Inovação, Gestão de Pessoas
2 min de leitura

O Poder dos Ecossistemas na Inovação Corporativa

Gerente de Produtos de Inovação & Parcerias no Learning Village, hub criado pela HSM e SingularityU Brazil. Master em Marketing e Relações Internacionais. Professora de Design Estratégico da CESAR School, mentora de negócios e startups na Distrito. Líder do Comitê Mundo Digital do Grupo Mulheres do Brasil. Membro do Comitê de Inovação da I2AI (International Association of Artificial Intelligence). Co-autora do Livro TI de Salto. Autora e apresentadora do podcast “Dá pra Inovar?” (@daprainovar no Youtube e Spotify).

Compartilhar:

Para quem ouve pela primeira vez o termo “Ecossistema Corporativo” muitas vezes se indaga sobre de onde esse termo surgiu e o porquê uma estratégia de negócios pode ser comparada a um sistema de componentes bióticos.

Pois bem, o termo “Ecossistema” foi utilizado pela primeira vez em 1935 e cunhado pelo ecólogo Arthur George Tansley. A explicação é simples: “Um Ecossistema representa um conjunto de comunidades que vivem em um determinado local e interagem entre si e com o meio ambiente, constituindo um sistema estável, equilibrado e autossuficiente.”

Ou seja, tudo o que um hub de inovação pretende ser por meio da construção de comunidades integradas, vivas e pulsantes.

E esse “pulsar” tem uma função, pois um Ecossistema que pulsa, propulsiona as coisas para frente, cria energia, calor, movimento. Não por acaso, um dos mais conhecidos hubs de inovação no Brasil, o Learning Village (fundado pela HSM e pela SingularityU Brazil), tem o slogan: “Aqui pulsa Inovação”.

Mas, como um Ecossistema pode impulsionar a inovação corporativa de fato?

Pensando sobre o que é Inovação, podemos definir como o ato de criar soluções simples para problemas complexos. É sobre ter um novo olhar frente aos problemas, tanto corporativos, quanto cotidianos, sempre achando uma forma melhor e mais eficiente de resolver as coisas. Inovar não é depender diretamente da tecnologia, mas usá-la como ferramenta para potencializar resultados, reduzir custos e criar novos modelos de negócio.

Para despertar o espírito inovador é preciso ter curiosidade, uma pitada de provocação, energia, resiliência e, principalmente, muito repertório. A principal habilidade de um profissional inovador é sua capacidade de aprender constantemente (praticar o lifelong learning) e continuar se desenvolvendo, além de questionar sempre qualquer “verdade absoluta” buscando outras alternativas, mais viáveis, pensando nas pessoas, nos negócios e no planeta.

Por isso, é importante estar conectado, pois ninguém inova sozinho. Grandes empresas já perceberam o poder de se construir Comunidades, para gerarem relacionamento, tanto com startups, quanto parceiros, clientes e entidades governamentais, promovendo conexões, negócios e um branding inovador positivo.

Além disso, hubs corporativos tem o papel de melhorar a experiência do cliente (criando soluções mais integradas) e também melhoram a experiência “dentro de casa”, engajando e capacitando colaboradores, fomentando temas e ações relevantes.

Mas é importante salientar, também, que ninguém inova no tempo que sobra. Ou seja, ou o tema “Inovação” faz parte do Planejamento Estratégico da empresa, com seus devidos KPIs e OKRs, ou os colaboradores serão “engolidos” pelas metas e resultados, e nunca terão tempo para olhar para frente e pensar criativamente sobre novas soluções, pois estarão sempre atribulados com as atividades diárias e, muitas vezes, operacionais. Por isso, ser parceiro de um hub que já realiza esse papel pode ajudar a empresa a conduzir melhor as atividades e gerar resultados concretos com Inovação.

Falando em cases reais, com um olhar ativo de gestão de comunidades, o Learning Village vem para compor esses hubs corporativos (em empresas como Deloitte, com o DotHub, ou Localiza Labs da Localiza&Co), para gerar valor aos membros e colaboradores, criar densidade, promover ações, conteúdos e eventos impactantes e inserir a empresa no Ecossistema de Inovação.

E temos visto, na prática, uma mudança expressiva na Cultura de Inovação dessas corporações e uma maior integração entre times, por meio das iniciativas de Comunidade. Além do ganho em branding reforçando o nome da empresa como “marca inovadora” e o aumento de receita por meio de novos modelos de negócios, locação de espaços, projetos com parceiros e novas conexões.

Todo mundo ganha!

A empresa, o ecossistema em si, as startups, o mercado como um todo e os clientes que são impactados por essas melhorias em relação às novas experiências e novos produtos.

E você? Já pensou em criar seu próprio Ecossistema? Quais são seus principais desafios e oportunidades? Será que sua empresa pode gerar um novo modelo de negócios a partir de um Ecossistema? O que falta para começar? Pense nisso!

