Promover um ambiente de trabalho saudável está ligado diretamente a resultados sólidos de negócios. Recentemente li uma pesquisa no Jornal de Medicina Ocupacional que reforça isso, mostrando que empresas que são premiadas por iniciativas de segurança do colaborador, saúde mental e bem estar obtiveram um crescimento médio de 115% nos seus lucros por ação.
Por isso, pessoas são o maior ativo que uma empresa possui. Quando os colaboradores se sentem acolhidos, compreendidos e têm conexões saudáveis com seus líderes, geralmente a sua motivação para contribuir com o sucesso da empresa cresce significativamente.
E cabe aos times de recursos humanos tomar esse papel para si, dando prioridade ao bem-estar emocional dos colaboradores e promovendo uma cultura de respeito mútuo.
Para mim, que trabalho em uma empresa que mantém SLAs de praticamente 100% e conquistou diversas certificações nos mais variados âmbitos, colocar o colaborador em primeiro lugar é mais do que uma tendência, precisa ser uma realidade constante. Afinal, em oposto à pressão, o que as empresas precisam trabalhar é a conexão verdadeira entre líderes e colaboradores, já que está nesta relação a chave para o sucesso.
Já noto uma evolução na valorização crescente das características ligadas à inteligência emocional e ao desenvolvimento de relacionamentos interpessoais verdadeiros – hoje 71% das empresas valorizam mais inteligência emocional do que hard skills – ainda há que se treinar e capacitar os líderes para que isso se consolide de vez.
Treinamentos constantes e diferenciados para cada nível da empresa – focados em suas necessidades primordiais de resultados e de conexão interpessoal – são a principal ferramenta para isso. Além disso, reuniões de feedbacks, um canal de comunicação aberto entre líderes e liderados, assim como o desenvolvimento de uma cultura organizacional sólida – que é uma consequência dos pontos anteriores – vêm para auxiliar em um bom desempenho no mercado.
Somam-se à necessidade de empatia e conexão outras capacidades que precisam fazer parte do dia a dia de um líder para que sua equipe se sinta segura ao seu lado e que a empresa prospere. A escuta ativa, a flexibilidade para negociar aspectos do dia a dia e a capacidade de se comunicar abertamente são algumas delas.
Inclusive, alguns destes aspectos estão contidos em um relatório apresentado recentemente pelo Fórum Econômico Mundial, que listou as habilidades mais importantes para o ambiente corporativo e colocou entre elas o pensamento analítico e criativo, a inteligência emocional, a resiliência, a flexibilidade e a agilidade.
Acredito que o futuro da liderança precisa passar por uma mudança grande no sentido de uma valorização cada vez maior das características ligadas à inteligência emocional e ao desenvolvimento de relacionamentos interpessoais verdadeiros com os liderados. Somente assim os líderes podem verdadeiramente apoiar, junto com equipes engajadas, o crescimento sustentável das empresas.