Editorial

Três lideranças em uma revista extraordinária

A edição 159 da HSM Management tem como tema principal três lideranças, não uma - liderança de si, liderança nas relações e liderança sistêmica
CEO da HSM e coCEO da SingularityU Brazil. Pós-graduado em finanças, possui MBA com extensão na China, na França e na Inglaterra. Tem mais de 12 anos de experiência no mercado financeiro. É casado com a Marcia e coleciona discos de vinil.
CEO da HSM e coCEO da SingularityU Brazil. Pós-graduado em finanças, possui MBA com extensão na China, na França e na Inglaterra. Tem mais de 12 anos de experiência no mercado financeiro. É casado com a Marcia e coleciona discos de vinil.

Compartilhar:

O conceito de liderança integral do Ken Wilber é daqueles que vira a chave de qualquer líder. Não apenas porque destrói a ideia de que existe um modelo ideal de liderança, ou uma abordagem de tamanho único para desenvolvê-la (algo que eu sempre pressenti), mas por colocar pingos nos Is e Is nos pingos: não só liderança é um processo de criação coletiva como todos nós exercemos três lideranças, não uma – liderança de si, liderança nas relações e liderança sistêmica (de sistemas como a empresa e o mundo, no qual ela opera).

__HSM Management,__ que nasceu como uma formadora e atualizadora de líderes para as organizações brasileiras, traz essas ideias do “Einstein dos estudos da consciência” Wilber, porque nunca foram tão sob medida para o contexto como agora: exercer uma boa liderança de si, liderança nas relações e liderança sistêmica é a melhor resposta para enfrentarmos a complexidade destes tempos – simbolizada por uma maravilhosa capa caleidoscópica da designer Débora Bianchi. (E incluam-se em complexidade conceitos afins como instabilidade, ambiguidade, incertezas etc.)

Então, a edição de __HSM Management__ que você tem em mãos se organiza por essas três três lideranças, como se fossem três *Dossiês*, e cada parte contém desafios e soluções-chave que estamos enfrentando aí. Trata-se de uma leitura mais do que obrigatória – e deliciosa. Por exemplo, em liderança sistêmica o artigo de abertura, da nossa head de conteúdos Poliana Abreu, mostra um novo olhar sobre o desafio macro que vivemos e novas soluções, sintetizadas na palavra “convergência”. Trata-se de fazer convergir as demandas das tecnologias digitais com as das preocupações ESG (ambientais, sociais e de governança).

Outro exemplo, também no “dossiê” da liderança sistêmica, é o artigo sobre imaginação de coautoria do Martin Reeves, do BCG, que fala sobre como estruturalmente implementar o hábito de imaginar na sua empresa, e conversa com vários casos concretos de imaginação implementada no Brasil. Um terceiro caso é o artigo sobre correções de rumo que inclui um ótimo quadro sobre fazer perguntas. Como o grande Guimarães Rosa dizia, “vivendo se aprende, mas o que se aprende, mais, é a fazer outras maiores perguntas”. Esta revista acelera essa vivência, proporcionando um atalho.

Nem se estivesse em um ônibus, entre freadas e chacoalhadas, eu deixaria de ler estes artigos da Poli, do Martin ou das perguntas, se você quer saber. Ou outros tantos desta edição. (Não quero deixar de citar os ótimos conteúdos da seção “liderança de si” ou de “liderança dos relacionamentos”, então escolho citar a entrevista com o Luiz Meisler e o texto sobre gestão da prosperidade.)

Não é à toa que falo de ônibus. Quando era estudante, eu economizava dinheiro para comprar a mesma __HSM Management__ que os potenciais empregadores e melhores professores liam – e a consumia nas viagens entre casa e faculdade. Minha hipótese é que isso me daria acesso aos principais nomes, ideias e práticas da gestão, e eu a confirmei. A quem me pergunta – e mesmo quando não perguntam *(risos)* –, eu recomendo: não desperdice esse acesso __HSM Management__. Eu faria tudo outra vez no ônibus chacoalhante – só provavelmente lendo no celular, não a revista física –, e sigo fazendo nos meus intervalos onde quer que esteja, em casa, na academia, em salas de espera…

Artigo publicado na HSM Management nº 159.

Compartilhar:

CEO da HSM e coCEO da SingularityU Brazil. Pós-graduado em finanças, possui MBA com extensão na China, na França e na Inglaterra. Tem mais de 12 anos de experiência no mercado financeiro. É casado com a Marcia e coleciona discos de vinil.

Artigos relacionados

O futuro dos eventos: conexões que transformam

Eventos não morreram, mas 78% dos participantes já rejeitam formatos ultrapassados. O OASIS Connection chega como antídoto: um laboratório vivo onde IA, wellness e conexões reais recriam o futuro dos negócios

Tecnologias exponenciais
Setores que investiram em treinamento interno sobre IA tiveram 57% mais ganhos de produtividade. O segredo está na transição inteligente.

Vitor Maciel

6 min de leitura
Empreendedorismo
Autoconhecimento, mentoria e feedback constante: a nova tríade para formar líderes preparados para os desafios do trabalho moderno

Marcus Vaccari

6 min de leitura
Tecnologias exponenciais
Se seu atendimento não é 24/7, personalizado e instantâneo, você já está perdendo cliente para quem investiu em automação. O tempo de resposta agora é o novo preço da fidelização

Edson Alves

4 min de leitura
Inovação
Enquanto você lê mais um relatório de tendências, seus concorrentes estão errando rápido, abolindo burocracias e contratando por habilidades. Não é só questão de currículos. Essa é a nova guerra pela inovação.

Alexandre Waclawovsky

8 min de leitura
Tecnologias exponenciais
A aplicação da inteligência artificial e um novo posicionamento da liderança tornam-se primordiais para uma gestão lean de portfólio

Renata Moreno

4 min de leitura
Finanças
Taxas de juros altas, inovação subfinanciada: o mapa para captar recursos em melhorias que já fazem parte do seu DNA operacional, mas nunca foram formalizadas como inovação.

Eline Casasola

5 min de leitura
Empreendedorismo
Contratar um Chief of Staff pode ser a solução que sua empresa precisa para ganhar agilidade e melhorar a governança

Carolina Santos Laboissiere

7 min de leitura
ESG
Quando 84% dos profissionais com deficiência relatam saúde mental afetada no trabalho, a nova NR-1 chega para transformar obrigação legal em oportunidade estratégica. Inclusão real nunca foi tão urgente

Carolina Ignarra

4 min de leitura
ESG
Brasil é o 2º no ranking mundial de burnout e 472 mil licenças em 2024 revelam a epidemia silenciosa que também atinge gestores.
5 min de leitura
Inovação
7 anos depois da reforma trabalhista, empresas ainda não entenderam: flexibilidade legal não basta quando a gestão continua presa ao relógio do século XIX. O resultado? Quiet quitting, burnout e talentos 45+ migrando para o modelo Talent as a Service

Juliana Ramalho

4 min de leitura