Com os avanços tecnológicos, as pautas de ESG (do inglês, Ambiental, Social e Governança) estão sendo o foco das empresas, principalmente em benefícios que são oferecidos para a promoção do bem-estar dos colaboradores. Além disso, o social vem ganhando força, por conta das desigualdades sociais no Brasil.
Segundo um estudo recente realizado pela Data Makers em parceria com a Liga Ventures, maior rede de inovação aberta da América Latina, sobre Líderes de Negócios, para 94% dos executivos brasileiros entrevistados, as práticas de ESG são extremamente importantes para o futuro das empresas.
Já em relação aos benefícios, para 85% o investimento em sustentabilidade afeta positivamente a imagem da marca, enquanto segundo 65% dos líderes isso se relaciona diretamente com a reputação corporativa, já para outros 59% há uma melhora na gestão da empresa, enquanto outros 35% afirmaram haver maior retenção de talentos.
Atentas a esse movimento, as HRTechs, conhecidas como as startups de recursos humanos, surgem com força no mercado para agilizar processos antes burocráticos, morosos e mais caros. Há diversas modalidades nesse segmento, que vão além da gestão de processos internos e recrutamento e seleção como muitos já conhecem.
O setor tem investido também em plataformas digitais que oferecem benefícios que abrangem diversos públicos, entre eles as mulheres, pais de pet ( animais de estimação), para quem é fitness, assim como os tradicionais vale-alimentação e refeição, dentre outros.
Porém, muito embora as tecnologias estejam se expandindo no mundo corporativo, há ainda grandes desafios, entre eles, uma imersão no digital, porque requer uma mudança de cultura nas empresas que não nasceram nessa era e precisam estar preparadas para lidar com um ambiente de constante mudança. É um trabalho a ser feito em um médio e longo prazo, com resultados muito positivos.
Hoje, as companhias que buscam pelas soluções das HRTechs só têm a ganhar em diferenciais competitivos, porque os benefícios para a saúde e o bem-estar dos colaboradores impactam diretamente na produtividade e como consequência, reduzem os índices de rotatividade, mais conhecido como turnover.
Ou seja, as pessoas tendem a permanecer por um período maior nas empresas, o que também afeta na melhora da marca empregadora e redução de custos com contratações e demissões que podem ser evitadas. A partir dessa visão de fora para dentro as empresas conseguem se destacar em meio ao mercado cada vez mais concorrido.
Mesmo com tantos desafios, a meu ver, acredito que o futuro do segmento de benefícios corporativos no Brasil seja promissor, porque ao investir nos colaboradores, as empresas contribuem para o empoderamento e o bem-estar deles, além de impulsionar o desenvolvimento econômico e social no país, porque conseguem reter grandes talentos que crescem junto às corporações. Todos saem ganhando.