Business content

O que sua empresa está falando por aí?

Comunicar que seu negócio está pronto no mercado é importante, mas prestar atenção à maneira como comunica é essencial
Carolina Tavares é jornalista e colaboradora da HSM Management. Em 2011, fundou a Jazz House, focada em comunicação e produção na área da música e das artes. Foi convidada a palestrar sobre marketing na música no evento Youpix de 2012, lançou o livro "Lições Empresariais de Game Of Thrones" e é mestra em Comunicação e Marketing Digital, além de fazer parte da cooperativa Brasil Auê, focada em projetos culturais para imigrantes na Catalunha.

Compartilhar:

Abrir a própria empresa é para os fortes. É necessário planejamento, clareza do plano de negócios, pesquisas locais, investimentos constantes, contratações… E imagine, depois de todo esse trabalho, perceber que seus potenciais clientes não conhecem sua marca! Todo o esforço terá sido em vão. Para isso, a divulgação de seu negócio é tão importante quanto equilibrar as contas ou assegurar a qualidade do seu produto ou serviço.

É por meio do [investimento em sua marca](https://www.revistahsm.com.br/post/como-nasce-uma-marca) que os clientes poderão não apenas conhecê-lo, mas também entender qual é sua história, sua identidade e as vantagens de sua empresa. Seja por meio das redes sociais, da distribuição de flyers ou qualquer outra estratégia, o fortalecimento da imagem de sua marca exige inteligência, dedicação e sensibilidade.

Para além de um produto inovador ou de um atendimento personalizado, atualmente, não há como pensar na criação de um negócio sem dizer quais são seus valores ou causas que defende. Consumidores estão cada vez mais inclinados a escolher empresas que apoiam causas específicas ou são transparentes quanto ao impacto que causam na sociedade.

De acordo com o levantamento [*10 Principais Tendências Globais de Consumo 2021*](https://go.euromonitor.com/white-paper-EC-2021-Top-10-Global-Consumer-Trends-PG.html), da Euromonitor International, no mundo pós-pandemia, o ativismo de marca ganhou um novo significado social, forçando empresas a priorizar ações sociais e auxiliando no desenvolvimento de produção e estilos de vida mais sustentáveis. É preciso estar totalmente alinhado com aquilo que diz, pois o consumidor está cada vez mais interessado no que acontece nos bastidores de um negócio. Ele já não compra mais apenas um produto ou serviço, mas uma ideia completa, uma experiência que vai além daquilo que se pode tocar com as mãos.

Uma pesquisa da Nielsen, por sua vez, mostra que 2020 foi o ano em que 32% dos brasileiros priorizaram o consumo de produtos sustentáveis. Marcas de cosméticos que investem em produtos veganos e sem testes em animais ganham cada vez mais adeptos na pandemia.

Também é preciso lembrar que o mundo está mais digital que nunca, portanto, sua maneira de ser e se comunicar precisa se adaptar aos mais diversos meios sem perder a essência. É preciso consistência na mensagem, verdade na comunicação e estrutura de manutenção.

Mas como colocar esses conceitos em prática quando se é um pequeno ou médio negócio, em que cada centavo é cuidadosamente aplicado em cada estágio previsto no plano de negócios? Aqui, vale abusar da criatividade e de parcerias com outros empreendimentos para aumentar a visibilidade de sua marca e divulgar sua [identidade e história únicas](https://www.revistahsm.com.br/post/cultura-forte-marca-forte).

Nesse sentido, o Meoo, serviço de carro por assinatura da Localiza, fornece opções para que seu cliente – empreendedores ou donos de PMEs que necessitam de até dez carros para que seu negócio cumpra seus prazos de entrega – possa colocar sua marca nas ruas. Ciente da importância do fortalecimento de marca para a sobrevivência das pequenas (e novas) empresas, o Localiza Meoo colocou a [personalização](https://www.revistahsm.com.br/post/o-poder-da-fidelizacao-do-cliente) dos carros em contrato como uma das vantagens do serviço.

