Empreendedorismo
4 min de leitura

Saúde Mental da Geração Z: mitigando a demissão silenciosa por meio  da gamificação

Após a pandemia, a Geração Z que ingressa no mercado de trabalho aderiu ao movimento do "quiet quitting", realizando apenas o mínimo necessário em seus empregos por falta de satisfação. Pesquisa da Mckinsey mostra que 25% da Geração Z se sentiram mais ansiosos no trabalho, quase o dobro das gerações anteriores. Ambientes tóxicos, falta de reconhecimento e não se sentirem valorizados são alguns dos principais motivos.
Samir Iásbeck, CEO e Fundador da Qranio, plataforma LMS/LXP customizável de aprendizagem que usa a ludificação para estimular os usuários a se envolverem com conteúdos educacionais em todos os momentos

Compartilhar:

Depois da volta à rotina após a pandemia de Covid-19, a Geração Z (nascidos entre 1995 e 2010) que está ingressando no mercado de trabalho, passou a aderir ao movimento “quiet quitting”, ou popularmente conhecido como demissão silenciosa, na qual só realizam o mínimo necessário em seus empregos por não estarem satisfeitos com o modelo de trabalho, buscando mais qualidade de vida e saúde mental.

De acordo com uma pesquisa realizada recentemente pela consultoria global Mckinsey, um em cada quatro entrevistados, ou seja, 25% da Geração Z afirmaram que se sentiram mais ansiosos no trabalho, sendo quase o dobro do percentual de entrevistados das Gerações Milênio e da X, com 13% cada. Ambientes de trabalho tóxicos, falta de reconhecimento e sensação de não ser valorizado são alguns dos motivos apontados.

Esse retrato mostra o quanto a situação tem sido crítica nas empresas. Por isso é fundamental que as organizações busquem estratégias e abordagens inovadoras para reverter essa tendência. Uma das alternativas é a utilização de novas tecnologias oferecidas pelo mercado, que proporcionam treinamentos corporativos por meio da gamificação que transformam a jornada em dinâmica e motivadora.

Ao trazer elementos de jogos em programas de treinamento, as empresas podem aumentar o engajamento dos colaboradores, além de criar um ambiente mais divertido e com união entre as pessoas, o que consequentemente não só melhora a retenção e troca de conhecimentos, como também promove o bem-estar emocional.

A gamificação tem como uma das características o feedback imediato, o que é um fator importante para a Geração Z, que está em constante evolução e busca de reconhecimento. Ademais, os jogos que incentivam a colaboração e a competição saudável podem fortalecer as softskills (habilidades comportamentais), criando uma cultura de apoio e inclusão, ajudando a mitigar o risco da demissão silenciosa. 

Porém, a tecnologia não deve ser vista como uma solução mágica. As empresas precisam reconhecer que existem uma série de fatores que impactam diretamente nos altos índices de tunover. Para além dos treinamentos, é preciso mudar a cultura e investir em programas que abordam temas como: gerenciamento do estresse, equilíbrio entre vida pessoal e profissional, comunicação eficaz e lugares de escuta e assistência psicológica, que ao serem integrados com a gamificação, trazem um olhar mais abrangente da jornada de desenvolvimento do colaborador.

Portanto, para evitar a demissão silenciosa da Geração Z, as organizações devem ter a saúde mental como o topo das prioridades, porque o futuro do trabalho começa hoje e exige inovação e adaptabilidade. Aqueles que investem no bem-estar dos colaboradores para além do digital certamente vão colher frutos de equipes mais motivadas e comprometidas, assim como serão mais competitivas no mercado ao reter talentos.

Compartilhar:

Artigos relacionados

Saúde Mental da Geração Z: mitigando a demissão silenciosa por meio  da gamificação

Após a pandemia, a Geração Z que ingressa no mercado de trabalho aderiu ao movimento do “quiet quitting”, realizando apenas o mínimo necessário em seus empregos por falta de satisfação. Pesquisa da Mckinsey mostra que 25% da Geração Z se sentiram mais ansiosos no trabalho, quase o dobro das gerações anteriores. Ambientes tóxicos, falta de reconhecimento e não se sentirem valorizados são alguns dos principais motivos.

