Finanças
4 min de leitura

Estratégias eficazes para captação de recursos de inovação

Em um mercado cada vez mais competitivo, a inovação se destaca como fator crucial para o crescimento empresarial. Porém, transformar ideias inovadoras em realidade requer compreender as principais fontes de fomento disponíveis no Brasil, como BNDES, FINEP e Embrapii, além de adotar uma abordagem estratégica na elaboração de projetos robustos.

Compartilhar:

No dinâmico e competitivo mundo dos negócios, a inovação transcende a mera necessidade, atuando como motor propulsor do crescimento e da expansão para novos mercados. Empresas que desejam se destacar e liderar setores devem investir continuamente em novas ideias, tecnologias e processos. A inovação é um risco e para não comprometer o fluxo de caixa da empresa, a captação de recursos emerge como um grande diferencial estratégico. No entanto, para alcançar o sucesso neste processo, é importante compreender a dinâmica que está relacionada a elaboração de um projeto de inovação, garantindo assim uma abordagem eficaz e bem-sucedida na obtenção destes financiamentos.

O primeiro passo neste processo é a compreensão das fontes de fomento com recursos disponíveis, que devem ser mapeadas. O Plano Nova Indústria Brasil, com aporte inicial de 300 bilhões destinados à inovação, atua com estes recursos entre o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) e a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii). Cada uma destas fontes de fomento possui abordagens distintas para operacionalização dos recursos. Quando o assunto é financiamento para inovação tanto a FINEP quanto o BNDES possuem linhas específicas que se destacam por suas taxas de juros reduzidas, prazos de carência ampliados e períodos de amortização mais longos, proporcionando condições vantajosas para as empresas inovadoras.

Após a identificação e mapeamento das fontes de fomento e recursos disponíveis, é essencial adotar uma abordagem assertiva na elaboração do seu projeto de inovação. Embora possa parecer evidente, há aspectos essenciais que devem ser considerados antes de iniciar todo o processo:

  • Qual é a inovação que está sendo proposta: trata-se do desenvolvimento ou aprimoramento de produtos, plataformas, melhoria de processos ou serviços, ou ainda a adoção de novas tecnologias?
  • Quais são os principais desafios enfrentados com o novo projeto?
    Qual é a expertise da equipe de pesquisa e desenvolvimento que estará envolvida?
  • Qual é o cronograma de desenvolvimento do projeto?
  • Qual é a relevância da inovação e o principal diferencial frente ao que já existe no mercado?
  • Quais são os principais resultados esperados?
  • Qual é o montante de recursos financeiros necessários para o projeto, conforme o cronograma levantado?
  • Quais são os principais itens a serem financiados?
  • Quem são os principais concorrentes e produtos substitutos?
  • Quem são os potenciais clientes?
  • Como e onde a inovação será comercializada?
  • Qual a estratégia de marketing e vendas?

As reflexões apresentadas acima oferecem apenas alguns insights que servem de base quando o assunto é o início do processo de elaboração de um projeto, especialmente no contexto de financiamento para inovação. Essas perguntas norteadoras proporcionam maior clareza. No entanto quanto se trata de editais não reembolsáveis, a depender da fonte de fomento, a complexidade dos dados entra em um nível muito mais profundo.

A elaboração de um plano de financiamento robusto, que considere os desafios, necessidades e estratégias de mercado, é fundamental para garantir não somente que os projetos recebam o recurso pretendido, mas também alcance o impacto desejado. Com uma visão clara e uma estratégia bem definida é possível transformar ideias inovadoras em realidades de mercado, contribuindo para o fortalecimento e crescimento da sua empresa e do ecossistema de inovação brasileiro.

Compartilhar:

Artigos relacionados

Saúde Mental da Geração Z: mitigando a demissão silenciosa por meio  da gamificação

Após a pandemia, a Geração Z que ingressa no mercado de trabalho aderiu ao movimento do “quiet quitting”, realizando apenas o mínimo necessário em seus empregos por falta de satisfação. Pesquisa da Mckinsey mostra que 25% da Geração Z se sentiram mais ansiosos no trabalho, quase o dobro das gerações anteriores. Ambientes tóxicos, falta de reconhecimento e não se sentirem valorizados são alguns dos principais motivos.