Ao escolher o Meoo, os clientes podem escolher até dez veículos com a mesma escala de cores, adesivagens e outros detalhes que farão com que a nova marca ganhe rapidamente as ruas. Por meio da personalização, o empreendedor consegue aumentar a visibilidade de seu negócio e chamar a atenção de potenciais consumidores. A identidade mostra exatamente aquilo que o clube de benefícios tem como objetivo: ser parte da vida do assinante como algo essencial e que chega para auxiliar necessidades e desafios de sua empresa.
## Defina seus objetivos

Para garantir uma boa comunicação, é fundamental construí-la acima de objetivos bem alinhados. Para isso, existem ferramentas que auxiliam o empreendedor a entender o que é prioridade nessa construção. Duas delas são a análise SWOT e a análise SMART.

– __SWOT ou DAFO (Debilidades, Ameaças, Fortalezas, Oportunidades):__
Essa ferramenta possibilita ter uma visão ampla do cenário em que está inserido e, a partir daí, entender o que precisa ser feito para alcançar um bom plano estratégico. Lembre-se também em dividir essa análise em duas vertentes, interna e externa, criando uma avaliação para questões de dentro do negócio e para o mercado como um todo.

– __SMART (Específica, Mensurável, Atingível, Relevante e Temporal):__
Nesse esquema, comece por um grande brainstorming de metas e, em seguida, as separe nas categorias específicas. Em seguida, você pode filtrar os objetivos que realmente fazem sentido, verificando se o seu negócio possui os requisitos para atingir os resultados. Com essa tabela final em mãos, basta definir a logística para cada meta.

## Ideias e mais ideias

Tom de voz acertado. Identidade visual alinhada. Objetivos bem traçados. Como colocar tudo isso no mundo? Já são conhecidos os meios tradicionais de comunicação, como publicidade em mídia impressa, radiofônica e televisiva, além das possibilidades de outdoors, cartazes e tantos outros meios físicos que temos contato diretamente.

A vantagem é que esse tipo de [divulgação atinge uma massa considerável de pessoas](https://www.revistahsm.com.br/post/midia-programatica-awareness-e-performance), mas torna-se difícil medir quanto realmente foi convertido em venda. Uma solução simples é a integração digital. Por exemplo: se inserir um QR Code no jornal, que leve para a página de compras do seu negócio na web, você terá condições de medir quantas pessoas foram impactadas pela publicidade paga.

Redes sociais como o Instagram e o Facebook são uma boa maneira de [engajar o público](https://www.revistahsm.com.br/post/relacionamento-com-cliente-sem-tecnologia-nao-da) de maneira segmentada e de fortalecer a marca com mensagens pontuais que tragam à tona a identidade, seja de maneira totalmente clara ou mais sutil. Já outras como Twitch TV chegam com um novo modelo de canal de TV online, em que é possível agregar conteúdo e ganhar dinheiro ali mesmo, como um braço do próprio negócio.

A divulgação 360 graus faz com que todos os meios possam convergir de alguma forma, sempre fluindo a favor das águas dos objetivos traçados. De nada adianta investir apenas na divulgação virtual, mas esquecer o velho boca a boca. A comunicação é feita do encontro entre os valores da empresa e os comportamentos do consumidor.

*Saiba mais sobre os principais conteúdos sobre liderança, negócios e carreira assinando gratuitamente [nossas newsletters](https://www.revistahsm.com.br/newsletter) e escutando [nossos podcasts](https://www.revistahsm.com.br/podcasts) na sua plataforma favorita.*

Compartilhar:

Artigos relacionados

Organização

A difícil arte de premiar sem capitular

Desde Alfred Nobel, o ato de reconhecer os feitos dos seres humanos não é uma tarefa trivial, mas quando bem-feita costuma resultar em ganho reputacional para que premia e para quem é premiado

ESG
No mundo corporativo, onde a transparência é imperativa, a Washingmania expõe a desconexão entre discurso e prática. Ser autêntico não é mais uma opção, mas uma necessidade estratégica para líderes que desejam prosperar e construir confiança real.

