Estratégia e Execução

Resposta global às pandemias

Em artigo no South China Morning Post, o economista Lawrence J. Lau diz que é possível salvar vidas sem cair na tentação do isolacionismo

Compartilhar:

Ao mesmo tempo em que enfrenta a Covid-19, o mundo discute como será o futuro pós-pandemia. Uma das dúvidas que surgem no horizonte diz respeito à própria globalização, à medida que as nações buscam se proteger de novos casos “importados” com medidas como o fechamento de fronteiras. 

Muitos países encontram na pandemia uma motivação a mais para reduzir a dependência do comércio internacional e até mesmo se isolar. No entanto, Lawrence J. Lau, economista da University of Hong Kong e da Stanford University, alerta que não se deve abandonar os benefícios da globalização em função das ameaças à saúde pública. “Em vez disso, precisamos estar mais bem preparados para epidemias e pandemias no futuro”, escreve em artigo publicado no South China Morning Post. E isso pode ser feito globalmente.

Ele explica que uma pandemia desorganiza tanto a oferta como a demanda de produtos, sejam eles produzidos internamente ou importados, e o risco de escassez existe em quase todos os setores. O antídoto é a manutenção de um estoque de bens essenciais, incluindo equipamentos e suprimentos médicos, suficiente para três meses. Também é preciso contar com planos de racionamento e de controle de preços, se necessário, além de mecanismos para manter a produção doméstica. 

Outro exemplo destacado pelo economista são as viagens internacionais, que não devem ser totalmente proibidas durante o período de combate a pandemias. Com a adequada identificação de quem já possui anticorpos para a doença é possível manter o fluxo de pessoas entre os países. “A globalização econômica sobreviverá a esta e a futuras pandemias se permanecermos vigilantes e bem preparados”, afirma.

Compartilhar:

Artigos relacionados

O novo sucesso que os RHs não estão percebendo

As novas gerações estão redefinindo o conceito de sucesso no trabalho, priorizando propósito, bem-estar e flexibilidade, enquanto muitas empresas ainda lutam para se adaptar a essa mudança cultural profunda.

Quem pode mais: o que as eleições têm a nos dizer? 

Exercer a democracia cada vez mais se trata também de se impor na limitação de ideias que não façam sentido para um estado democrático por direito. Precisamos ser mais críticos e tomar cuidado com aquilo que buscamos para nos representar.