O Crescimento Sustentável e Inclusivo depende das empresas

Otimizar processos para gerar empregos de melhor qualidade e remuneração, desenvolver produtos e serviços acessíveis para a população de baixa renda e investir em tecnologias disruptivas que possibilitem a criação de novos modelos de negócios inclusivos são peças-chave nessa remontagem da sociedade no mundo

Estratégias eficazes para captação de recursos de inovação

Em um mercado cada vez mais competitivo, a inovação se destaca como fator crucial para o crescimento empresarial. Porém, transformar ideias inovadoras em realidade requer compreender as principais fontes de fomento disponíveis no Brasil, como BNDES, FINEP e Embrapii, além de adotar uma abordagem estratégica na elaboração de projetos robustos.

Os 5 maiores mitos sobre IA no RH – e o que realmente importa

Em meio aos mitos sobre IA no RH, empresas que proíbem seu uso enfrentam um paradoxo: funcionários já utilizam ferramentas como ChatGPT por conta própria. Casos práticos mostram que, quando bem implementada, a tecnologia revoluciona desde o onboarding até a gestão de performance.

Gestão de Pessoas
Superar vieses cognitivos é crucial para inovar e gerar mudanças positivas, exigindo uma abordagem estratégica e consciente na tomada de decisões.

Lilian Cruz

Transformação Digital, Marketing e vendas, Marketing Business Driven, Marketing business-driven
Crescimento dos festivais de música pós-pandemia oferece às marcas uma chance única de engajamento e visibilidade autêntica.

Kika Brandão

Gestão de pessoas, Liderança, Liderança, times e cultura
Explorando como mudanças intencionais e emergentes moldam culturas organizacionais através do framework ‘3As’ de Dave Snowden, e como a compreensão de assemblages pode ajudar na navegação e adaptação em sistemas sociais complexos.

Manoel Pimentel

Inteligência artificial e gestão, Transformação Digital
A GenAI é uma ótima opção para nos ajudar em questões cotidianas, principalmente em nossos negócios. Porém, precisamos ter cautela e parar essa reprodutibilidade desenfreada.

Rafael Rez

Transformação Digital
A preocupação com o RH atual é crescente e fizemos questão de questionar alguns pontos viscerais existentes que Ricardo Maravalhas, CEO da DPOnet, trouxe com clareza e paciência.

HSM Management

Uncategorized
A saúde mental da mulher brasileira enfrenta desafios complexos, exacerbados por sobrecarga de responsabilidades, desigualdade de gênero e falta de apoio, exigindo ações urgentes para promover equilíbrio e bem-estar.

Letícia de Oliveira Alves e Ana Paula Moura Rodrigues

ESG
A crescente frequência de desastres naturais destaca a importância crucial de uma gestão hídrica urbana eficaz, com as "cidades-esponja" emergindo como soluções inovadoras para enfrentar os desafios climáticos globais e promover a resiliência urbana.

Guilherme Hoppe

Gestão de Pessoas
Como podemos entender e praticar o verdadeiro networking para nos beneficiar!

Galo Lopez

Cultura organizacional, Gestão de pessoas, Liderança, times e cultura, Liderança
Na coluna deste mês, Alexandre Waclawovsky explora o impacto das lideranças autoritárias e como os colaboradores estão percebendo seu próprio impacto no trabalho.

Alexandre Waclawovsky

Marketing Business Driven, Comunidades: Marketing Makers, Marketing e vendas
Eis que Philip Kotler lança, com outros colegas, o livro “Marketing H2H: A Jornada do Marketing Human to Human” e eu me lembro desse tema ser tão especial para mim que falei sobre ele no meu primeiro artigo publicado no Linkedin, em 2018. Mas, o que será que mudou de lá para cá?

Juliana Burza