Inovação

Nvidia 3.0 expande suas fronteiras

Confira os desdobramentos da transformação que o premiado CEO Jensen Huang iniciou oito anos atrás na empresa-ícone das placas de vídeo

Compartilhar:

Fundador da Nvidia, Jensen Huang se destacou em 2018 ao aparecer em segundo lugar na lista da Harvard Business Review dos CEOs de melhor desempenho em todo o mundo. Além dos resultados financeiros impressionantes registrados no ano passado, a Nvidia chama a atenção por se manter como uma das empresas líderes em inovação do Vale do Silício, mesmo após 25 anos de vida, dedicados principalmente às placas de vídeo que são objeto de desejo dos fãs de games de computador.  

Em 2011, Huang anunciou que os próximos anos seriam marcados pelo projeto Nvidia 3.0, baseado em um movimento ousado, de expansão de suas fronteiras de atuação. “Trata-se de reinventar a empresa de modo que ela seja capaz de lidar com uma fatia muito maior do mercado de computação”, afirmou ele durante a Consumer Eletronic Show (CES) daquele ano, em uma conversa com grupo de jornalistas publicada pelo site VentureBeat. “Nossos objetivos são ambiciosos, baseados no expertise que acumulamos ao longo do tempo.”

O processo de transformação vivenciado pela empresa, talvez o maior de sua história, incluiu a entrada no nicho de dispositivos móveis (smartphones e tablets), impulsionada pelos processadores Tegra e Tegra 2. Nesse campo, uma conquista especialmente importante foi o fato de o Tegra 2 estar presente no tablet Motorola Xoom e no smartphone Motorola Atrix, que funcionam com Android e estão na linha de frente da batalha pelo domínio do mercado, em especial com a Apple.

Mais recentemente, a Nvidia apresentou um crescimento significativo no segmento de inteligência artificial, que atraiu o interesse de potenciais competidores e analistas, como observou a revista Forbes. 

NA CES de 2019, a Nvidia anunciou, por exemplo, uma provável parceria com a montadora Daimler para o desenvolvimento de uma próxima geração de sistema de computação para seus carros. Na verdade, explicou Huang, trata-se de um sistema em duas partes: uma voltada à direção autônoma e outra para a interface com o usuário, baseada em inteligência artificial. “No futuro, os automóveis serão como supercomputadores de IA e as montadoras serão parecidas com empresas de software.” 

Com iniciativas como essa, as fronteiras da Nvidia continuam se expandindo. Isso ocorre porque, nas palavras de Huang, “cada vez mais pessoas compreendem que buscamos ser a versão moderna do que se entende como uma empresa de tecnologia de computação”.

Compartilhar:

Artigos relacionados

Inovação

Living Intelligence: A nova espécie de colaborador

Estamos entrando na era da Inteligência Viva: sistemas que aprendem, evoluem e tomam decisões como um organismo autônomo. Eles já estão reescrevendo as regras da logística, da medicina e até da criatividade. A pergunta que nenhuma empresa pode ignorar: como liderar equipes quando metade delas não é feita de pessoas?

Liderar GenZ’s: As relações de trabalho estão mudando…

Mais da metade dos jovens trabalhadores já não acredita no valor de um diploma universitário — e esse é só o começo da revolução que está transformando o mercado de trabalho. Com uma relação pragmática com o emprego, a Geração Z encara o trabalho como negócio, não como projeto de vida, desafiando estruturas hierárquicas e modelos de carreira tradicionais. A pergunta que fica: as empresas estão prontas para se adaptar, ou insistirão em um sistema que não conversa mais com a principal força de trabalho do futuro?

Tecnologias exponenciais
A Inteligência Artificial Generativa (GenAI) redefine a experiência do cliente ao unir personalização em escala e empatia, transformando interações operacionais em conexões estratégicas, enquanto equilibra inovação, conformidade regulatória e humanização para gerar valor duradouro

Carla Melhado

5 min de leitura
Uncategorized
A inovação vai além das ideias: exige criatividade, execução disciplinada e captação de recursos. Com métodos estruturados, parcerias estratégicas e projetos bem elaborados, é possível transformar visões em impactos reais.

Eline Casasola

0 min de leitura
Tecnologias exponenciais
A IA é um espelho da humanidade: reflete nossos avanços, mas também nossos vieses e falhas. Enquanto otimiza processos, expõe dilemas éticos profundos, exigindo transparência, educação e responsabilidade para que a tecnologia sirva à sociedade, e não a domine.

Átila Persici

9 min de leitura
ESG

Luiza Caixe Metzner

4 min de leitura
Finanças
A inovação em rede é essencial para impulsionar P&D e enfrentar desafios globais, como a descarbonização, mas exige estratégias claras, governança robusta e integração entre atores para superar mitos e maximizar o impacto dos investimentos em ciência e tecnologia

Clarisse Gomes

8 min de leitura
Empreendedorismo
O empreendedorismo no Brasil avança com 90 milhões de aspirantes, enquanto a advocacia se moderniza com dados e estratégias inovadoras, mostrando que sucesso exige resiliência, visão de longo prazo e preparo para as oportunidades do futuro

André Coura e Antônio Silvério Neto

5 min de leitura
ESG
A atualização da NR-1, que inclui riscos psicossociais a partir de 2025, exige uma gestão de riscos mais estratégica e integrada, abrindo oportunidades para empresas que adotarem tecnologia e prevenção como vantagem competitiva, reduzindo custos e fortalecendo a saúde organizacional.

Rodrigo Tanus

8 min de leitura
ESG
O bem-estar dos colaboradores é prioridade nas empresas pós-pandemia, com benefícios flexíveis e saúde mental no centro das estratégias para reter talentos, aumentar produtividade e reduzir turnover, enquanto o mercado de benefícios cresce globalmente.

Charles Schweitzer

5 min de leitura
Finanças
Com projeções de US$ 525 bilhões até 2030, a Creator Economy busca superar desafios como dependência de algoritmos e desigualdade na monetização, adotando ferramentas financeiras e estratégias inovadoras.

Paulo Robilloti

6 min de leitura
ESG
Adotar o 'Best Before' no Brasil pode reduzir o desperdício de alimentos, mas demanda conscientização e mudanças na cadeia logística para funcionar

Lucas Infante

4 min de leitura