Transformação Digital

Transformação digital: a linha de frente da inovação empresarial

A transformação digital já deixou de ser tendência, agora é a corrente principal das organizações. As empresas que adotam essa evolução, que colocam seus clientes e colaboradores no centro das estratégias, estão bem posicionadas para liderar o futuro dos negócios
Wilian Domingues é CIO da Paschoalotto.

Compartilhar:

Todo mundo já está cansado de ler coisas sobre transformação digital. Eu também estou, mas não posso deixar de reparar no movimento da corrente desse oceano.

A transformação digital deixou de ser uma simples tendência para se tornar a corrente principal do mundo dos negócios. Semelhante a um surfista que observa e se adapta às ondas, as empresas devem aprender a navegar neste mar em constante evolução.

Não sou surfista, mas aprendi a analisar algumas ondas que estão chegando e estou me equilibrando da melhor forma possível para surfar a nova onda de transformação digital e dos negócios.

Em meio à agitação do nosso mundo hiperconectado, surge uma nova forma de entender a transformação digital, não como uma sequência de etapas, mas como um contínuo.

Algumas empresas já têm a transformação digital como parte integrante de sua sustentação. Para algumas delas, a transformação digital nem aparece mais no quadrante de inovação ou investimentos em pesquisas.

Muitas dessas empresas estão incrementando seus sistemas computacionais para que seu valor de mercado seja percebido de forma diferente. Querem mostrar para o mercado que conseguem pivotar seus negócios, digitalizar e com isso aumentar seu valor de mercado.

Sobre os clientes, as empresas tentam imaginar que cada cliente é como um universo único, com suas próprias constelações e leis da física. Aprendem a observar os clientes de perto e não de longe. Um exemplo disso é uma empresa que revolucionou a experiência do cliente no uso da realidade aumentada, enquanto outra se adaptou mudando de um produto físico para soluções digitais que transformam processos inteiros.

Muitas dessas empresas desistiram de procurar no mercado um grande talento digital. Decidiram analisar com mais profundidade seus colaboradores e criar times que provoquem a inovação, sempre de um jeito simples de se fazer. Alguns negócios, por exemplo, convidaram sua base de usuários para cocriar produtos ou serviços, proporcionando uma plataforma onde ideias pudessem ser apresentadas e votadas pela comunidade.

Um comentário pertinente é que fazer simples é mil vezes mais difícil do que fazer complexo.

Sobre os resultados operacionais e financeiros, as empresas que surfam o digital entenderam que o crescimento não é uma linha reta, mas uma elasticidade que se adapta e se expande. Elas perceberam que a adesão a tecnologias flexíveis é fundamental para gerar essa adaptabilidade. Fugiram há tempos de sistemas monolíticos.

A colaboração em eventos de brainstorming e competições de programação proporcionou acesso à informação aos colaboradores e permitiu que eles pudessem contribuir com soluções inovadoras para, em muitos casos, problemas complexos.

Na maioria delas, os executivos também estão participando ativamente, primeiro estudando as novas tecnologias, como a inteligência artificial (IA), para conseguir fazer um elo entre a estratégia da empresa, visão de longo prazo e o quanto eles devem provocar os líderes de TI nesse sentido.

Se formos falar de dados, muitas aproveitaram momentos de crise para acelerar a digitalização. Saíram mais fortes com bases de dados capazes de analisar o comportamento de seus clientes. Mantiveram seus sistemas de business intelligence atuantes para decisões mais operacionais, e os novos modelos de dados estão sendo usados por algoritmos para prever demandas, vendas e comportamento.

A transformação digital é agora a linha de frente da inovação empresarial. É uma jornada contínua de adaptação, aprendizado e crescimento. As empresas que abraçam essa evolução, que colocam seus clientes e colaboradores no centro de suas estratégias, estão bem posicionadas para liderar o futuro dos negócios. Simplicidade é audácia. Flexibilidade é força.

