Direto ao ponto

Supply chain: otimização de atividade ainda é o nome do jogo

Modelo BIA, que se opõe ao tradicional modelo BAI, segundo pesquisadores, levaria as empresas a perder oportunidades

Compartilhar:

A situação ganha-ganha é algo a que todos aspiramos. Uma pesquisa recente, feita na indústria automobilística, revelou que otimizar a sequência de atividades-chave no processo de aquisição de um comprador pode criar vantagens tanto para o comprador quanto para os fornecedores, como destaca Think, da London Business School. O resultado? A perspectiva de economia de milhões de dólares de ambos os lados. O segredo? Um novo processo de aquisição que apresenta desempenho surpreendentemente bom. A pesquisa é baseada em uma abordagem simples: como otimizar o processo de aquisição para melhorar o desempenho e reduzir custos. Todo o processo envolve muitas interações com fornecedores, o que permite que o comprador reúna dados úteis. Ao otimizar a sequência de interações, ele pode influenciar quando e quais informações serão disponibilizadas.

Por muitos anos, os compradores têm usado um processo de seleção de fornecedores do BAI, sigla em inglês para “investigação de prêmio de oferta”. Com ele, a empresa coletará ofertas de preço de uma variedade de fornecedores e escolherá a melhor delas.. Somente após o início do contrato é que o comprador investigará maneiras de ajudar o fornecedor a reduzir custos.

Os autores do estudo, da Escola de Negócios Stephen M. Ross, da University of Michigan, acreditam que a abordagem BAI é uma oportunidade perdida para os compradores, que poderiam tomar decisões melhores. Eles propõem uma reestruturação do processo BAI. Após obter as ofertas iniciais, em vez de optar pelo preço mais baixo, o comprador pode passar um tempo visitando as fábricas dos fornecedores e investigando seus planos de produção para ver como eles cumpririam o contrato. Ele então seria capaz de avaliar qualquer economia de custos. O comprador pode combinar essas informações com a proposta de preço inicial para descobrir o custo total projetado com esse fornecedor e, em seguida, decidir a quem conceder o contrato. Os pesquisadores chamaram a abordagem de BIA (“bid investigate award”).

O comprador encontra o fornecedor com melhor custo-benefício para cumprir o contrato e reduzir o custo total da cadeia de fornecimento. Os ganhos serão alocados para ambas as partes e criarão um ganha-ganha.

__Leia também: [E se seu turnaround se inspirasse no poeta Virgílio?](https://www.revistahsm.com.br/post/e-se-seu-turnaround-se-inspirasse-no-poeta-virgilio)__

Artigo publicado na HSM Management nº 158.

Compartilhar:

Artigos relacionados

Há um fio entre Ada Lovelace e o CESAR

Fora do tempo e do espaço, talvez fosse improvável imaginar qualquer linha que me ligasse a Ada Lovelace. Mais improvável ainda seria incluir, nesse mesmo

ESG
O bem-estar dos colaboradores é prioridade nas empresas pós-pandemia, com benefícios flexíveis e saúde mental no centro das estratégias para reter talentos, aumentar produtividade e reduzir turnover, enquanto o mercado de benefícios cresce globalmente.

Charles Schweitzer

5 min de leitura
Finanças
Com projeções de US$ 525 bilhões até 2030, a Creator Economy busca superar desafios como dependência de algoritmos e desigualdade na monetização, adotando ferramentas financeiras e estratégias inovadoras.

Paulo Robilloti

6 min de leitura
ESG
Adotar o 'Best Before' no Brasil pode reduzir o desperdício de alimentos, mas demanda conscientização e mudanças na cadeia logística para funcionar

Lucas Infante

4 min de leitura
Tecnologias exponenciais
No SXSW 2025, a robótica ganhou destaque como tecnologia transformadora, com aplicações que vão da saúde e criatividade à exploração espacial, mas ainda enfrenta desafios de escalabilidade e adaptação ao mundo real.

Renate Fuchs

6 min de leitura
Inovação
No SXSW 2025, Flavio Pripas, General Partner da Staged Ventures, reflete sobre IA como ferramenta para conexões humanas, inovação responsável e um futuro de abundância tecnológica.

Flávio Pripas

5 min de leitura
ESG
Home office + algoritmos = epidemia de solidão? Pesquisa Hibou revela que 57% dos brasileiros produzem mais em times multidisciplinares - no SXSW, Harvard e Deloitte apontam o caminho: reconexão intencional (5-3-1) e curiosidade vulnerável como antídotos para a atrofia social pós-Covid

Ligia Mello

6 min de leitura
Empreendedorismo
Em um mundo de incertezas, os conselhos de administração precisam ser estratégicos, transparentes e ágeis, atuando em parceria com CEOs para enfrentar desafios como ESG, governança de dados e dilemas éticos da IA

Sérgio Simões

6 min de leitura
Tecnologias exponenciais
Os cuidados necessários para o uso de IA vão muito além de dados e cada vez mais iremos precisar entender o real uso destas ferramentas para nos ajudar, e não dificultar nossa vida.

Eduardo Freire

7 min de leitura
Liderança
A Inteligência Artificial está transformando o mercado de trabalho, mas em vez de substituir humanos, deve ser vista como uma aliada que amplia competências e libera tempo para atividades criativas e estratégicas, valorizando a inteligência única do ser humano.

Jussara Dutra

4 min de leitura
Gestão de Pessoas
A história familiar molda silenciosamente as decisões dos líderes, influenciando desde a comunicação até a gestão de conflitos. Reconhecer esses padrões é essencial para criar lideranças mais conscientes e organizações mais saudáveis.

Vanda Lohn

5 min de leitura