1 leão, 9 tigres, 5 onças-pintadas, 7 cágados e 8 dinossauros por dia

A 152ª edição da HSM Management faz parte da série comemorativa dos 25 anos da revista e tem como tema a bola da vez da complexidade do mundo corporativo, o supply chain
CEO da HSM e coCEO da SingularityU Brazil. Pós-graduado em finanças, possui MBA com extensão na China, na França e na Inglaterra. Tem mais de 12 anos de experiência no mercado financeiro. É casado com a Marcia e coleciona discos de vinil.
CEO da HSM e coCEO da SingularityU Brazil. Pós-graduado em finanças, possui MBA com extensão na China, na França e na Inglaterra. Tem mais de 12 anos de experiência no mercado financeiro. É casado com a Marcia e coleciona discos de vinil.

Compartilhar:

Não sei se você reconheceu a referência do título, mas vem de um meme. Um menino – possivelmente um entregador – pilota sua moto e fala: “Meu irmão, eu sei que a gente tem que matar um leão por dia, mas um leão, nove ‘triggy’, cinco onça-pintada, sete cágado e oito dinossauro fica difícil, viu?!”. Graças adicionais são o uso de “triggy” no lugar de “tigre” e a combinação de plural e singular à la Adoniran Barbosa.

Memes têm um poder de dizer verdades de modo sintético e com bom humor, não é? Foi nesse meme que eu pensei quando vi que o tema do nosso *[Dossiê](https://www.revistahsm.com.br/post/supply-chain-o-gargalo-dos-gargalos)*, e da nossa capa, era o gargalo dos gargalos da cadeia de fornecimento. Realmente supply chain é a bola da vez da complexidade do mundo corporativo, e anda bem difícil gerenciá-la. Não conheço quem não esteja correndo atrás; redesenha-se tudo na área.

Nosso *Dossiê* vai ajudar, estou quase certo, a reduzir a complexidade. Ele é claro e cristalino sobre de onde viemos e para onde vamos. Não foram só a pandemia e a guerra na Ucrânia que melaram o jogo; existe um contexto novo que exige adaptações. Cenários são traçados, soluções e cases oferecidos, jogamos luzes sobre ameaças e oportunidades. (Incluindo a oportunidade de recomeçar do zero, na circularidade.)

Você também vai encontrar um artigo bem completo de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) sobre [DNVBs](https://www.revistahsm.com.br/post/dnvb-o-modelo-de-negocio-nativo-digital-e-vertical), as marcas nativas digitais verticalizadas, que têm o controle da experiência do cliente end-to-end. O texto também fala de supply chain, que é uma das fortalezas aqui. Algumas DNVBs que me ocorrem: Sallve, Amaro, LivUp e Dr. Jones. Paralelos delas entre as nativas offline verticalizadas seriam Havaianas, Natura e Reserva. Leia!

Mas nem só de fornecimento, logística e distribuição trata esta __HSM Management__. Há uma abordagem de negociação brasileira, a [Negociação 7.0](https://www.revistahsm.com.br/post/7-passos-para-a-negociacao-eficaz). Há um [algoritmo de medir cultura organizacional](https://www.revistahsm.com.br/post/um-algoritmo-para-medir-a-cultura-organizacional) também made in Brazil. Há um [case de grupos de afinidade](https://www.revistahsm.com.br/post/a-importancia-da-estrategia-em-grupos-de-afinidade) materializando o esforço de diversidade e inclusão do Telecine. Nossos colunistas estão inspirados (como sempre): [Ellen Kiss](https://www.revistahsm.com.br/post/a-intensa-guerra-dos-streamings) comenta a repercussão no Vale da queda das ações da Netflix; [Adriana Salles Gomes](https://www.revistahsm.com.br/post/a-propaganda-dissimulada-em-tempos-de-esg) faz um #tbt atualizado do stealth marketing, aproveitando o falatório em torno do episódio do Oscar envolvendo Will Smith e Chris Rock. [Jorge Forbes](https://www.revistahsm.com.br/post/saudes-mentais) dirige seu olhar pós-moderno para as saúdes mentais (assim mesmo, no plural), enquanto [Edward Tse](https://www.revistahsm.com.br/post/oportunidades-promissoras) traz a perspectiva chinesa sobre as mudanças globais. E temos uma despedida e uma chegada: [Thomaz Gomes](https://www.revistahsm.com.br/post/tapa-na-cara) nos dá um “até breve” falando de opiniões data-driven, enquanto Daniela Garcia (CEO do Instituto Capitalismo Consciente Brasil) e Francine Lemos (diretora-executiva do Sistema B Brasil) assumem as [discussões sobre “healing leadership”](https://www.revistahsm.com.br/post/geracao-de-valor-para-toda-a-rede)!