Marcelo Murilo

8 min de leitura
Empreendedorismo
Em um mundo onde as empresas têm mais ferramentas do que nunca para inovar, por que parecem tão frágeis diante da mudança? A resposta pode estar na desconexão entre estratégia, gestão, cultura e inovação — um erro que custa bilhões e mina a capacidade crítica das organizações

Átila Persici

0 min de leitura
Tecnologias exponenciais
A ascensão da DeepSeek desafia a supremacia dos modelos ocidentais de inteligência artificial, mas seu avanço não representa um triunfo da democratização tecnológica. Embora promova acessibilidade, a IA chinesa segue alinhada aos interesses estratégicos do governo de Pequim, ampliando o debate sobre viés e controle da informação. No cenário global, a disputa entre gigantes como OpenAI, Google e agora a DeepSeek não se trata de ética ou inclusão, mas sim de hegemonia tecnológica. Sem uma governança global eficaz, a IA continuará sendo um instrumento de poder nas mãos de poucos.

Carine Roos

5 min de leitura
Tecnologias exponenciais
A revolução da Inteligência Artificial está remodelando o mercado de trabalho, impulsionando a necessidade de upskilling e reskilling como estratégias essenciais para a competitividade profissional. Empresas como a SAP já investem pesadamente na requalificação de talentos, enquanto pesquisas indicam que a maioria dos trabalhadores enxerga a IA como uma aliada, não uma ameaça.

Daniel Campos Neto

6 min de leitura
Marketing
Empresas que compreendem essa transformação colhem benefícios significativos, pois os consumidores valorizam tanto a experiência quanto os produtos e serviços oferecidos. A Inteligência Artificial (IA) e a automação desempenham um papel fundamental nesse processo, permitindo a resolução ágil de demandas repetitivas por meio de chatbots e assistentes virtuais, enquanto profissionais se concentram em interações mais complexas e empáticas.

Gustavo Nascimento

4 min de leitura
Empreendedorismo
Pela primeira vez, o LinkedIn ultrapassa o Google e já é o segundo principal canal das empresas brasileiras. E o seu negócio, está pronto para essa nova era da comunicação?

Bruna Lopes de Barros

5 min de leitura
ESG
O etarismo continua sendo um desafio silencioso no ambiente corporativo, afetando tanto profissionais experientes quanto jovens talentos. Mais do que uma questão de idade, essa barreira limita a inovação e prejudica a cultura organizacional. Pesquisas indicam que equipes intergeracionais são mais criativas e produtivas, tornando essencial que empresas invistam na diversidade etária como um ativo estratégico.

Cleide Cavalcante

4 min de leitura
Empreendedorismo
A automação e a inteligência artificial aumentam a eficiência e reduzem a sobrecarga, permitindo que advogados se concentrem em estratégias e no atendimento personalizado. No entanto, competências humanas como julgamento crítico, empatia e ética seguem insubstituíveis.

Cesar Orlando

5 min de leitura
ESG
Em um mundo onde múltiplas gerações coexistem no mercado, a chave para a inovação está na troca entre experiência e renovação. O desafio não é apenas entender as diferenças, mas transformá-las em oportunidades. Ao acolher novas perspectivas e desaprender o que for necessário, criamos ambientes mais criativos, resilientes e preparados para o futuro. Afinal, o sucesso não pertence a uma única geração, mas à soma de todas elas.

Alain S. Levi

6 min de leitura
Carreira
O medo pode paralisar e limitar, mas também pode ser um convite para a ação. No mundo do trabalho, ele se manifesta na insegurança profissional, no receio do fracasso e na resistência à mudança. A liderança tem papel fundamental nesse cenário, influenciando diretamente a motivação e o bem-estar dos profissionais. Encarar os desafios com autoconhecimento, preparação e movimento é a chave para transformar o medo em crescimento. Afinal, viver de verdade é aceitar riscos, aprender com os erros e seguir em frente, com confiança e propósito.

Viviane Ribeiro Gago

4 min de leitura