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SXSW 2025: Que tendências realmente fazem sentido aqui no Brasil?

Afinal, o SXSW é um evento de quem vai, mas também de quem se permite aprender com ele de qualquer lugar do mundo – e, mais importante, transformar esses insights em ações que realmente façam sentido aqui no Brasil.
CEO e Partner da Nossa Praia e Chief Sustainability Officer da BPartners.co Conselheira da Universidade São Judas, 99 jobs, Ampro – Associação de Marketing Promocional, APD - Associação Pró Dança e Plan International

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Dia 1 SXSW

Mais uma vez, os olhos dos executivos de inovação, futuristas e entusiastas de tendências se voltam para Austin, no Texas, na edição 2025 do SXSW. O festival sempre traz um turbilhão de tecnologias mirabolantes e previsões ousadas para o futuro, mas a grande questão que me intriga é: o que realmente se sustenta no Brasil?

No ano passado, quando estive presencialmente em Austin, levei essa provocação para minha parceira Lígia Mello, CSO da Hibou, e resolvemos traduzir as discussões do SXSW para a realidade do mercado brasileiro. Assim nasceu o Report SXSW 2024: Insights Globais, Realidades Brasileiras, publicado em parceria com a HSM, Singularity University, Learning Village, Hibou, B&Partners e Nossa Praia, trazendo um olhar inovador para as coberturas do evento, ao extrapolar o conteúdo das palestras e refletir sobre como tudo isso impacta a sociedade brasileira. Um material riquíssimo, que pode inspirar marcas e empresas brasileiras a “tropicalizar” as tendências do SXSW para a nossa realidade.

A repercussão foi tão positiva que resolvemos renovar essa parceria de sucesso no SXSW 2025. Como este ano não pude estar lá presencialmente, o Camilo Barros, CRO da B&Partners, está trazendo suas percepções direto de Austin. Ligia segue na linha de frente das pesquisas de opinião com brasileiros, trazendo a voz das ruas e eu decidi contribuir com minhas percepções do conteúdo que está sendo disseminado por várias pessoas estão por lá. Afinal, as palestras mais concorridas, como as de Amy Webb, são disponibilizadas na íntegra pelo próprio perfil oficial do SXSW. Meu olhar continua focado em entender como posso aprender e contribuir sem estar lá fisicamente, mas absorvendo os conteúdos compartilhados por colegas e amigos de forma colaborativa.

A verdade é que o SXSW nunca foi só sobre tecnologia. Nesse ano, a própria palestra de abertura, que dá o tom do evento, foi feita pela cientista social Kasley Kilam, que trouxe dados alarmantes sobre o impacto da solidão na expectativa de vida, reforçando que conexões sociais são tão importantes quanto a saúde física e mental. É curioso perceber que, à medida que a tecnologia avança exponencialmente, a necessidade de fortalecer as relações humanas se torna ainda mais evidente. Como será que os brasileiros recebem essa reflexão?

Nos próximos dias, compartilharei com vocês a repercussão entre os brasileiros de temas extremamente relevantes: da inovação e experiência de marca, explorados nas apresentações do escritor Rohit Bhargava, fundador da Non-Obvious Company, aos insights do Report da Soon Futures Studies.

Afinal, o SXSW é um evento de quem vai, mas também de quem se permite aprender com ele de qualquer lugar do mundo – e, mais importante, transformar esses insights em ações que realmente façam sentido aqui no Brasil.

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CEO e Partner da Nossa Praia e Chief Sustainability Officer da BPartners.co Conselheira da Universidade São Judas, 99 jobs, Ampro – Associação de Marketing Promocional, APD - Associação Pró Dança e Plan International

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