Compartilhar:

Artigos relacionados

Calendário

Não, o ano ainda não acabou!

Em meio à letargia de fim de ano, um chamado à consciência: os últimos dias de 2024 são uma oportunidade valiosa de ressignificar trajetórias e construir propósito.

Empreendedorismo
Um guia para a liderança se antecipar às consequências não intencionais de suas decisões

Lilian Cruz e Andréa Dietrich

4 min de leitura
ESG
Entre nós e o futuro desejado, está a habilidade de tecer cada nó de um intricado tapete que une regeneração, adaptação e compromisso climático — uma jornada que vai de Baku a Belém, com a Amazônia como palco central de um novo sistema econômico sustentável.

Bruna Rezende

5 min de leitura
ESG
Crescimento de reclamações à ANS reflete crise na saúde suplementar, impulsionada por reajustes abusivos e falta de transparência nos planos de saúde. Empresas enfrentam desafios para equilibrar custos e atender colaboradores. Soluções como auditorias, BI e humanização do atendimento surgem como alternativas para melhorar a experiência dos beneficiários e promover sustentabilidade no setor.
4 min de leitura
Finanças
Brasil enfrenta aumento de fraudes telefônicas, levando Anatel a adotar medidas rigorosas para proteger consumidores e empresas, enquanto organizações investem em tecnologia para garantir segurança, transparência e uma comunicação mais eficiente e personalizada.

Fábio Toledo

4 min de leitura
Finanças
A recente vitória de Donald Trump nos EUA reaviva o debate sobre o protecionismo, colocando em risco o acesso do Brasil ao segundo maior destino de suas exportações. Porém, o país ainda não está preparado para enfrentar esse cenário. Sua grande vulnerabilidade está na dependência de um número restrito de mercados e produtos primários, com pouca diversificação e investimentos em inovação.

Rui Rocha

0 min de leitura
Finanças
O Revenue Operations (RevOps) está em franca expansão global, com estimativa de que 75% das empresas o adotarão até 2025. No Brasil, empresas líderes, como a 8D Hubify, já ultrapassaram as expectativas, mais que dobrando o faturamento e triplicando o lucro ao integrar marketing, vendas e sucesso do cliente. A Inteligência Artificial é peça-chave nessa transformação, automatizando interações para maior personalização e eficiência.

Fábio Duran

3 min de leitura
Empreendedorismo
Trazer os homens para a discussão, investir em ações mais intencionais e implementar a licença-paternidade estendida obrigatória são boas possibilidades.

Renata Baccarat

4 min de leitura
Uncategorized
Apesar de ser uma ferramenta essencial para o desenvolvimento de colaboradores, o Plano de Desenvolvimento Individual (PDI) vem sendo negligenciado por empresas no Brasil. Pesquisa da Mereo mostra que apenas 60% das companhias avaliadas possuem PDIs cadastrados, com queda no engajamento de 2022 para 2023.

Ivan Cruz

4 min de leitura
Tecnologias exponenciais
A inteligência artificial (IA) está revolucionando o mundo dos negócios, mas seu avanço rápido exige uma discussão sobre regulamentação. Enquanto a Europa avança com regras para garantir benefícios éticos, os EUA priorizam a liberdade econômica. No Brasil, startups e empresas se mobilizam para aproveitar as vantagens competitivas da IA, mas aguardam um marco legal claro.

Edmee Moreira

4 min de leitura
ESG
A gestão de riscos psicossociais ganha espaço nos conselhos, impulsionada por perdas estimadas em US$ 3 trilhões ao ano. No Brasil, a atualização da NR1 exige que empresas avaliem e gerenciem sistematicamente esses riscos. Essa mudança reflete o reconhecimento de que funcionários saudáveis são mais produtivos, com estudos mostrando retornos de até R$ 4 para cada R$ 1 investido

Ana Carolina Peuker

4 min de leitura