Encerro celebrando o fato de nossa entrevista de Contagem Regressiva tratar da [primeira organização autônoma descentralizada (DAO) feminina do Brasil](https://www.revistahsm.com.br/post/uma-dao-brasileira-feminina-e-com-vies-social), que começa com uma coleção de NFTs de uma famosa fotógrafa brasileira.

Leia e use todo o conteúdo sem moderação!

Compartilhar:

CEO da HSM e coCEO da SingularityU Brazil. Pós-graduado em finanças, possui MBA com extensão na China, na França e na Inglaterra. Tem mais de 12 anos de experiência no mercado financeiro. É casado com a Marcia e coleciona discos de vinil.

Artigos relacionados

Organização

A difícil arte de premiar sem capitular

Desde Alfred Nobel, o ato de reconhecer os feitos dos seres humanos não é uma tarefa trivial, mas quando bem-feita costuma resultar em ganho reputacional para que premia e para quem é premiado

Inovação
O papel do design nem sempre recebe o mérito necessário. Há ainda quem pense que se trata de uma área do conhecimento que é complexa em termos estéticos, mas esse pensamento acaba perdendo a riqueza de detalhes que é compreender as capacidades cognoscíveis que nós possuímos.

Rafael Ferrari

8 min de leitura
Inovação
Depois de quatro dias de evento, Rafael Ferrari, colunista e correspondente nos trouxe suas reflexões sobre o evento. O que esperar dos próximos dias?

Rafael Ferrari

12 min de leitura
ESG
Este artigo convida os profissionais a reimaginarem a fofoca — não como um tabu, mas como uma estratégia de comunicação refinada que reflete a necessidade humana fundamental de se conectar, compreender e navegar em paisagens sociais complexas.

Rafael Ferrari

7 min de leitura
ESG
Prever o futuro vai além de dados: pesquisa revela que 42% dos brasileiros veem a diversidade de pensamento como chave para antecipar tendências, enquanto 57% comprovam que equipes plurais são mais produtivas. No SXSW 2025, Rohit Bhargava mostrou que o verdadeiro diferencial competitivo está em combinar tecnologia com o que é 'unicamente humano'.

Dilma Campos

7 min de leitura
Tecnologias exponenciais
Para líderes e empreendedores, a mensagem é clara: invista em amplitude, não apenas em profundidade. Cultive a curiosidade, abrace a interdisciplinaridade e esteja sempre pronto para aprender. O futuro não pertence aos que sabem tudo, mas aos que estão dispostos a aprender tudo.

Rafael Ferrari e Marcel Nobre

5 min de leitura
ESG
A missão incessante de Brené Brown para tirar o melhor da vulnerabilidade e empatia humana continua a ecoar por aqueles que tentam entender seu caminho. Dessa vez, vergonha, culpa e narrativas são pontos cruciais para o entendimento de seu pensamento.

Rafael Ferrari

0 min de leitura
Tecnologias exponenciais
A palestra de Amy Webb foi um chamado à ação. As tecnologias que moldarão o futuro – sistemas multiagentes, biologia generativa e inteligência viva – estão avançando rapidamente, e precisamos estar atentos para garantir que sejam usadas de forma ética e sustentável. Como Webb destacou, o futuro não é algo que simplesmente acontece; é algo que construímos coletivamente.

Glaucia Guarcello

5 min de leitura
Tecnologias exponenciais
O avanço do AI emocional está revolucionando a interação humano-computador, trazendo desafios éticos e de design para cada vez mais intensificar a relação híbrida que veem se criando cotidianamente.

Glaucia Guarcello

7 min de leitura
Tecnologias exponenciais
No SXSW 2025, Meredith Whittaker alertou sobre o crescente controle de dados por grandes empresas e governos. A criptografia é a única proteção real, mas enfrenta desafios diante da vigilância em massa e da pressão por backdoors. Em um mundo onde IA e agentes digitais ampliam a exposição, entender o que está em jogo nunca foi tão urgente.

Marcel Nobre

5 min de leitura
Tecnologias exponenciais
As redes sociais prometeram revolucionar a forma como nos conectamos, mas, décadas depois, é justo perguntar: elas realmente nos aproximaram ou nos afastaram?

Marcel Nobre

7 min de leitura