Compartilhar:

Gerente de Produtos de Inovação & Parcerias no Learning Village, hub criado pela HSM e SingularityU Brazil. Master em Marketing e Relações Internacionais. Professora de Design Estratégico da CESAR School, mentora de negócios e startups na Distrito. Líder do Comitê Mundo Digital do Grupo Mulheres do Brasil. Membro do Comitê de Inovação da I2AI (International Association of Artificial Intelligence). Co-autora do Livro TI de Salto. Autora e apresentadora do podcast “Dá pra Inovar?” (@daprainovar no Youtube e Spotify).

Artigos relacionados

Mercado de RevOps desponta e se destaca com crescimento acima da média 

O Revenue Operations (RevOps) está em franca expansão global, com estimativa de que 75% das empresas o adotarão até 2025. No Brasil, empresas líderes, como a 8D Hubify, já ultrapassaram as expectativas, mais que dobrando o faturamento e triplicando o lucro ao integrar marketing, vendas e sucesso do cliente. A Inteligência Artificial é peça-chave nessa transformação, automatizando interações para maior personalização e eficiência.

Uso de PDI tem sido negligenciado nas companhias

Apesar de ser uma ferramenta essencial para o desenvolvimento de colaboradores, o Plano de Desenvolvimento Individual (PDI) vem sendo negligenciado por empresas no Brasil. Pesquisa da Mereo mostra que apenas 60% das companhias avaliadas possuem PDIs cadastrados, com queda no engajamento de 2022 para 2023.

Regulamentação da IA: Como empresas podem conciliar responsabilidades éticas e inovação? 

A inteligência artificial (IA) está revolucionando o mundo dos negócios, mas seu avanço rápido exige uma discussão sobre regulamentação. Enquanto a Europa avança com regras para garantir benefícios éticos, os EUA priorizam a liberdade econômica. No Brasil, startups e empresas se mobilizam para aproveitar as vantagens competitivas da IA, mas aguardam um marco legal claro.

Governança estratégica: a gestão de riscos psicossociais integrada à performance corporativa

A gestão de riscos psicossociais ganha espaço nos conselhos, impulsionada por perdas estimadas em US$ 3 trilhões ao ano. No Brasil, a atualização da NR1 exige que empresas avaliem e gerenciem sistematicamente esses riscos. Essa mudança reflete o reconhecimento de que funcionários saudáveis são mais produtivos, com estudos mostrando retornos de até R$ 4 para cada R$ 1 investido

Liderança
Ascender ao C-level exige mais que habilidades técnicas: é preciso visão estratégica, resiliência, uma rede de relacionamentos sólida e comunicação eficaz para inspirar equipes e enfrentar os desafios de liderança com sucesso.

Claudia Elisa Soares

6 min de leitura
Diversidade, ESG
Enquanto a diversidade se torna uma vantagem competitiva, o reexame das políticas de DEI pelas corporações reflete tanto desafios econômicos quanto uma busca por práticas mais autênticas e eficazes

Darcio Zarpellon

8 min de leitura
Liderança
E se o verdadeiro poder da sua equipe só aparecer quando o líder estiver fora do jogo?

Lilian Cruz

3 min de leitura
ESG
Cada vez mais palavras de ordem, imperativos e até descontrole tomam contam do dia-dia. Nesse costume, poucos silêncios são entendidos como necessários e são até mal vistos. Mas, se todos falam, no fim, quem é que está escutando?

Renata Schiavone

4 min de leitura
Finanças
O primeiro semestre de 2024 trouxe uma retomada no crédito imobiliário, impulsionando o consumo e apontando um aumento no apetite das empresas por crédito. A educação empreendedora surge como um catalisador para o desenvolvimento de startups, com foco em inovação e apoio de mentorias.

João Boos

6 min de leitura
Cultura organizacional, Empreendedorismo
A ilusão da disponibilidade: como a pressão por respostas imediatas e a sensação de conexão contínua prejudicam a produtividade e o bem-estar nas equipes, além de minar a inovação nas organizações modernas.

Dorly

6 min de leitura
ESG
No texto deste mês do colunista Djalma Scartezini, o COO da Egalite escreve sobre os desafios profundos, tanto à saúde mental quanto à produtividade no trabalho, que a dor crônica proporciona. Destacando que empresas e gestores precisam adotar políticas de inclusão que levem em conta as limitações físicas e os altos custos associados ao tratamento, garantindo uma verdadeira equidade no ambiente corporativo.

Djalma Scartezini

4 min de leitura
Gestão de Pessoas
A adoção de políticas de compliance que integram diretrizes claras de inclusão e equidade racial é fundamental para garantir práticas empresariais que vão além do discurso, criando um ambiente corporativo verdadeiramente inclusivo, transparente e em conformidade com a legislação vigente.

Beatriz da Silveira

4 min de leitura
Inovação, Empreendedorismo
Linhas de financiamento para inovação podem ser uma ferramenta essencial para impulsionar o crescimento das empresas sem comprometer sua saúde financeira, especialmente quando associadas a projetos que trazem eficiência, competitividade e pioneirismo ao setor

Eline Casasola

4 min de leitura