Direto ao ponto

O consumidor verde veio para ficar

o “ecologicamente correto” deixou de ser só um modismo, demonstra a pesquisa publicada na strategy+business

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No auge da pandemia de covid-19, pode ter faltado papel higiênico para alguns, e outros acabaram comprando uma piscina inflável que nunca usaram. Mas uma coisa sobrou para aqueles que ficaram confinados em casa: tempo. E esse tempo livre permitiu que muitas pessoas prestassem mais atenção aos impactos ambientais de suas decisões de compra. O artigo da strategy+business cita o Global Consumer Insights Pulse Survey, da PwC, de junho de 2021: dos consumidores de todo o mundo, metade se tornou mais ecológica.

Como comparação, na mesma pesquisa feita dois anos antes, em 2019, apenas 35% dos entrevistados diziam ter escolhido produtos sustentáveis ​​para ajudar a proteger o meio ambiente, 37% garantiam ter procurado produtos com embalagens ecologicamente corretas e 41% afirmavam evitar o uso de plástico sempre que possível. Em 2021, esses números foram de 10 a 20 pontos percentuais maiores, o que pode estar diretamente ligado à ação do coronavírus. Se os analistas têm dúvidas sobre quais comportamentos de consumo acelerados pela pandemia vão persistir e se aprofundar, o “consumismo ecológico” está entre eles, como sugere a pesquisa, realizada mais de um ano após o primeiro surto de covid-19.

Os consumidores da região Ásia-Pacífico surpreenderam: são mais ecologicamente corretos do que a média global – a grande maioria dos entrevistados de lá relatou se preocupar mais com as questões ambientais. Na Indonésia, esse número é de 86%, e no Vietnã e nas Filipinas, de 74%. A tendência também prevalece no Oriente Médio. No Egito, 68% dizem que estão mais ecológicos, e nos Emirados Árabes Unidos, 67%. A questão geracional também é importante, com a geração Y liderando o pelotão: 59% dos chamados core millennials (aqueles com idades entre 27 e 32 anos) compram mais produtos ecológicos hoje do que antes. Cerca de 62% dos millennials maduros (entre 33 e 36 anos) compram se forem rastreáveis de modo transparente. No caso da geração Z, isso cai para 48%, provavelmente pelo fato de o dinheiro (ainda) ser mais curto.

Outro ponto chama a atenção: 56% dos entrevistados que trabalham em esquema de home office são mais ecológicos – entre os que trabalham fora de casa, o índice cai para 48%.

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