O Crescimento Sustentável e Inclusivo depende das empresas

Otimizar processos para gerar empregos de melhor qualidade e remuneração, desenvolver produtos e serviços acessíveis para a população de baixa renda e investir em tecnologias disruptivas que possibilitem a criação de novos modelos de negócios inclusivos são peças-chave nessa remontagem da sociedade no mundo

Estratégias eficazes para captação de recursos de inovação

Em um mercado cada vez mais competitivo, a inovação se destaca como fator crucial para o crescimento empresarial. Porém, transformar ideias inovadoras em realidade requer compreender as principais fontes de fomento disponíveis no Brasil, como BNDES, FINEP e Embrapii, além de adotar uma abordagem estratégica na elaboração de projetos robustos.

Os 5 maiores mitos sobre IA no RH – e o que realmente importa

Em meio aos mitos sobre IA no RH, empresas que proíbem seu uso enfrentam um paradoxo: funcionários já utilizam ferramentas como ChatGPT por conta própria. Casos práticos mostram que, quando bem implementada, a tecnologia revoluciona desde o onboarding até a gestão de performance.

Cultura organizacional, Empreendedorismo
A ilusão da disponibilidade: como a pressão por respostas imediatas e a sensação de conexão contínua prejudicam a produtividade e o bem-estar nas equipes, além de minar a inovação nas organizações modernas.

Dorly

6 min de leitura
ESG
No texto deste mês do colunista Djalma Scartezini, o COO da Egalite escreve sobre os desafios profundos, tanto à saúde mental quanto à produtividade no trabalho, que a dor crônica proporciona. Destacando que empresas e gestores precisam adotar políticas de inclusão que levem em conta as limitações físicas e os altos custos associados ao tratamento, garantindo uma verdadeira equidade no ambiente corporativo.

Djalma Scartezini

4 min de leitura
Gestão de Pessoas
A adoção de políticas de compliance que integram diretrizes claras de inclusão e equidade racial é fundamental para garantir práticas empresariais que vão além do discurso, criando um ambiente corporativo verdadeiramente inclusivo, transparente e em conformidade com a legislação vigente.

Beatriz da Silveira

4 min de leitura
Inovação, Empreendedorismo
Linhas de financiamento para inovação podem ser uma ferramenta essencial para impulsionar o crescimento das empresas sem comprometer sua saúde financeira, especialmente quando associadas a projetos que trazem eficiência, competitividade e pioneirismo ao setor

Eline Casasola

4 min de leitura
Transformação Digital, Estratégia
Este texto é uma aula de Alan Souza, afinal, é preciso construir espaços saudáveis e que sejam possíveis para que a transformação ocorra. Aproveite a leitura!

Alan Souza

4 min de leitura
Liderança
como as virtudes de criatividade e eficiência, adaptabilidade e determinação, além da autorresponsabilidade, sensibilidade, generosidade e vulnerabilidade podem coexistir em um líder?

Lilian Cruz

4 min de leitura
Gestão de Pessoas, Liderança
As novas gerações estão redefinindo o conceito de sucesso no trabalho, priorizando propósito, bem-estar e flexibilidade, enquanto muitas empresas ainda lutam para se adaptar a essa mudança cultural profunda.

Daniel Campos Neto

4 min de leitura
ESG, Empreendedorismo
31/07/2024
O que as empresas podem fazer pelo meio ambiente e para colocar a sustentabilidade no centro da estratégia

Paula Nigro

3 min de leitura
ESG
Exercer a democracia cada vez mais se trata também de se impor na limitação de ideias que não façam sentido para um estado democrático por direito. Precisamos ser mais críticos e tomar cuidado com aquilo que buscamos para nos representar.
3 min de leitura
Empreendedorismo, ESG
01/01/2001
A maior parte do empreendedorismo brasileiro é feito por mulheres pretas e, mesmo assim, o crédito é majoritariamente dado às empresárias brancas. A que se deve essa diferença?
0 min de leitura