Liderança
6 min de leitura

Inteligência Emocional: a ferramenta indispensável para os líderes

Valorizar o bem-estar e a saúde emocional dos colaboradores é essencial para um ambiente de trabalho saudável e para impulsionar resultados sólidos, com lideranças empáticas e conectadas sendo fundamentais para o crescimento sustentável das empresas.
Diretora de Recursos Humanos na Ascenty

Compartilhar:

Promover um ambiente de trabalho saudável está ligado diretamente a resultados sólidos de negócios. Recentemente li uma pesquisa no Jornal de Medicina Ocupacional que reforça isso, mostrando que empresas que são premiadas por iniciativas de segurança do colaborador, saúde mental e bem estar obtiveram um crescimento médio de 115% nos seus lucros por ação.

Por isso, pessoas são o maior ativo que uma empresa possui. Quando os colaboradores se sentem acolhidos, compreendidos e têm conexões saudáveis com seus líderes, geralmente a sua motivação para contribuir com o sucesso da empresa cresce significativamente.

E cabe aos times de recursos humanos tomar esse  papel para si, dando prioridade ao bem-estar emocional dos colaboradores e promovendo uma cultura de respeito mútuo.

Para mim, que trabalho em uma empresa que mantém SLAs de praticamente 100% e  conquistou diversas certificações nos mais variados âmbitos, colocar o colaborador em primeiro lugar é mais do que uma tendência, precisa ser uma realidade constante. Afinal, em oposto à pressão, o que as empresas precisam trabalhar é a conexão verdadeira entre líderes e colaboradores, já que está nesta relação a chave para o sucesso.

Já noto uma evolução na valorização crescente das características ligadas à inteligência emocional e ao desenvolvimento de relacionamentos interpessoais verdadeiros – hoje 71% das empresas valorizam mais inteligência emocional do que hard skills – ainda há que se treinar e capacitar os líderes para que isso se consolide de vez.

Treinamentos constantes e diferenciados para cada nível da empresa – focados em suas necessidades primordiais de resultados e de conexão interpessoal – são a principal ferramenta para isso. Além disso, reuniões de feedbacks, um canal de comunicação aberto entre líderes e liderados, assim como o desenvolvimento de uma cultura organizacional sólida – que é uma consequência dos pontos anteriores – vêm para auxiliar em um bom desempenho no mercado.

Somam-se à necessidade de empatia e conexão outras capacidades que precisam fazer parte do dia a dia de um líder para que sua equipe se sinta segura ao seu lado e que a empresa prospere. A escuta ativa, a flexibilidade para negociar aspectos do dia a dia e a capacidade de se comunicar abertamente são algumas delas.

Inclusive, alguns destes aspectos estão contidos em um relatório apresentado recentemente pelo Fórum Econômico Mundial, que listou as habilidades mais importantes para o ambiente corporativo e colocou entre elas o pensamento analítico e criativo, a inteligência emocional, a resiliência, a flexibilidade e a agilidade.

Acredito que o futuro da liderança precisa passar por uma mudança grande no sentido de uma valorização cada vez maior das características ligadas à inteligência emocional e ao desenvolvimento de relacionamentos interpessoais verdadeiros com os liderados. Somente assim os líderes podem verdadeiramente apoiar, junto com equipes engajadas, o crescimento sustentável das empresas.

Compartilhar:

Artigos relacionados

Homo confusus no trabalho: Liderança, negociação e comunicação em tempos de incerteza

Em um mundo sem mapas claros, o profissional do século 21 não precisa ter todas as respostas – mas sim coragem para sustentar as perguntas certas.
Neste artigo, exploramos o surgimento do homo confusus, o novo ser humano do trabalho, e como habilidades como liderança, negociação e comunicação intercultural se tornam condições de sobrevivência em tempos de ambiguidade, sobrecarga informacional e transformações profundas nas relações profissionais.

Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho
10 de novembro de 2025
A arquitetura de software deixou de ser apenas técnica: hoje, ela é peça-chave para transformar estratégia em inovação real, conectando visão de negócio à entrega de valor com consistência, escalabilidade e impacto.

Diego Souza - Principal Technical Manager no CESAR, Dayvison Chaves - Gerente do Ambiente de Arquitetura e Inovação e Diego Ivo - Gerente Executivo do Hub de Inovação, ambos do BNB

8 minutos min de leitura
Bem-estar & saúde
7 de novembro de 2025

Luciana Carvalho - CHRO da Blip, e Ricardo Guerra - líder do Wellhub no Brasil

4 minutos min de leitura
Cultura organizacional, Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho
6 de novembro de 2025
Incluir é mais do que contratar - é construir trajetórias. Sem estratégia, dados e cultura de cuidado, a inclusão de pessoas com deficiência segue sendo apenas discurso.

Carolina Ignarra - CEO da Talento Incluir

5 minutos min de leitura
Liderança
5 de novembro de 2025
Em um mundo sem mapas claros, o profissional do século 21 não precisa ter todas as respostas - mas sim coragem para sustentar as perguntas certas. Neste artigo, exploramos o surgimento do homo confusus, o novo ser humano do trabalho, e como habilidades como liderança, negociação e comunicação intercultural se tornam condições de sobrevivência em tempos de ambiguidade, sobrecarga informacional e transformações profundas nas relações profissionais.

Angelina Bejgrowicz - Fundadora e CEO da AB – Global Connections

12 minutos min de leitura
Bem-estar & saúde
4 de novembro de 2025

Tatiana Pimenta - Fundadora e CEO da Vittude

3 minutos min de leitura
Liderança
3 de novembro de 2025
Em um mundo cada vez mais automatizado, liderar com empatia, propósito e presença é o diferencial que transforma equipes, fortalece culturas e impulsiona resultados sustentáveis.

Carlos Alberto Matrone - Consultor de Projetos e Autor

7 minutos min de leitura
Tecnologia & inteligencia artificial
1º de novembro de 2025
Aqueles que ignoram os “Agentes de IA” podem descobrir em breve que não foram passivos demais, só despreparados demais.

Atila Persici Filho - COO da Bolder

8 minutos min de leitura
Tecnologia & inteligencia artificial
31 de outubro de 2025
Entenda como ataques silenciosos, como o ‘data poisoning’, podem comprometer sistemas de IA com apenas alguns dados contaminados - e por que a governança tecnológica precisa estar no centro das decisões de negócios.

Rodrigo Pereira - CEO da A3Data

6 minutos min de leitura
Inovação & estratégia, Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho
30 de ouutubro de 2025
Abandonando o papel de “caçador de bugs” e se tornando um “arquiteto de testes”: o teste como uma função estratégica que molda o futuro do software

Eric Araújo - QA Engineer do CESAR

7 minutos min de leitura
Liderança
29 de outubro de 2025
O futuro da liderança não está no controle, mas na coragem de se autoconhecer - porque liderar os outros começa por liderar a si mesmo.

José Ricardo Claro Miranda - Diretor de Operações da Paschoalotto

2 minutos min de leitura

Baixe agora mesmo a nossa nova edição!

Dossiê #169

TECNOLOGIAS MADE IN BRASIL

Não perdemos todos os bondes; saiba onde, como e por que temos grandes oportunidades de sucesso (se soubermos gerenciar)

Baixe agora mesmo a nossa nova edição!

Dossiê #169

TECNOLOGIAS MADE IN BRASIL

Não perdemos todos os bondes; saiba onde, como e por que temos grandes oportunidades de sucesso (se soubermos gerenciar)