Uncategorized

Não podemos perder esse trem

Guilherme Soárez, CEO da HSM

Compartilhar:

A fabricante de eletrodomésticos Haier está fazendo suas máquinas de lavar e seus refrigeradores sob demanda na China. Os consumidores escolhem (em seus computadores, em smartphones ou em quiosques nas lojas da Haier) os recursos que querem e essas especificações são transmitidas direto para a linha de montagem chinesa. Tamanha customização só é possível graças a um movimento que está sendo considerado a quarta revolução industrial. 

Relembrando as aulas de história, a primeira revolução aconteceu na Inglaterra no século 18, com a chegada do motor a vapor (elegantemente representado na locomotiva de nossa capa) e do tear mecânico. A segunda veio no início do século 20, com a disseminação da energia elétrica e a fabricação em massa, por meio da linha de montagem. A terceira revolução, após a Segunda Guerra Mundial, teve seu gatilho no computador. E que tecnologia move a quarta? 

Nosso excelente artigo de capa, baseado em uma pesquisa da PwC e escrito por consultores da PwC e da Strategy&, explica que a quarta revolução industrial se deve a uma combinação de tecnologias digitais que misturam o mundo físico e o virtual, como robótica avançada e inteligência artificial, sensores sofisticados, computação em nuvem, internet das coisas (IoT), captura e análise de dados, manufatura digital (incluindo impressão 3D), smartphones etc. 

Dos mais de 2 mil entrevistados pela PwC em 26 países, um terço afirmou que sua empresa já está incorporando a quarta revolução industrial e 72% esperavam chegar a esse ponto em 2020. 

Bem ou mal, o Brasil pegou as três revoluções industriais anteriores, mas e essa quarta? Segundo avaliação da Confederação Nacional da Indústria, estamos atrasados – quase tão atrasa dos quanto alguns dos nadadores desta Olimpíada nas provas em que os recordes mundiais são batidos. 

Esta edição sugere seis medidas que as empresas podem tomar se quiserem escapar da sina do atraso, com a finalidade de ganhar eficiência, identificar e aproveitar oportunidades de crescimento, tomar decisões melhores. 

E tem mais, é claro. Assim como os desafios de nossos gestores não param na indústria 4.0, não nos limitamos a oferecer soluções nesse campo. Ainda trazemos ensinamentos do expert em economia comportamental Dan Ariely para ter mais racionalidade nas decisões em tempo de crise e lições de Julian Birkinshaw para descongestionar a agenda, inspiradas no trânsito. 

Por fim, também falamos de como redes sociais internas podem impulsionar a colaboração e como os corações e mentes dos funcionários são conquistados na prática, entre outras coisas. Não perca o trem.

Compartilhar:

Artigos relacionados

Organização

A difícil arte de premiar sem capitular

Desde Alfred Nobel, o ato de reconhecer os feitos dos seres humanos não é uma tarefa trivial, mas quando bem-feita costuma resultar em ganho reputacional para que premia e para quem é premiado

Empreendedorismo
Alinhando estratégia, cultura organizacional e gestão da demanda, a indústria farmacêutica pode superar desafios macroeconômicos e garantir crescimento sustentável.

Ricardo Borgatti

5 min de leitura
Empreendedorismo
A Geração Z não está apenas entrando no mercado de trabalho — está reescrevendo suas regras. Entre o choque de valores com lideranças tradicionais, a crise da saúde mental e a busca por propósito, as empresas enfrentam um desafio inédito: adaptar-se ou tornar-se irrelevantes.

Átila Persici

8 min de leitura
Tecnologias exponenciais
A matemática, a gramática e a lógica sempre foram fundamentais para o desenvolvimento humano. Agora, diante da ascensão da IA, elas se tornam ainda mais cruciais—não apenas para criar a tecnologia, mas para compreendê-la, usá-la e garantir que ela impulsione a sociedade de forma equitativa.

Rodrigo Magnago

4 min de leitura
ESG
Compreenda como a parceria entre Livelo e Specialisterne está transformando o ambiente corporativo pela inovação e inclusão

Marcelo Vitoriano

4 min de leitura
Tecnologias exponenciais
O anúncio do Majorana 1, chip da Microsoft que promete resolver um dos maiores desafios do setor – a estabilidade dos qubits –, pode marcar o início de uma nova era. Se bem-sucedido, esse avanço pode destravar aplicações transformadoras em segurança digital, descoberta de medicamentos e otimização industrial. Mas será que estamos realmente próximos da disrupção ou a computação quântica seguirá sendo uma promessa distante?

Leandro Mattos

6 min de leitura
Tecnologias exponenciais
Entenda como a ReRe, ao investigar dados sobre resíduos sólidos e circularidade, enfrenta obstáculos diários no uso sustentável de IA, por isso está apostando em abordagens contraintuitivas e na validação rigorosa de hipóteses. A Inteligência Artificial promete transformar setores inteiros, mas sua aplicação em países em desenvolvimento enfrenta desafios estruturais profundos.

Rodrigo Magnago

4 min de leitura
Liderança
As tendências de liderança para 2025 exigem adaptação, inovação e um olhar humano. Em um cenário de transformação acelerada, líderes precisam equilibrar tecnologia e pessoas, promovendo colaboração, inclusão e resiliência para construir o futuro.

Maria Augusta Orofino

4 min de leitura
Finanças
Programas como Finep, Embrapii e a Plataforma Inovação para a Indústria demonstram como a captação de recursos não apenas viabiliza projetos, mas também estimula a colaboração interinstitucional, reduz riscos e fortalece o ecossistema de inovação. Esse modelo de cocriação, aliado ao suporte financeiro, acelera a transformação de ideias em soluções aplicáveis, promovendo um mercado mais dinâmico e competitivo.

Eline Casasola

4 min de leitura
Empreendedorismo
No mundo corporativo, insistir em abordagens tradicionais pode ser como buscar manualmente uma agulha no palheiro — ineficiente e lento. Mas e se, em vez de procurar, queimássemos o palheiro? Empresas como Slack e IBM mostraram que inovação exige romper com estruturas ultrapassadas e abraçar mudanças radicais.

Lilian Cruz

5 min de leitura
ESG
Conheça as 8 habilidades necessárias para que o profissional sênior esteja em consonância com o conceito de trabalhabilidade

Cris Sabbag

6 min de leitura