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Líderes Inspiram por Integrarem Vida Pessoal

Pesquisa Carreira dos Sonhos – 2016 coloca os holofotes sobre a liderança que simboliza (e valoriza) a integração entre esfera profissional e privada

Danilca Galdini

Diretora da Nextview People, o braço de pesquisas do Grupo DMRH....

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Os líderes mais admirados agora são os capazes de integrar vida profissional e pessoal. É o que mostra nossa pesquisa Carreira dos Sonhos, de 2016, uma ampliação do estudo Empresas dos Sonhos que a Nextview People e a Cia de Talentos vem realizando há 15 anos. Aumentando o foco, o levantamento passou a investigar as aspirações de carreira e os modelos de líderes não apenas dos jovens brasileiros, como também da média gerência e dos executivos seniores. 

A maior descoberta é que os três públicos estão buscando, mais do que um equilíbrio meio a meio, uma integração entre vida pessoal e trabalho e, por isso, sentem-se inspirados por líderes que consigam fazer isso e deem o exemplo. A liderança que inspira é a que, de um lado, mostra esforço, capacidade de desenvolver pessoas e negócios, conquistas, coerência e transparência e, de outro, valoriza a vida pessoal e a saúde. 

A pesquisa de 2016 deixa claro, ainda, que a hierarquia está sendo desafiada e perdendo importância. O líder inspirador não é o chefe que manda e deve ser obedecido, mas alguém autoconsciente e pronto para desenvolver pessoas e negócios, como já dito. 

O líder inspirador também é mais relevante no atual cenário de negócios (marcado por mudanças inesperadas provocadas pelos avanços tecnológicos), porque os talentos são a nova frente de batalha corporativa, não o dinheiro – e talentos requerem inspiração. Assim, se o líder não inspira as pessoas, a competitividade das empresas fica comprometida. 

Outro aspecto que salta aos olhos é que, na opinião dos entrevistados, os líderes precisam ser formados pelas organizações. A explicação? O líder é o responsável por fazer a ponte entre as pessoas e a cultura corporativa. São o profundo conhecimento e o alinhamento dos profissionais com o propósito e a cultura da empresa que permitem dar a necessária autonomia para que os colaboradores tomem decisões rápidas, garantindo a inovação, a adaptação a novas realidades, a competitividade. 

**O RANKING**

Não é à toa que Abilio Diniz e Jorge Paulo Lemann aparecem na pesquisa entre os líderes empresariais mais admirados pelos jovens, pela média gerência e pelos altos executivos. 

Abilio Diniz é, a um só tempo, referência de realização profissional e de integração entre os diferentes aspectos da vida; ele é visto como um executivo de sucesso que consegue investir no próprio bem-estar e na família. Representa, para os gestores da média e da alta gerência, o que eles mais querem hoje: integrar carreira e vida pessoal e familiar. 

Jorge Paulo Lemann, esportista, também inspira por ter um propósito de vida e é, por sua visão de empreendedor e gestor, associado a esforço, conquistas e desenvolvimento de pessoas e negócios. Ele ainda é ligado ao conceito de transparência, devido a sua defesa da meritocracia como base para tomar decisões. Para o público jovem, o líder do fundo 3G é o maior modelo. 

![](https://revista-hsm-public.s3.amazonaws.com/uploads/953b1337-d06a-4379-b745-08050130a944.jpeg)

**MENOR DIFERENÇA ENTRE AS GERAÇÕES**

As fronteiras entre as gerações estão mais sutis, conforme a análise dos resultados da pesquisa. Por exemplo, na resposta sobre quais são as três coisas mais importantes na vida dos entrevistados, os três públicos relacionaram sucesso profissional e boa relação familiar entre suas prioridades. Apenas muda a posição em que os dois fatores aparecem, compreensível pelo momento de carreira de cada um. Sucesso vem antes de família para os jovens e para a média gerência, enquanto a alta liderança, que já somou mais conquistas profissionais, coloca o sucesso em segundo lugar e a boa relação familiar em primeiro.

Não há dúvida de que o fato de vivermos em um mundo no qual as pessoas têm mais liberdade para ser o que quiserem contribui para que as gerações se confundam mais. A pesquisa confirma: há jovens com perfis comportamentais dos mais velhos e vice-versa.

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