Uncategorized

GM avança na corrida pelo carro autônomo

Em uma reviravolta, a tradicional montadora parece ultrapassar a inovadora Tesla, que ficou prejudicada pelo acidente fatal de 2016

Compartilhar:

A terceira versão de seu carro autônomo da General Motors seria o primeiro modelo a apresentar “os níveis de segurança necessários para rodar sem motorista”. “Não existe outro carro como este”, escreveu, em seu blog, Kyle Vogt, CEO da Cruise Automation, startup controlada pela GM para atuar no mercado de veículos autônomos. 

Os brasileiros conheceram o Chevrolet Bolt EV no Salão do Automóvel de 2016, em São Paulo, mas era o modelo na versão convencional – com motorista –, que, importado, deve chegar por R$ 290 mil ao Brasil, embora saia por US$ 30 mil nos EUA. 

Segundo a revista _Fast Company_, o aspecto mais importante do Chevrolet Bolt EV autônomo é o fato de que, em janeiro de 2017, a GM já estava pronta para produzi-lo em larga escala – só faltava a lei autorizar. Sua fábrica em Lake Orion, no estado norte-americano de Michigan, tem capacidade para produzir 100 mil unidades por ano. 

Como o carro autônomo vai entrar no mercado? 

O plano da GM é começar por adicioná-lo à frota que atende os próprios funcionários da Cruise em San Francisco, EUA, mas ainda com motorista. E isso está previsto para acontecer logo, segundo fontes da empresa. 

**EFEITO DO ACIDENTE**

E os outros participantes desse mercado potencial? 

A Tesla, por exemplo, tem trabalhado nessa tecnologia por muito tempo e foi a primeira a levar novas possibilidades de controle automático para os clientes. Posicionou-se tão agressivamente como detentora da tecnologia da direção autônoma que alguns motoristas desavisados passaram controle demais ao veículo. 

Em 2016, um Tesla Model S autoguiado bateu em um caminhão enquanto fazia uma curva para a esquerda, em um acidente fatal. O motorista havia acionado o sistema de autopilotagem, que controla a velocidade do carro com base nos veículos à frente e o mantém nos limites da pista. As autoridades dos Estados Unidos concluíram em junho, contudo, que não houve falha do sistema; este teria dado vários avisos ao motorista da necessidade de ele colocar as mãos no volante – em mais de 37 minutos, houve registro de ele segurar o volante por apenas 25 segundos. 

O acidente impactou a imagem da tecnologia do carro autônomo, mas teve outro efeito: abriu caminho para montadoras tradicionais como a GM reivindicarem a dianteira na corrida por esse mercado. A disputa será boa.

Compartilhar:

Artigos relacionados

Organização

A difícil arte de premiar sem capitular

Desde Alfred Nobel, o ato de reconhecer os feitos dos seres humanos não é uma tarefa trivial, mas quando bem-feita costuma resultar em ganho reputacional para que premia e para quem é premiado

Liderança
A liderança eficaz exige a superação de modelos ultrapassados e a adoção de um estilo que valorize autonomia, diversidade e tomada de decisão compartilhada. Adaptar-se a essa nova realidade é essencial para impulsionar resultados e construir equipes de alta performance.

Rubens Pimentel

6 min de leitura
Tecnologias exponenciais
O DeepSeek, modelo de inteligência artificial desenvolvido na China, emerge como força disruptiva que desafia o domínio das big techs ocidentais, propondo uma abordagem tecnológica mais acessível, descentralizada e eficiente. Desenvolvido com uma estratégia de baixo custo e alto desempenho, o modelo representa uma revolução que transcende aspectos meramente tecnológicos, impactando dinâmicas geopolíticas e econômicas globais.

Leandro Mattos

0 min de leitura
Empreendedorismo
País do sudeste asiático lidera o ranking educacional PISA, ao passo que o Brasil despencou da 51ª para a 65ª posição entre o início deste milênio e a segunda década, apostando em currículos focados em resolução de problemas, habilidades críticas e pensamento analítico, entre outros; resultado, desde então, tem sido um brutal impacto na produtividade das empresas

Marina Proença

5 min de leitura
Empreendedorismo
A proficiência amplia oportunidades, fortalece a liderança e impulsiona carreiras, como demonstram casos reais de ascensão corporativa. Empresas visionárias que investem no desenvolvimento linguístico de seus talentos garantem vantagem competitiva, pois comunicação eficaz e domínio do inglês são fatores decisivos para inovação, negociação e liderança no cenário global.

Gilberto de Paiva Dias

9 min de leitura
Tecnologias exponenciais
Com o avanço da inteligência artificial, a produção de vídeos se tornou mais acessível e personalizada, permitindo locuções humanizadas, avatares realistas e edições automatizadas. No entanto, o uso dessas tecnologias exige responsabilidade ética para evitar abusos. Equilibrando inovação e transparência, empresas podem transformar a comunicação e o aprendizado, criando experiências imersivas que inspiram e engajam.

Luiz Alexandre Castanha

4 min de leitura
Empreendedorismo
A inteligência cultural é um diferencial estratégico para líderes globais, permitindo integrar narrativas históricas e práticas locais para impulsionar inovação, colaboração e impacto sustentável.

Angelina Bejgrowicz

7 min de leitura
Empreendedorismo
A intencionalidade não é a solução para tudo, mas é o que transforma escolhas em estratégias e nos permite navegar a vida com mais clareza e propósito.

Isabela Corrêa

6 min de leitura
Liderança
Construir e consolidar um posicionamento executivo é essencial para liderar com clareza, alinhar valores e princípios à gestão e impulsionar o desenvolvimento de carreira. Um posicionamento bem definido orienta decisões, fortalece relações profissionais e contribui para um ambiente de trabalho mais ético, produtivo e sustentável.

Rubens Pimentel

4 min de leitura
Empreendedorismo
Impacto social e sustentabilidade financeira não são opostos – são aliados essenciais para transformar vidas de forma duradoura. Entender essa relação foi o que permitiu ao Aqualuz crescer e beneficiar milhares de pessoas.

Anna Luísa Beserra

5 min de leitura
ESG
Infelizmente a inclusão tem sofrido ataques nas últimas semanas. Por isso, é necessário entender que não é uma tendência, mas uma necessidade estratégica e econômica. Resistir aos retrocessos é garantir um futuro mais justo e sustentável.

Carolina Ignarra

0 min de leitura